Cielo recebe aval do BC para ser emissora, aumento de capital da CVC, venda de ativos da Petrobras e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta sexta-feira (10)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta sexta-feira (10) tem entre os destaques o avanço da Petrobras na venda de ativos, a notícia de que a Cielo recebeu autorização do Banco Central para ser emissora e a aprovação pelo Conselho da CVC para aumento de capital de até R$ 301,7 milhões. Confira os destaques desta sexta:

Petrobras (PETR3;PETR4)

O fundo de investimento Mubadala, de Abu Dhabi, fez a melhor oferta na fase vinculante e ganhou o direito de discutir com exclusividade os termos do contrato de compra com a Petrobras para a compra da Rlam, segunda maior refinaria do Brasil.

A negociação ainda pode levar algumas semanas para ser concluída, segundo informação da agência Reuters.

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Em outra operação, a estatal assinou o contrato para a venda da totalidade de sua participação nos campos de Pescada, Arabaiana e Dentão para a Ouro Preto Óleo e Gás. O valor da operação foi de US$ 1,5 milhão.

O pagamento será realizado em duas parcelas. A primeira, de U$ 300 mil na assinatura do acordo e uma parcela de US$ 1,2 milhão no fechamento da transação, que precisa ser submetido à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Cielo (CIEL3)

A Cielo recebeu autorização do Banco Central para ser uma emissora de moeda eletrônica, segundo informação do jornal “O Estado de S.Paulo”. Isso significa que a credenciadora de maquininhas de cartão terá, em tese, mais autonomia. Com o aval do órgão regulador nas mãos, a Cielo poderá ampliar seu leque de atributos como, por exemplo, emitir cartões pré-pagos, o que hoje não é possível, bem como prestar serviço de carteiras digitais de forma independente.

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O passo é especialmente importante para o seu banco digital, o Cielo Pay. Atualmente, a plataforma tem mais de 100 mil clientes entre usuários e contas digitais. Agora, poderão receber recursos por meio de transferências eletrônicas como TEDs e DOCs. Hoje, só podem fazer a transferência.

“A autorização é positiva para a Cielo, que vai ter mais flexibilidade para entrar em outros meios de pagamento e tentar mitigar os riscos de disrupção tecnológica”, destaca a equipe de análise da XP Investimentos.

CVC (CVCB3)

A CVC informou que o Conselho aprovou aumento de capital de até R$ 301,7 milhões. O aumento de capital será feito mediante emissão de ações ordinárias para subscrição privada, disse a companhia em
comunicado.

A operação será de no mínimo R$ 200 milhões e no máximo R$ 301,7 milhões, por meio da emissão de no mínimo 15,6 milhões e no máximo 23,5 milhões de ações ON. O preço de emissão é de R$ 12,84.

A CVC informou que oferece como “vantagem adicional” aos subscritores 1 bônus de subscrição, em série única, para cada ação subscrita. Caso todas as ações sejam subscritas e todos os bônus de subscrição sejam exercidos, aumento de capital poderá alcançar R$ 401,3 milhões. Os recursos serão usados para fortalecer a posição de caixa a fim de viabilizar a retomada das vendas a crédito e parceladas, que compõem aproximadamente 85% do total das vendas.

Também serão usados para preparar a cia. para um cenário de curto prazo ainda marcado por grande volatilidade e incerteza em razão da pandemia de Covid-19.

Ambipar (AMBP3)

Já a empresa de gestão de resíduos Ambipar levantou R$ 1,08 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A ação saiu a R$ 24,75, no topo da faixa indicativa de preço.

A companhia vai usar os recursos para renegociar e ou antecipar pagamentos de dívidas com custo de captação elevado e investir na expansão orgânica, por meio da construção de novas bases operacionais e escritórios comerciais. Os recursos também poderão ser usados em aquisições no Brasil e no exterior. As ações estreiam na segunda-feira (13) na B3.

IMC (MEAL3)

A International Meal Company, dona das marcas Frango Assado e Viena, aprovou uma oferta primário de ações que pode fazer com que a companhia arrecade até R$ 427,8 milhões. O valor tem como base o tamanho da oferta (67 milhões de ações ordinárias em uma operação com esforços restritos) e o valor da cotação da empresa no último pregão (R$ 4,73), além de um lote adicional de até 35%.

A definição do preço está agendada para 21 de julho. Segundo a companhia, os recursos serão utilizados para a expansão das marcas rango Assado, KFC e Pizza Hut no Brasil.

Enauta (ENAT3)

A Enauta comunicou que produziu um total de 1,44 milhão de barris de óleo equivalente no segundo trimestre. A produção de óleo do campo de Atlanta foi de 2,29 milhões de barris, enquanto a produção de gás e condensado do campo de Manati foi de 101,9 milhões de metros cúbicos.

Unicasa (UCAS3)

A Unicasa, dona das marcas Dell Anno e Favorita, informou que a partir do dia 13% de julho irá operar com cerca de 85% da capacidade do período pré-pandamia do novo coronavírus.

A companhia irá reverter parcialmente as suspensões de contrato de trabalho ou reduções de jornada implementadas no início de julho. No setor administrativo, será priorizado o trabalho em home office.

Elétricas

O custo final do empréstimo emergencial de R$ 14,8 bilhões ao setor elétrico caiu 0,1 ponto percentual, para CDI + 3,79%, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.

O valor é composto pela taxa de juros (CDI + 2,8%) e comissões de estruturação, de 2,5% sobre o valor contratado. São 16 bancos que participarão da operação, entre eles o Banco do Brasil, Bradesco BBI, Itaú Unibanco e BTG.

O empréstimo terá carência até julho de 2021 e vencimento em dezembro de 2025. A expectativa é de que os repasses às distribuidoras possam ocorrer até o fim de julho.

Fras-le (FRAS3)

A fabricante de autopeças Fras-le aprovou a emissão de R$ 210 milhões em debêntures simples. Essa é a 4ª emissão da companhia.

Os papéis terão prazo de sete anos, remuneração de CDI mais 1,45% com juros pagos semestralmente e a oferta destinada a investidores profissionais.

Os recursos líquidos da oferta serão utilizados para o pagamento de 50% do preço de aquisição da totalidade das ações do capital social da Nakata Automotiva e o restante será utilizado para reforço de caixa.

Marcopolo (POMO4) e Iochpe-Maxion (MYPK3)

As ações de Marcopolo e Iochpe-Maxion tiveram a recomendação reduzida pelo JPMorgan. Marcopolo passou de overweight (exposição acima da média do mercado) para neutra e Iochpe passou para underweight (exposição abaixo da média do mercado).

Latam e bancos

Após entrada no pedido de recuperação judicial (Chapter 11) do Grupo Latam nos Estados Unidos, a Latam Brasil informou que espera reduzir suas operações no país em cerca de 30%, com a normalização apenas em 2023.

Na avaliação dos analistas do Bradesco BBI, a companhia deve ter facilidade em ajustar a frota porque os contratos de leasing, em sua maioria, foram feitos no Chile. “Nós achamos que essa decisão poderia acelerar o atingimento do ponto de equilíbrio da operação brasileira”, disseram, em relatório a clientes, reforçando que a recomendação para os papéis do grupo Latam é de “underperform”.

A Confederação Nacional do Comércio informou que as perdas do setor de turismo desencadeadas pela pandemia do coronavírus já chegam a R$ 122 bilhões no Brasil, também confirmando que os volumes só devem ser recuperados em 2023.

“A lenta recuperação do turismo no Brasil pode ter um impacto negativos nas companhias áreas brasileiras e no setor de aluguel de carros. Ainda assim, esperamos uma troca do turismo internacional pelo doméstico, o que pode acelerar a recuperação das receitas nesses setores”, segundo relatório do Bradesco BBI.

Ainda no âmbito da entrada da Latam Brasil no processo de recuperação judicial do Grupo Latam nos Estados Unidos, a companhia aérea anunciou R$ 1,4 bilhão em dívida com o Banco do Brasil e Bradesco que entraram no processo.

“Embora seja provável que parte destas linhas já estejam provisionadas, a notícia é negativa para os bancos. De acordo com nossas estimativas, as linhas representam 3% do lucro do Bradesco e 10% do lucro do Banco do Brasil, ambos para 2020”, avaliou a XP Investimentos.

(Com Agência Câmara e Bloomberg)

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