Cigarro da Souza Cruz pode ficar mais caro neste mês, diz Barclays

Pesquisa do banco revela que varejistas esperam reajuste de 16% nos preços em 7 Estados brasileiros no próximo dia 17

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – A Souza Cruz (CRUZ3) deve estender o aumento no preços dos cigarros para o resto do Brasil em 17 de dezembro, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Barclays.

No final de novembro, a empresa fez um reajuste médio de 16% nos preços em 20 Estados. E, na opinião dos varejistas ouvidos pelo banco, o mesmo aumento pode ser aplicado aos sete Estados brasileiros restantes ainda este mês.

“Ressaltamos, no entanto, que este aumento não foi confirmado pela empresa e, por isso, vamos aguardar os dados oficiais para rever nossas estimativas”, afirmou o Barclays, que consultou 30 varejistas de médio porte em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais.

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A recomendação do banco para CRUZ3 é de overweight (desempenho acima da média), com preço-alvo de R$ 29,00 – o que corresponde a um potencial de desconto de 6,45% frente ao último fechamento.

Benefícios e concorrência
Se o aumento se concretizar, os benefícios para a Souza Cruz serão maiores do que o esperado, na opinião do Barclays. Isso porque a elevação de 16% se compara favoravelmente com os 10% necessários para compensar o aumento na cobrança de impostos sobre o setor de tabaco.

Por outro lado, o banco alerta que a Souza Cruz poderia ter que voltar atrás na alta dos preços, dependendo da reação da concorrente Philip Morris, o que criaria oficialmente uma “guerra de preços” no Brasil.

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Pelos cálculos do Barclays, com o reajuste, os cigarros Derby – principal e mais barata marca da Souza Cruz – teriam o mesmo preço do Malboro – marca premium da Philip Morris.

Cigarro ainda é barato no Brasil
Apesar deste cenário, o banco acredita que o preço dos cigarros ainda é barato no Brasil, se comparado com o restante do mundo. Segundo o Barclays, os preços desses produtos no mercado nacional representam 8% do PIB (Produto Interno Bruto) per capita por dia, bem abaixo da média mundial de 14%.