Cielo lucra R$ 1 bi, Petrobras tem vitória na Justiça e CVM nega acordo em caso de “insider trading” envolvendo a Hering

Confira o que foi destaque após o pregão desta quinta-feira 

Paula Barra

Prédio da Cielo

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SÃO PAULO – A temporada de balanços seguiu nos destaques corporativos após o fechamento do pregão desta terça-feira (2), com destaque para a Cielo, que registrou lucro líquido de R$ 1,046 bilhão no primeiro trimestre do ano. Além dela, Energias do Brasil e Multiplus divulgaram seus resultados no after market. Chamou atenção ainda no radar mais 7 notícias corporativas, entre elas, a vitória da Petrobras na Justiça; a proposta de aumento de capital de R$ 163,7 milhões da Valid; e a decisão da CVM em rejeitar proposta de acordo feita por diretor da Cia Hering, em caso de “insider trading”. 

Confira abaixo os destaques do after market desta terça-feira: 

Cielo (CIEL3)
A empresa de meios eletrônicos de pagamento Cielo teve lucro líquido de R$ 1,046 bilhão no primeiro trimestre, praticamente estável sobre o desempenho obtido no mesmo período de 2016. A companhia teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,32 bilhão, queda de 6,1% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

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Já a receita operacional líquida da empresa caiu 8,1% no período, para R$ 2,801 bilhões. Segundo a empresa, a queda no faturamento se deveu à redução do preço médio dos serviços prestados e ao ambiente competitivo, entre outros fatores. 

Multiplus (MPLU3)
A Multiplus registrou lucro líquido de R$ 134,4 milhões no 1° trimestre, crescimento de 5,8% na comparação com o mesmo período de 2016. O resultado veio acima das estimativas de R$ 123 milhões dos analistas consultados pela Bloomberg.

A receita líquida da empresa somou R$ 597,9 milhões, aumento de 5,7% na mesma base de comparação e também acima das projeções da Bloomberg de R$ 567,3 milhões.  

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Energias do Brasil (ENBR3)
A elétrica EDP Energias do Brasil, do grupo português EDP Energias de Portugal, fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 134,8 milhões, queda de 55,4% na comparação com o mesmo período de 2016, quando o resultado foi favorecido por itens não recorrentes.

A geração de caixa da companhia medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 539,7 milhões no período, queda de 33,9% ante os primeiros três meses do ano anterior.

Petrobras (PETR3; PETR4)
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região suspendeu nesta terça-feira liminar que paralisou a venda pela Petrobras de 66% de sua participação do bloco BM-S-8, onde está o prospecto de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a estatal em nota. Com a decisão, os efeitos da venda à petrolífera norueguesa Statoil estão mantidos, “podendo a adquirente prosseguir com a exploração do Campo de Carcará”.

A ação que suspendeu a venda do ativo foi feita pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que representa cinco sindicatos de funcionários da Petrobras. A federação defende que, como empresa mista, a petroleira obrigatoriamente teria que fazer licitação para vender qualquer um de seus ativos. Dessa forma, tem sido responsável por uma série de ações contra o plano de desinvestimentos da Petrobras.

A operação de venda, anunciada em julho, foi concluída em novembro com o pagamento de 1,25 bilhão de dólares, correspondente a 50 por cento do valor total da transação. Foi acertado que o restante do valor para a compra do ativo seria pago por meio de parcelas contingentes relacionadas a eventos subsequentes, como, por exemplo, a celebração de um Acordo de Individualização da Produção (unitização).

A negociação com a Statoil marcou a venda, pela Petrobras, da primeira grande área do pré-sal incluída no plano de desinvestimentos da estatal, que visa a colaborar com o programa de redução de endividamento da companhia.

Oi (OIBR4)
O comitê diretivo e Orascom trabalham na revisão do plano alternativo da Oi com base nas contribuições recebidas dos outros credores e demais partes interessadas, segundo comunicado dos credores da companhia reunidos pela Moelis.

Otavio Guazzeli, da Moelis & Company, assessor financeiro do grupo de credores, disse que uma série de desenvolvimentos recentes levaram à necessidade de rever o plano apresentado pelo grupo. “Continuamos a trabalhar com outros credores e demais partes interessadas e esperamos apresentar um novo plano nas próximas semanas”, disse Guazzeli no comunicado. 

Lojas Americanas (LAME4)
A Lojas Americanas anunciou nesta noite que concluiu a emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures simples, não conversíveis em ações, de espécie quirografária, em duas séries.

Segundo a empresa, os recursos líquidos captados por meio da integralização das debêntures serão utilizados para o alongamento do perfil de endividamento da companhia, no âmbito da gestão ordinária de seus negócios. 

Cia Hering (HGTX3)
A CVM rejeitou proposta de acordo feita por diretor da Cia Hering. O processo, instaurado pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP), responsabiliza Carlos Tavares D’Amaral por
realizar negócios de posse de informação relevante não divulgada ao mercado. Em decisão, a atuarquia recusou a segunda proposta de acordo do executivo, em que ele propunha pagar R$ 100 mil. 

O acusado vendeu ações da companhia em abril de 2015, já com conhecimento do resultado não auditado da empresa, segundo a CVM. O Comitê de Termo de Compromisso “entendeu que a proposta
final do acusado não era adequada para surtir efeito paradigmático junto ao mercado, tampouco desestimular a prática de condutas dessa natureza”, segundo o comunicado da autarquia.

AES Tietê (TIET3
A AES Tietê propõe alterar convenants da 4ª emissão de debêntures em assembleia marcada para o dia 12 de maio, segundo comunicado enviado ao mercado neste noite. A proposta da companhia é que o indicador dívida líquida/Ebitda fique em 3,5 vezes e possa atingir 3,85 vezes no caso de uma aquisição. A companhia propõe pagar um prêmio de 0,15% sobre o atual preço aos debenturistas. 

Positivo (POSI3)
Em virtude da nova denominação social, a Positivo informou nesta terça-feira que passará a ser negociada com novo nome na bolsa a partir do dia 4 de maio. Com isso, a companhia passará a ser negociada sob a nova denominação Positivo Tecnologia, ao invés de Positivo Informática. O código da ação, contudo, permanecerá o mesmo: POSI3. 

Valid (VLID3)
A Valid vai propor aumento de capital de R$ 163,7 milhões, para R$ 919,7 milhões, mediante capitalização de parte da reserva de investimentos, com emissão e distribuição de ações bonificadas, com consequente alteração do Estatuto Social da companhia.

Em Assembleia Geral Extraordinária marcada para o dia 15 de maio, a companhia vai submeter à aprovação o aumento de capital, mediante a emissão de ações bonificadas na razão de uma nova ação para cada dez papéis de que forem titulares na posição final daquele dia. 

Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a companhia informou também nesta terça-feira que foi aprovado, em assembleia geral ordinária e extraordinária, realizada no dia 28 de abril, o pagamento de R$ 10,8 milhões em dividendos, equivalentes ao valor bruto de R$ 0,16745 por ação. A distribuição dos proventos será feita no dia 12 de maio, com base na posição acionária dos registros da companhia no dia 28 de abril, sendo as ações da empresa negociadas “ex-dividendos” a partir de 2 de maio.