China busca reduzir risco e compra fatia em banco da Evergrande por US$ 1,55 bilhão

Venda destaca as medidas tomadas por autoridades para minimizar as consequências para o sistema bancário do agravamento da crise de liquidez

Bloomberg

(Shutterstock)

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(Bloomberg) — A China adquiriu uma participação em um banco regional em dificuldades da China Evergrande na tentativa de limitar o contágio da crise da incorporadora imobiliária no setor financeiro.

A Evergrande fechou um acordo para vender uma fatia de 20% no Shengjing Bank ao governo local de Shenyang por 10 bilhões de yuans (US$ 1,55 bilhão). O banco exigiu que todos os recursos sejam destinados ao pagamento de dívidas com o credor, segundo comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong. Nesse caso, a venda pouco ajudaria a Evergrande a pagar suas enormes dívidas com credores de títulos e compradores de imóveis.

A venda destaca as medidas tomadas por autoridades para minimizar as consequências para o sistema bancário do agravamento da crise de liquidez da Evergrande, enquanto tentam evitar um resgate. Pelo menos 10 bancos disseram a investidores no início do mês que possuem garantias suficientes para empréstimos à incorporadora e que os riscos estão sob controle. O banco central de Hong Kong pediu que instituições financeiras divulguem sua exposição à Evergrande, segundo pessoas a par do assunto.

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“Manter a estabilidade social e do setor financeiro ainda é o objetivo geral da política do governo chinês”, disse Nicholas Zhu, analista sênior da Moody’s Investors Service. “As autoridades, incluindo governos locais, adotarão medidas e assumirão papéis de coordenação para garantir que a resolução de Evergrande não cause instabilidade social ou financeira.”

Em um sinal de nervosismo dos investidores em relação ao setor bancário, as ações do Dongguan Rural Commercial Bank despencaram na estreia em Hong Kong. O banco destacou sua exposição ao setor imobiliário como um fator de risco em um prospecto preliminar, dizendo que o segmento respondia por 8,8% de seus empréstimos comerciais em 31 de março.

A Evergrande enfrenta pressão crescente para pagar as dívidas. A empresa já atrasou pagamentos a bancos, fornecedores e investidores de produtos de investimento onshore. Não houve comunicado sobre um cupom de US$ 83,5 milhões que venceu em 23 de setembro, e vários credores disseram que não haviam recebido o pagamento.

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A Fitch rebaixou a nota de crédito da incorporadora de CC para C na quarta-feira, dizendo que a Evergrande provavelmente não pagou juros sobre notas seniores sem garantia e entrou em um período de carência de 30 dias.

A empresa precisa pagar um cupom de US$ 45,2 milhões na quarta-feira de um título em dólar que vence em 2024, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“Com tantos pagamentos de cupons chegando até o final do ano, a venda de ativos não essenciais é a maneira mais eficiente de a Evergrande levantar fundos”, disse Steven Leung, diretor executivo da UOB Kay Hian. O governo central está “acompanhando de perto” os recursos das vendas de ativos, disse.

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