CEO luta para se manter na Vale; Bradesco aprova JCP de R$ 3,32 bi e mais 12 notícias no radar

Confira os destaques corporativos desta segunda-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo também é movimentado nesta segunda-feira (3). O Bradesco informou que seu conselho de administração aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio extraordinário de R$ 3,3 bilhões, enquanto a Bolsa comunicou que a OPA (Oferta Pública de Aquisição) da Alpargatas movimentou quase R$ 500 milhões. Já o presidente da Vale faz contraofensiva para se manter no cargo. Confira abaixo os principais destaques corporativos desta segunda-feira (3): 

Bradesco 
Bradesco (BBDC3BBDC4) informou na sexta que seu conselho de administração, em reunião realizada nesta data, aprovou proposta da diretoria para pagamento extraordinário, de juros sobre o capital próprio, relativos ao terceiro trimestre de 2016, no valor total de R$ 3,3 milhões, sendo R$ 0,571123466 por ação ordinária e R$ 0,628235813 por ação preferencial, aos seus acionistas. 

Serão beneficiados os acionistas que estiverem inscritos nos registros da Sociedade nesta data, passando as ações a ser negociadas “ex-direito” aos juros extraordinários a partir do dia 3 de outubro. O pagamento ocorrerá em 8 de março de 2017.

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Cosan
A Cosan (CSAN3) celebrou na sexta um Contrato de Compra e Venda de Ações com a Mansilla Participações se comprometendo a vender parte de suas ações da Radar pelo preço líquido de R$ 1,065 bilhão. Em comunicado, a empresa informou que manterá uma participação em ações ordinárias na Radar, em função de sua expertise no setor. O fechamento definitivo da operação está condicionado à aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa ainda que manterá uma participação em ações ordinárias na Radar, em função de sua importância para o setor. “O fechamento definitivo da operação está condicionado à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”, afirma o texto.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa ainda que manterá uma participação em ações ordinárias na Radar, em função de sua importância para o setor. “O fechamento definitivo da operação está condicionado à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”, afirma o texto.

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Vale
O presidente da Vale (VALE3;VALE5), Murilo Ferreira, iniciou uma contraofensiva para se manter no cargo, informa o jornal O Globo. Nas últimas semanas, Clovis Torres, diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade, Integridade Corporativa e Consultoria Geral da mineradora, circulou por gabinetes de Brasília numa tentativa de conquistar a simpatia dos parlamentares do PMDB e do PSDB. Integrantes da bancada mineira, insatisfeitos com demissões feitas pela empresa no estado em 2015 e com o impacto do acidente da Samarco — na qual a Vale tem 50% —, articulam a substituição de Ferreira. Um dos cotados para uma eventual mudança na cadeira da presidência é José Carlos Martins, ex-diretor de Ferrosos da mineradora e que hoje é conselheiro da NovaAgri.

Os detentores de eurobônus da Samarco contrataram Houlihan, afirmaram fontes à Bloomberg. As conversas entre a companhia e os credores ainda não começaram, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas

A Samarco, controlada em partes iguais entre Vale e BHP Billiton, tem US$ 2,2 bi em títulos de dívida externa em circulação. As operações da companhia estão paralisadas desde o rompimento das barragens em novembro passado, que provocaram a morte de 19 pessoas e o derramamento de bilhões de galões de lama no Rio Doce. A empresa deixou de pagar US$ 500 milhões em juros da dívida de uma emissão de títulos de 2024; empresa ainda está no período de carência de 30 dias antes de ser declarada inadimplente. Houlihan não respondeu aos pedidos de comentários.

CSN
A CSN (CSNA3) congelou venda de fatia em Sepetiba Tecon, informa o jornal Valor Econômico. A siderúrgica decidiu congelar a venda de participação no terminal de contêineres diante das ofertas apresentadas ficarem abaixo do esperado e porque CSN não quer sair do negócio e pretende investir em outros terminais; a CSN não se manifestou, segundo o jornal. Em agosto, o Valor disse que CSN analisasa últimas 3 propostas por Sepetiba Tecon.

Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) encontrou petróleo de boa qualidade e com volume significativo no campo Albacora, no pré-sal da Bacia de Campos, diz O Globo, citando Solange Guedes, diretor de Exploração e Produção da estatal.

É a maior descoberta de petróleo no pré-sal já feita na Bacia de Campos, segundo o jornal. A Petrobras pretende fazer o 1º Teste de Longa Duração no campo em 2017 e tem expectativa de que poço atinja, em testes, vazão da ordem de 15.000 barris por dia de petróleo. A Bacia de Campos produz cerca de 280.000 barris por dia de petróleo e gás natural no pré-sal, pouco mais de 20% da produção total a essa profundidade, diz o jornal.

Duratex
A Duratex Florestal, da Duratex (DTEX3), antecipou pagamento de R$ 675,3 milhões em CRA. Em decorrência do resgate antecipado de CRAs da 4ª Série da 2ª Emissão, controlada Duratex Florestal efetuará em 3/out/2016 pagamento de R$ 675,3 mi diretamente à Ourinvest securitizadora, segundo comunicado. A antecipação “é consequência” da decisão tomada pela Duratex em 23/set/2016 de pagar antecipadamente as debêntures emitidas em 2012. “Este evento disparou cláusula prevista no contrato dos CRAs, que obriga o resgate antecipado também destes certificados”. 

JHSF
A JHSF (JHSF3) assinou contrato para a venda do Shopping Metrô Tucuruvi, que é controlado pelo Hemisferio Sul Investimentos – HSI. O Bradesco BBI é o conselheiro financeiro, Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados é o conselheiro legal.

Cielo
Depois de ver seu negócio de antecipação de faturas de cartão de crédito sob a ameça de um impasse criado pelo Banco Central, a Cielo (CIEL3) decidiu montar um bilionário fundo de investimentos para tirar essa operação de seu balanço, informa o jornal Valor Econômico. O fundo, criado há um mês, já conta com R$ 1,3 bilhão em ativos, a imensa maioria recebíveis que a companhia adiantou para lojistas com prazos de até 30 dias de duração e transferiu para o fundo.

O potencial é ainda maior. Só na primeira metade deste ano, a Cielo adiantou R$ 32,5 bilhões a lojistas. Na visão de analistas, a solução resolve um dilema jurídico criado por um parecer da procuradoria-geral do Banco Central (BC), publicado no começo do ano. O texto acabou impondo uma série de riscos à antecipação de faturas feita pela credenciadora de cartões, que captura os pagamentos eletrônicos no varejo. 

Oi
O PJT Partners deixará de ser assessor financeiro da Oi (OIBR4), atualmente em recuperação judicial, disseram duas fontes para a Reuters. A Oi vai começar a procurar um novo consultor financeiro já na próxima semana, disseram as fontes. O assessor teve divergências com parte do conselho da Oi sobre a reestruturação, acrescentaram as fontes. A telefônica não quis comentar e o PJT não comentou de imediato.

Já segundo o Broadcast, da Agência Estado, a PwC (PricewaterhouseCoopers) e o escritório de advocacia Arnoldo Wald, administradores judiciais do processo de recuperação judicial da telefonia, entregaram à Justiça a sua proposta de remuneração de R$ 317,4 milhões, segundo documentos apresentados à Justiça obtidos pelo Broadcast. Fontes disseram que a proposta foi considerada “fora de qualquer razoabilidade” pelo alto escalão da companhia. A recuperação judicial da tele, o maior na história do País, envolve dívidas de R$ 65 bilhões “espalhada” em um total de 67 mil credores diferentes. 

Vanguarda Agro
A Vanguarda Agro (VAGR3) anunciou nesta sexta-feira que obteve as aprovações para concluir uma renegociação de dívidas bancárias e propôs mudar de nome pela segunda vez. A empresa disse em nota que a renegociação de dívidas, no montante de R$ 653,6 milhões, contempla a adequação do fluxo financeiro à geração de seu caixa operacional.

Para 69% do montante renegociável, obteve-se uma carência de 2 anos e 5 anos para pagamentos. O custo das linhas foi mantido. A companhia, que estreou na BM&FBovespa em 2006 como Brasil Ecodiesel, passou a se chamar Vanguarda em 2011. A Vanguarda se disse confiante de que a conclusão desse processo marcará uma nova fase e submeteu ao conselho de administração a mudança do nome para Terra Santa Agro.

Paranapanema
A Paranapanema (PMAM3) celebrou acordo de standstill com credores, que determina que, pelo prazo de 30 dias, irão se abster de vencer antecipadamente obrigações de pagamento de principal ou juros, executar garantias, ou fazer apontamentos voluntários nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito em decorrência dos instrumentos financeiros e/ou de dívida bancárias, disse a empresa em fato relevante. O acordo faz parte do processo de readequação da estrutura de capital da empresa. A Paranapanema não informou quais credores estão envolvidos no acordo.

Alpargatas
A OPA (Oferta Pública de Aquisição) de ações da Alpargatas (ALPA3) movimentou R$ 499,45 milhões, segundo informações da BM&FBovespa. Foram efetivamente adquiridas no leilão 45.322.491 ações ONs da companhia, a R$ 11,02 em 115 ofertas. O total de ações ofertadas era de 79.762.147 ações ordinárias.

Iochpe-Maxion 
A Iochpe-Maxion (MYPK3) informou que os fundos administrados pela Sul América adquiriram ações da empresa, passando a deter 4.778.000 ações, representativas de 5,04% das ações ordinárias emitidas pela companhia. A Sul América declarou que as operações citadas acima têm o objetivo de investimento, não havendo interesse em alterar a composição do controle da companhia.

Celulose Irani
A Celulose Irani (RANI3) aprovou a contratação de um financiamento com os bancos Itaú BBA, Santander e Rabobank, no valor de R$ 180 milhões. O empréstimo, segundo a companhia, será realizado via emissão de cédula de crédito de exportação e tem prazo de cinco anos e 15 meses de carência. Os recursos serão utilizados para financiar a atividade de exportação da empresa.

(Com Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.