Chega a 5 o número de processos abertos na CVM contra a Americanas (AMER3)

Na medida em que as apurações avançam, mais procedimentos podem ser criados e processos administrativos podem ser convertidos em "processos sancionadores"

Estadão Conteúdo

(Divulgação)

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A partir de denúncia enviada pela Associação Brasileira de Investidores (Abradin), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para apurar os eventos relacionados à Americanas  (AMER3) e à auditoria PwC, elevando a cinco o número de procedimentos instaurados. O processo poderá ser encaminhado à Superintendência de Relações com Empresas (SEP).

Na medida em que as apurações avançam, mais procedimentos podem ser criados e os processos administrativos – abertos em diferentes superintendências da reguladora – podem ser convertidos em “processos sancionadores”. Também podem se transformar em inquéritos administrativos.

“Fizemos uma denúncia na CVM pedindo para apurar as informações relativas ao buraco contábil, para que com base nos dados apurados possamos fazer uma denúncia mais concreta. Ainda não entramos com ação, pois seria aventureiro e açodado”, diz o economista Aurélio Valporto, presidente da associação, que tem sede no Rio.

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De acordo com Valporto, a associação tem auditores trabalhando em paralelo às investigações oficiais. “Estamos usando uma auditoria nossa, com técnicos nossos, para chegar às nossas conclusões”, afirmou, para completar: “Há evidências de que havia desvio de caixa não apenas erros contábeis. Estes serviriam para acobertar aqueles. “Já encontramos indícios sérios desse tipo de prática.”

Para Valporto, não há dúvida de que houve erro da auditoria PwC, embora não esteja claro se houve dolo. “Ninguém sabe o que está acontecendo. O que sabemos é que há uma fraude. A fraude aumentou de R$ 20 bilhões para 40 bilhões. Não sabemos como correu. Precisamos de mais detalhes para apontar mais corretamente a culpa e eventualmente o dolo.”

O processo mais recente foi aberto pela SEP para avaliar a divulgação de notícias, fatos relevantes e comunicados. Um dos processos está sob a responsabilidade da Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), que analisa, entre outros, temas relacionados a informações privilegiadas e manipulação de mercado.

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Os demais processos apuram o cumprimento das regras de divulgação pela empresa e as divulgações financeiras da companhia.