Ciclone subtropical com ventos de até 100 km/h deixa feridos e 230 mil sem luz no RS

Os fortes ventos também afetaram um voo que ia de Guarulhos (SP) a Porto Alegre. O piloto tentou pousar no Aeroporto Salgado Filho, mas precisou arremeter devido às condições adversas

Equipe InfoMoney

(Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros)
(Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros)

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Um ciclone subtropical, batizado de Biguá, causou estragos no Rio Grande do Sul no domingo (15), com ventos de até 100 km/h e chuvas intensas. O fenômeno deixou dois feridos, milhares de moradores sem energia elétrica e obrigou um avião a realizar um pouso de emergência.

De acordo com a Defesa Civil estadual, ao menos seis cidades foram afetadas, incluindo Triunfo, Encantado, Pelotas, Capão do Leão, Arroio Grande e Butiá. Os problemas registrados incluem quedas de árvores, destelhamentos e alagamentos.

Em Butiá, uma cobertura de quadra esportiva foi arrancada pelo vento, deixando um homem e um adolescente feridos. O adolescente ficou preso nos escombros e precisou ser resgatado por amigos. Ambos foram hospitalizados, mas os estados de saúde não foram divulgados.

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Além disso, 230 mil pontos permanecem sem energia elétrica nas áreas de concessão da CEEE Equatorial e da Rio Grande Energia (RGE). As regiões Metropolitana, Serra e dos Vales estão entre as mais atingidas.

Os fortes ventos também afetaram um voo que ia de Guarulhos (SP) a Porto Alegre. O piloto tentou pousar no Aeroporto Salgado Filho, mas precisou arremeter devido às condições adversas. A aeronave, com 186 passageiros, fez um pouso de emergência na Base Aérea de Canoas, próxima à capital gaúcha.

Meteorologistas alertam para a continuidade de condições instáveis em parte do estado nos próximos dias. A Defesa Civil recomenda que moradores evitem áreas alagadas, fiquem longe de árvores e fiações elétricas caídas e mantenham-se informados sobre as atualizações do clima.

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O que é um ciclone subtropical?

Um ciclone subtropical é um centro de baixa pressão atmosférica que se forma isoladamente, sem estar associado a uma frente fria – diferente de um ciclone extratropical, que se desenvolve a partir das diferenças de temperatura entre massas de ar frio e quente. Além disso, os ventos associados a este tipo de ciclone tendem a ter uma velocidade entre 63 km/h e 118 km/h.

“No Hemisfério Sul, o ar ao redor do centro de baixa pressão se movimenta no sentido horário. Próximo da superfície, o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor. Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para ocorrência de tempestades severas”, explica a Climatempo, em nota.

“Mesmo que não ocorra efetivamente a formação e nomeação de um ciclone subtropical, a acentuada queda da pressão do ar na costa do Rio Grande do Sul estimula a formação de nuvens carregadas, com potencial para chuva forte, além de ventos fortes. O mar deve ficar agitado no fim de semana na costa da região Sul”, acrescentou o site.

(Com Estadão Conteúdo)