Cielo perde força e afunda 3,5% da máxima do dia; Petrobras ON sobe 5%

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta sexta-feira

Paula Barra

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11h43: Cielo (CIEL3, R$ 28,83, +2,60%)
As ações da Cielo perderam força por volta das 11h (horário de Brasília) e entraram em leilão na Bovespa, após chegar a subir 7% nesta manhã. Os papéis voltaram a ser negociados com alta bem mais amena de “apenas” 3%. Da máxima do dia até agora, os papéis caíram 3,5%. 

A alta ocorre após a agência da notícias Bloomberg afirmar que o Bradesco e o Banco do Brasil desistiram de comprar a Elavon no Brasil, um rumor que toma conta do mercado já faz alguns dias. Mais cedo, a Reuters afirmou que a Elo Participações, joint venture entre os dois bancos estaria negociando a compra integral da Elavon. Segundo o BTG Pactual, dado que o papel sofreu muito por conta da especulação de compra (queda de 13% nos 3 pregões anteriores), notícias de que o negócio não vai mais acontecer devem trazer algum alívio. 

A matéria da Reuters já dizia que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) teria levantado questões sobre possíveis entraves à concorrência com a venda da Elavon, o que estaria atrasando o fechamento da transação. Procurado, o Cade disse que “não comenta uma operação até que o edital referente ao ato de concentração” seja publicado no Diário Oficial da União. “Não há edital publicado sobre a operação mencionada”, limitou-se a informar o órgão antitruste.

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A Elavon, embora tenha apenas entre 1 e 2% desse mercado no Brasil, tem um produto mais simples e barato, e pode agregar serviços complementares à atuação da Cielo, disse a primeira fonte. A consolidação se daria num momento em que o cenário prolongado de fraca atividade econômica pôs fim a um ciclo de expansão acelerada dos meios eletrônicos de pagamento no Brasil, que tem levado o setor a oferecer maiores descontos nas taxas cobradas de lojistas em busca de manutenção do market share.

11h39: Vale e siderúrgicas
As ações da Vale, Bradespar (BRAP4, R$ 3,52, +3,23%) – holding que detém participação na mineradora – e as siderúrgicas Usiminas (USIM5, R$ 0,86, +1,18%), Gerdau (GGBR4, R$ 3,85, +3,23%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 1,32, +4,76%) e CSN (CSNA3, R$ 4,05, +4,38%) seguem o bom humor do mercado e sobem forte hoje, após “sell-off” da véspera.

No radar das companhias, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais decretou o bloqueio de R$ 470 milhões da Vale, segundo informações do jornal O Globo. A joint venture formada por ela e pela BHP Billiton, a Samarco, é responsável pela barragem de Fundão, em Mariana, na região Central do estado, que rompeu em 5 de novembro do ano passado. A ação foi proposta pela promotoria pública de Barra Longa, município mineiro de 6 mil habitantes que foi um dos mais atingidos pela lama resultante do rompimento da barragem em Mariana.

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Já entre as siderúrgicas, a Usiminas disse que está em conversas para refinanciar R$ 4 bilhões de suas dívidas, segundo disseram quatro fontes familiarizadas sobre o assunto à Reuters. Mais cedo, fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo disse que a empresa corre o risco de não ter caixa para manter suas operações a partir de março. A companhia tenta há meses vender ativos, sem sucesso, para ganhar fôlego e em renegociação com bancos para alongar dívidas, a siderúrgica mineira, que já desligou três dos seus cinco altos-fornos, em Ipatinga (MG) e Cubatão (ex-Cosipa), tenta encontrar uma solução para evitar que a empresa entre em recuperação judicial. A possibilidade de um aumento de capital não é um consenso no grupo. 

11h37: Petrobras (PETR3, R$ 6,21, +5,08%; PETR4, R$ 4,36, +3,07%)
As ações da Petrobras saltaram com a disparada do petróleo no mercado internacional e notícias da estatal sobre a venda de ativos. Lá fora, o petróleo Brent subia 4,92%, a US$ 31,54 o barril, após declarações do ministro de Energia dos Emirados Árabes sinalizarem a possibilidade de corte de oferta da commodity pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). 

No radar da estatal, segundo informações do jornal Valor Econômico, a Petrobras pode obter até US$ 6 bilhões vendendo dutos de gás da TAG. Os canadenses Brookfield e o CPPIB (Canadian Pension Plan Investiment Board) já estão analisando os ativos e também é esperado dinheiro chinês, dado o tamanho dos negócios. Os ativos de gás devem ser os primeiros vendidos em 2016. 

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Destaque ainda para a fala do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Ao ser questionado sobre a sua posição em relação ao projeto de lei do senador José Serra (PSBD-SP), que propõe rever o papel central da Petrobras na exploração das grandes reservas de petróleo, o ministro afirmou que aceita participar do debate. Porém, ressaltou ser importante considerar os benefícios em adotar o modelo de partilha associados à política de conteúdo nacional e ao papel da estatal como operadora única dos campos do pré-sal.

E, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, acionistas da Sete Brasil afirmam que a Petrobras precisa decidir o que fazer com a empresa do pré-sal ainda este mês, mesmo com os quatro meses de trégua dados pelos credores. Isso porque a companhia só tem dinheiro para operar por mais três meses.

Por fim, o BTG Pactual comentou a notícia de que a Petrobras está vendendo as suas 21 usinas térmicas. O relatório destaca que vender o controle das plantas é, naturalmente, a coisa certa a fazer. Por outro lado, a Petrobras provavelmente precisa fazer algum trabalho de reorganização antes da venda (assinatura dos contratos bilaterais, separando unidades por região, entre outros). O banco segue com recomendação neutra para a companhia, possuindo um preço-alvo de US$ 3 para o ADR da estatal. 

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10h38: Cosan (CSAN3, R$ 23,26, +1,62%)
As ações da Cosan sobem antes de balanço trimestral, que será reportado nesta noite. Segundo o BTG Pactual, a companhia deve divulgar um forte resultado, com destaque para o negócio de açúcar e etanol, com venda de estoques a preços mais altos. No lado da Raízen, analistas do banco esperam que os volumes devem seguir desacelerando, refletindo fraco cenário macroeconômico. No caso de Comgás, o trimestre deve apresentar volumes residenciais fracos pesando no crescimento do volume total.

10h29: Biosev (BSEV3, R$ 4,85, +0,41%)
A Biosev fechou o trimestre encerrado em 31 de dezembro (que equivale ao terceiro trimestre da safra 2015/16) com um lucro líquido de R$ 162,8 milhões, ante uma perda líquida de R$ 86,2 milhões obtida em igual intervalo do ciclo 2014/15. A receita líquida teve alta de 64,1%, para R$ 1,693 bilhão. O Ebitda cresceu 30,8% no período, a R$ 437,6 milhões.  

10h29: Tereos (TERI3, R$ 55,50, +0,02%)
A Tereos teve lucro líquido de R$ 59 milhões no trimestre encerrado em dezembro de 2015 ante lucro líquido de R$ 1 milhão em igual trimestre do ano anterior. O lucro líquido considerado é o atribuído aos sócios da empresa controladora, base para a distribuição de dividendos. A receita líquida da empresa foi de R$ 2,995 bilhões no terceiro trimestre fiscal, alta de 39,6% em relação aose R$ 2,144 bilhões um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado da companhia subiu 62,8% na comparação anual, para R$ 471 milhões no terceiro trimestre fiscal 2015/16, com uma margem Ebitda de 15,7%. 

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10h28: Paranapanema (PMAM3, R$ 1,76, +2,33%)
As ações da Paranapanema sobem após a empresa mostrar lucro líquido de R$ 134,8 milhões em 2015, alta de 9% em relação a 2014. Em 2015, a receita líquida cresceu 79%, para R$ 3,14 bilhões. No quarto trimestre, a Paranapanema teve prejuízo líquido de R$ 17,6 milhões, ante lucro de R$ 79,7 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida subiu 11% e fechou em R$ 1,46 bilhão. O Ebitda caiu 34%, a R$ 59,6 milhões. 

10h22: CCR (CCRO3, R$ 12,34, +0,65%)
A CCR aprovou a emissão de R$ 110 milhões em notas promissórias. Ainda sobre as concessionárias, o Ministério dos Transportes vai selecionar empresas ou pessoas físicas para realizar os estudos de viabilidade técnica da concessão da BR- 163/PA, entre o entroncamento com a BR-230, em Campo Verde, e o início da Travessia do Rio Amazonas, em Santarém.

O edital com as regras e orientações aos interessados em participar da seleção está publicado no Diário Oficial da União (DOU). Quem quiser se candidatar deve enviar requerimento ao Ministério até o dia 14 de março. Aqueles que forem selecionados terão 180 dias corridos, contados da publicação da autorização do último interessado, para apresentar os estudos.

10h18: Bancos
Os bancos têm leve alta nesta sexta-feira de euforia nos mercados globais. No setor, as ações do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 13,37, +2,37%) eram as que mais subiam nesta sessão, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 24,30, +0,50%), Bradesco (BBDC3, R$ 20,77, +0,53%; BBDC4, R$ 19,32, +0,42%) e Santander (SANB11, R$ 13,37, +1,13%) mostravam leves ganhos.

Sobre o Itaú, o Santander reduziu o preço-alvo para as ações do banco de R$ 34,00 para R$ 33,00, mas segue com recomendação de compra para os ativos. Aliás, esta é a única recomendação de compra para o setor, destaca a analista Renata Cabral.

“O Itaú anunciou o guidance de 2016, que foi considerado conservador, levando a revisar para baixo nossas previsões de lucro por ação em 11%. Apesar de apreciarmos a justificativa para a empresa ter um posicionamento mais mais conservador, nossa análise aponta para uma perspectiva menos negativa”, destaca a analista.

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