China diz que políticos dos EUA que “brincam com fogo” sobre Taiwan pagarão; Kremlin faz advertência

Possível ida de Nancy Pelosi a Taiwan escancarou tensões geopolíticas entre as maiores economias do mundo

Equipe InfoMoney

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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse nesta terça-feira (2) que os políticos norte-americanos que “brincam com fogo” na questão de Taiwan “não terão um bom fim”, de acordo com uma declaração do ministério.

Ele não mencionou nenhum político dos Estados Unidos especificamente. A China expressou oposição a uma possível visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi.

Na véspera, a esperada  visita de Nancy Pelosi a Taiwan elevou a tensão entre norte-americanos e chineses. Na segunda-feira (1º), um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Zhao Lijian, afirmou que as forças armadas do país “não ficarão só olhando” a democrata ir à ilha.

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“Queremos advertir ainda os EUA que a China está na expectativa e que o Exército Popular de Libertação não ficará só olhando. A China adotará seguramente contramedidas decididas e fortes em defesa de sua soberania e integridade nacional. Os EUA precisam respeitar o princípio da China Única, os três comunicados sino-americanos e manter a promessa de Joe Biden de não apoiar a independência de Taiwan”, disse Zhao em sua coletiva diária.

Além disso, o comando da parte do exército que cobre operações no estreito de Taiwan lançou um vídeo de cerca de dois minutos por meio do aplicativo WeChat em que mostra exercícios militares e diz para todos “ficarem prontos e combaterem para enterrar cada inimigo que chegar”.

Também foi anunciado dois novos ciclos de manobras militares no Mar da China meridional e no Mar Amarelo, no estreito de Bohai, também por conta da possível visita de Pelosi.

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Na primeira área marítima, segundo a mídia chinesa, haverá uma proibição de navegação total a partir do primeiro minuto desta terça-feira até o dia 6 de agosto.

Na segunda, as manobras começam no mesmo momento, mas seguem até o dia 7. Com isso, os exercícios ocorrerão durante todo o período de viagem de Pelosi pela região indo-pacífica.

Pelosi deve visitar Taiwan nesta terça-feira, disseram três fontes à Reuters, depois que os Estados Unidos disseram que não seriam intimidados pelas ameaças chinesas de nunca “ficar de braços cruzados” se ela fizesse a viagem para a ilha autogovernada reivindicada por Pequim.

Os Estados Unidos ainda anunciaram que também iniciaram manobras militares na região em parceria com a Indonésia e outros 10 países da região. Segundo Washington, o treinamento estava planejado e ocorre desde 2007.

Eles ocorrerão entre segunda-feira e o dia 14 de agosto. Ao todo, mais de dois mil soldados norte-americanos estarão nos exercícios. Em entrevista à “CNN” na segunda-feira, o porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby, afirmou que seu país “não foi intimidado pela retórica da China sobre Taiwan”.

“A viagem da presidente da Câmara é importante e nós a apoiamos”, acrescentou sem confirmar se ela iria para Taiwan de fato.

O Kremlin advertiu os Estados Unidos que uma esperada visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA colocaria o país em rota de colisão com a China e provocaria tensões na região.

“Não podemos dizer com certeza agora se ela irá ou não, mas tudo sobre esta visita e a possível visita a Taiwan é puramente provocadora”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.

(com Reuters e Ansa Brasil)

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