Cielo reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 75,2 milhões no 2º trimestre

Companhia disse que fez novas provisões para o impacto da pandemia e que tem tomado iniciativas para readequar a sua estrutura de custos e de capital

Rodrigo Tolotti

Prédio da Cielo

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SÃO PAULO – A Cielo (CIEL3) registrou prejuízo líquido de R$ 75,2 milhões no segundo trimestre, revertendo um lucro líquido de R$ 428,5 milhões apresentado um ano antes. No primeiro trimestre a companhia teve um lucro de R$ 166,8 milhões.

Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa de maquininhas ficou em R$ 236 milhões entre abril e junho, uma queda de 69,7% ante os R$ 778 milhões do mesmo período de 2019.

A receita líquida, por sua vez, caiu 12,5% em um ano, atingido R$ 2,45 bilhões no segundo trimestre. Enquanto isso, o volume financeiro de transações ficou em R$ 128 bilhões, recuo de 22,2% ante o mesmo período do ano passado.

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Segundo a Cielo, a diminuição da receita líquida está relacionada principalmente aos “efeitos do isolamento social gerado pela pandemia da Covid-19, que resultou na redução do volume capturado, no aumento de descontos e isenções de alugueis de terminais concedidos aos clientes, na queda do volume de transações do arranjo Ourocard e no mix do perfil do cliente e na queda dos negócios de revenda de recarga de celular na M4U”.

Por outro lado, a companhia informou que essa redução de receita foi parcialmente compensada pela valorização do dólar sobre as receitas da sua operação norte-americana.

Sobre os impactos da pandemia, a empresa destacou que, pelo seu desempenho operacional e financeiro ter uma forte dependência do consumo nacional, reconheceu uma provisão adicional de R$ 24,9 milhões em perdas para saldos em atraso de clientes avaliados como segmento de alto risco de inadimplência.

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“Esse procedimento será mantido até a conclusão dos impactos da pandemia, sendo reavaliado mensalmente, de acordo com a evolução da carteira de cobrança”, disse a Cielo em release.

Além disso, a companhia informou que em vista uma potencial queda significativa de sua geração de resultado, vem realizando diferentes iniciativas visando readequar a sua estrutura de custos e de capital para o novo momento econômico

“Diante de possíveis cenários de extensão do isolamento social e consequente alongamento de restrições de liquidez do mercado, a empresa acredita que possui capacidade de gerenciar seu caixa de forma a fazer frente a todos seus compromissos”, conclui a Cielo.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.