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CME Group que ir além das commodities como investimento no Brasil

Companhia negocia ativos no mercado futuro, que vão das treasures aos índices de ações dos EUA

Augusto Diniz Bruno Nadai Rodrigo Petry

Mercados do CME Group (Crédito: divulgação)
Mercados do CME Group (Crédito: divulgação)

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Conhecido mundialmente como um dos principais centros de negociação de commodities agrícolas, o CME Group busca mostrar aos investidores brasileiros que oferece muito mais do que derivativos ligados com a soja, o milho ou o trigo.

Atuando em diversas frentes de produtos financeiros, que incluem moedas, índices de ações, títulos do Tesouro dos EUA, energia, metais preciosos e até índices climáticos, a instituição quer reforçar sua presença no mercado nacional e destacar as oportunidades disponíveis para diversificação de investimentos.

O CME Group é formado pela fusão entre várias bolsas, como a Chicago Mercantile Exchange (CME); a Chicago Board of Trade (CBOT); a New York Mercantile Exchange (NYMEX); e a Commodity Exchange (COMEX).

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Educação e expansão no mercado brasileiro

“Ao longo dos últimos 3 a 5 anos, o mercado brasileiro teve um grande crescimento em participação na bolsa”, afirma Paula Attie, responsável pelo CME Group no Brasil, que mantém escritório no país.

De acordo com ela, tanto investidores institucionais quanto pessoas físicas têm demonstrado interesse em explorar as possibilidades dos mercados internacionais.

“O trader tem procurado se educar e entender quais são as possibilidades de acessar os mercados internacionais.”

— Paula Attie, diretora CME Group Brasil

Desafios da CME

Apesar desse crescimento, Paula reconhece que, em comparação com Estados Unidos, Europa e Ásia, a presença latino-americana ainda é pequena.

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No entanto, ela aposta no incremento dessa participação, conforme os investidores locais abram o seu de possibilidades às existentes nos mercados globais – desde como acessar as bolsas no exterior até as estratégias de negociação e especificações das diversas classes de ativos disponíveis.

“Tem sido um ano de altas taxas de juros no Brasil, e os investidores têm oportunidade de buscar alternativas de investimento. Futuros e opções oferecidos na Bolsa de Chicago em diversas classes de ativos possibilitam que eles acessem um mercado altamente líquido”, destaca.

Saiba mais: Entenda como funciona o mercado de derivativos; CME Group oferece cursos grátis

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“Os derivativos são produtos sofisticados, e a gente acredita que a parte da educação seja crucial para entendê-los”, afirma Paula. “Nosso papel aqui é fazer com que informações do mercado de lá estejam à mão dos investidores”, ressalta.

Muito além das commodities

Quando se fala em Bolsa de Chicago, muitos pensam imediatamente nos mercados de soja, milho e trigo. Entretanto, as classes de ativos negociadas vão muito além.

“As classes de ativos negociadas pela Bolsa de Chicago vão desde os títulos do Tesouro americano (Treasuries), passando pelo mercado futuro de índices de ações, como S&P 500, Nasdaq e Russell, além de futuros de moedas e criptomoedas e de commodities energéticas como petróleo e gás natural, e metais como ouro, cobre e platina”, explica Paula.

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Com a difusão de mais informações aos agentes de mercado no Brasil, a expectativa é que a Bolsa de Chicago possa disseminar toda a sua gama de ativos oferecidos além das commodities.

“No passado, o problema era mandar o dinheiro lá para fora, mas isso já mudou muito com as transferências (por contas) globais, que são muito menos complicadas. Essa parte operacional não é mais problema. A questão hoje é de conhecimento sobre o que podemos oferecer.”

Trajetória da bolsa de futuros

Fundada em 1848 como a primeira bolsa de futuros do mundo, a CBOT (Chicago Board of Trade) deu início a uma série de inovações que moldaram o mercado financeiro global.

Em 1865, a CBOT formalizou o comércio de grãos com o desenvolvimento de contratos futuros padronizados, estabelecendo também a primeira operação de compensação de futuros ao exigir margens de garantia de compradores e vendedores.

Chicago Board of Trade. (Crédito: Wikimedia Commons/Ken Lund)

Ao longo do século XX, a bolsa expandiu sua atuação. Em 1972, a CME lançou os primeiros contratos futuros financeiros, oferecendo possibilidades em sete moedas estrangeiras.

Na década de 1980, introduziu contratos futuros liquidados em dinheiro e futuros de índices de ações, como o S&P 500.

A partir dos anos 2000, o CME Group consolidou-se como líder mundial em derivativos, adquirindo a NYMEX e expandindo sua gama de produtos para incluir energia e metais.

Hoje, o CME Group oferece produtos em todas as principais classes de ativos, permitindo que investidores gerenciem riscos e encontrem oportunidades de forma eficiente.

Com mercados especializados e líquidos, a instituição diz que busca inovar e expandir sua presença global, atendendo às necessidades de um mercado financeiro em constante evolução.