Chuvas intensas em MG param operações da Vale (VALE), Usiminas (USIM5) e Vallourec

Apesar da paralisação, a Vale manteve sua meta de produção de 320 milhões a 335 milhões de toneladas de minério de ferro para 2022

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – Chuvas intensas que atingem Minas Gerais paralisaram operações da Vale (VALE3), Usiminas (USIM5)e interditaram a mina de minério de ferro Pau Branco, da francesa Vallourec, deixando em alerta companhias e comunidades no importante Estado para o setor de mineração no país.

A mineradora Vale informou nesta segunda-feira que paralisou parcialmente a produção dos Sistemas Sudeste e Sul “visando garantir a segurança dos seus empregados e comunidades”, em razão do nível elevado de chuvas que atingem Minas Gerais.

Segundo comunicado, a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) foi afetada.

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Apesar da paralisação, a Vale manteve sua meta de produção de 320 milhões a 335 milhões de toneladas de minério de ferro para 2022, com a companhia citando que o Sistema Norte segue operando conforme os planos, que consideram o impacto sazonal do período chuvoso em todas as operações.

Segundo a Vale, no Sistema Sudeste, a EFVM foi paralisada no trecho Rio Piracicaba-João Monlevade, impedindo o escoamento do material da mina de Brucutu e no complexo de Mariana, “que estão com a produção suspensa”.

O trecho Desembargador Drummond-Nova Era também está paralisado, mas em fase de liberação e não afetou a produção do Complexo de Itabira.

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No Sistema Sul, a produção de todos os complexos está temporariamente paralisada, em função da interdição de trechos das rodovias BR-040 e MG-030 e da segurança de circulação de empregados e terceiros.

Parte da BR-040 foi interditada no final de semana após o transbordamento de um dique de contenção de água da mina Pau Branco, da Vallourec, o que levou a Agência Nacional de Mineração (ANM) a interditar as operações.

A Vale disse ainda que “não houve alteração do nível de emergência em nenhuma de suas estruturas, que são acompanhadas permanentemente por inspeções, manutenções, radares, estações robóticas, câmeras de vídeo e instrumentos, como piezômetros manuais e automáticos”.

A preocupação com barragens no Estado ocorre após dois desastres mortais nos últimos anos: em Brumadinho, da Vale; e em Mariana, da Samarco.

Já a Mineração Usiminas (Musa), controlada da companhia siderúrgica, também teve suas operações temporariamente paralisadas em função de chuvas intensas na região de Itatiaiuçu (MG).

Além disso, a companhia informou que foi acionado no sábado o nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens da Mineração (PAEBM) para sua Barragem Central, desativada desde 2014. Essa condição significa um estado inicial de alerta e não representa comprometimento dos fatores de segurança.

A região da barragem do Carioca, da usina hidrelétrica de propriedade da Companhia de Tecidos Santanense, localizada no município de Pará de Minas, também está em alerta, segundo autoridades.

“Essa barragem passou por evento de cheia, diante das fortes chuvas que atingem o Estado de Minas Gerais”, disse a reguladora Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Preventivamente, a Defesa Civil retirou do local dezenas de pessoas que estavam em áreas de risco, segundo nota do governo de Minas Gerais.

Em meio a fortes chuvas no Estado, pelo menos 10 pessoas morreram após pedras se soltarem de um cânion no lago de Furnas em Capitólio (MG), no final de semana.

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