Cigarros poderão ficar de 15% a 20% mais caros ao consumidor

Isso porque a Receita Federal aumentou alíquota de imposto de produtos industrializados (IPI) de fabricantes

Flavia Furlan

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SÃO PAULO – Os cigarros poderão ficar em torno de 15% a 20% mais caros para o consumidor, a partir de 11 de julho deste ano. Isso porque a Receita Federal aumentou, em média, em 30% o valor do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado dos fabricantes do produto.

A nova tabela, estabelecida pelo Decreto nº 6072/07, separa os cigarros em seis categorias, que variam de acordo com as características do produto (maço, box e tamanho do cigarro). Para os de menor preço, o aumento foi de 32% somente no valor do imposto, enquanto que, para os de preço mais elevado, o imposto sofreu alta de 28%.

Motivos para aumento

Segundo a assessoria de imprensa da Receita, por meio do decreto que aumenta os valores cobrados pelo imposto, o governo pretende aumentar o valor do produto para que seu consumo por parte da população diminua.

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Outro motivo apontado para o aumento é de que o governo pretende restabelecer a participação do IPI no preço de venda a varejo, em virtude dos últimos aumentos de preço praticados pela indústria. Isso significa que os valores do tributo sobre o valor final cobrado do consumidor vinha diminuindo.

Cobrança

Somente no ano passado, a arrecadação da Receita Federal sobre a indústria de cigarros chegou a R$ 3,5 bilhões, sendo o IPI responsável por R$ 2,4 bilhões, o que corresponde a 68,5% do total. Com a elevação da alíquota do imposto, a Receita prevê incremento na arrecadação de R$ 1 bilhão.