China repudia comunicado do G7 com críticas a Pequim e apoio a Taiwan

Chanceleres disseram que a China é culpada de violações de direitos humanos e de usar "políticas econômicas coercivas"

Reuters

(Shutterstock)

Publicidade

PEQUIM (Reuters) – A China repudiou nesta quinta-feira um comunicado conjunto de ministros das Relações Exteriores do G7 que expressou apoio a Taiwan, que a China reivindica, e retratou Pequim como truculenta, dizendo ter se tratado de uma interferência grave nos assuntos internos chineses.

Em um comunicado emitido após uma cúpula em Londres, os chanceleres disseram que a China é culpada de violações de direitos humanos e de usar “políticas econômicas coercivas”, acrescentando que o G7 usará de esforços coletivos para deter.

Em uma medida incomum, o G7 ainda disse que apoia a participação de Taiwan em fóruns da Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Assembleia Mundial da Saúde e demonstrou o receio de “quaisquer ações unilaterais que poderiam intensificar as tensões” no Estreito de Taiwan.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Falando em Pequim, o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, repudiou o comunicado, dizendo que ele fez “acusações infundadas” que são uma interferência grave nos assuntos internos chineses.

“Isto é a destruição injustificada das normas das relações internacionais”, disse ele.

O G7 como grupo deveria adotar ações concretas para robustecer a recuperação econômica global, ao invés de transtorná-la, acrescentou.

Continua depois da publicidade

Wang também atacou países do G7 por acumularem vacinas contra Covid-19 e terem uma postura “frouxa” no auxílio a outras nações.

“Eles não deveriam criticar e interferir em outros países com uma atitude altiva, minando a maior prioridade atual de cooperação internacional anti-pandêmica”, disse.

A China considera Taiwan seu próprio território e se opõe a qualquer representação oficial de Taiwan em nível internacional. Pequim também intensificou suas atividades militares perto de Taiwan nos últimos meses, tentando enfatizar suas pretensões de soberania.

O texto do G7 foi recebido calorosamente por Taipé, cujo governo disse ter sido a primeira vez que os chanceleres mencionaram a ilha em seu comunicado conjunto.

O escritório presidencial de Taiwan agradeceu o G7 por seu apoio.

“Taiwan continuará aprofundando sua parceria cooperativa com países-membros do G7, e continuará a contribuir com a maior força positiva à saúde global e ao bem-estar do povo, assim como à paz, estabilidade e prosperidade da região do Indo-Pacífico”, disse o porta-voz Xavier Chang.

Quer viver de renda? Estes 3 ativos podem construir uma carteira poderosa. Assista no curso gratuito Dominando a Renda Passiva.

Tópicos relacionados