Chefe da IEA diz que teto de preço para petróleo russo deveria incluir produtos refinados

Grupo dos Sete (G7) países ricos está considerando impor um teto de preço ao petróleo do país

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SYDNEY (Reuters) – O chefe da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) disse nesta terça-feira que a proposta dos países do G7 de impor um teto de preço ao petróleo russo também deveria incluir produtos refinados.

O Grupo dos Sete (G7) países ricos está considerando impor um teto de preço ao petróleo russo em um esforço para manter os fluxos de petróleo, conter a inflação, e ao mesmo tempo limitar a receita de Moscou para a guerra contra a Ucrânia, classificada de “operação militar especial” pelo governo russo.

“Minha esperança é que a proposta, que é importante para minimizar o efeito nas economias ao redor do mundo, receba a adesão de vários países”, disse o diretor-executivo da IAE, Fatih Birol, à Reuters em entrevista durante o Sydney Energy Forum.

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“E se for perseguida, não se concentra apenas no petróleo bruto, pois os produtos refinados também são um desafio importante para as economias e serão mais um desafio nos próximos meses”, disse.

Os preços de produtos refinados, como gasolina e diesel, subiram ainda mais que os do petróleo bruto na esteira da perda de oferta russa, em razão de uma crise global de capacidade de refino após o fechamento de várias plantas ao redor do mundo.

A ideia do G7 é vincular serviços financeiros, seguros e transporte de cargas de petróleo a um teto de preços. Um importador só poderia obter esses serviços se se comprometesse com um preço máximo definido para o petróleo russo.

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Birol disse não saber em que nível o teto de preço seria fixado.

O chefe da IEA esteve em Sydney para co-sediar uma reunião das nações do Indo-Pacífico com o governo australiano para discutir cadeias de suprimentos, a transição para energia limpa e segurança energética. Os países participantes incluem os Estados Unidos, Índia, Japão e Indonésia.

O Sydney Energy Forum concentrou-se no que precisa ser feito para aliviar a dependência global da China para tecnologia solar e de países como a República Democrática do Congo e Rússia para minerais essenciais para tecnologias de energia limpa, como baterias, veículos elétricos e turbinas eólicas.

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Birol disse que a IEA está trabalhando em um plano para coordenar suprimentos minerais críticos entre seus membros e países associados em caso de interrupção no fornecimento, semelhante aos estoques de petróleo de emergência que foram usados recentemente para reforçar o fornecimento global de petróleo.

“A segurança de minerais críticos será uma questão importante para a segurança energética no futuro”, disse Birol.

A IEA vê oportunidades para Austrália, Índia, Indonésia e Estados Unidos construirem capacidade de fabricação de tecnologia solar para aliviar a dependência mundial da China. A IEA diz que a China terá uma participação de mercado de 95% no suprimento de tecnologia solar até 2025, com base nos planos de construção atuais.

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“Não podemos depender de um único país”, disse Birol, acrescentando que a China tem uma vantagem competitiva na fabricação graças aos preços mais baixos da eletricidade.

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