China planeja liberar IPOs em Hong Kong de autorização prévia

Medida eliminaria obstáculo para companhias com IPOs programados no centro financeiro asiático em vez dos Estados Unidos

Bloomberg

Bandeiras da China e EUA (Foto: Getty Images)

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(Bloomberg) — A China planeja isentar empresas que abrem o capital em Hong Kong de buscar aprovação prévia do regulador de segurança cibernética do país, o que elimina um obstáculo para companhias com IPOs programados no centro financeiro asiático em vez dos Estados Unidos, segundo pessoas a par do assunto.

A isenção foi detalhada por autoridades em reuniões recentes com banqueiros. No sábado, o governo anunciou um processo de revisão para listagens no exterior, o que levantou questões se a medida se aplicaria a Hong Kong, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. A Administração do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) examinará as empresas para que cumpram as leis locais, mas apenas listagens em outros países como EUA passarão por uma revisão formal, disseram as pessoas.

Todas as listagens, incluindo as ofertas em Hong Kong, exigirão aprovação da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC, na sigla em inglês) sob a nova estrutura, segundo as fontes. Os banqueiros que se reuniram com a CSRC saíram com a impressão de que o processo de aprovação para Hong Kong será menos oneroso do que para os EUA.

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A CSRC e o CAC não responderam de imediato a pedidos de comentários.

O governo da China está revisando as regras para ofertas públicas iniciais como parte de uma ampla campanha para aumentar a supervisão de empresas como Didi Global e ByteDance, que controlam grandes quantidades de dados valiosos de usuários. O governo de Pequim associou a importância dos dados com a segurança nacional e a batalha pela supremacia tecnológica com os EUA, o que cria a expectativa de que os reguladores usarão a nova revisão de cibersegurança para frear a série de empresas chinesas abrindo o capital em Nova York.

Algumas já repensam os planos. Na sexta-feira, reportagem da Bloomberg revelou que a startup chinesa de redes sociais e comércio eletrônico Xiaohongshu, ou “Little Red Book”, suspendeu uma oferta pública inicial de ações nos Estados Unidos. E a empresa chinesa de logística e entrega sob demanda Lalamove avalia transferir a listagem dos EUA para Hong Kong, disseram pessoas a par do assunto no início da semana.

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