Cemig dispara 6% com possível IPO de subsidiárias, Vale salta 4% e Cosan sobe 2% com recomendação de compra

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão

Paula Barra

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Petrobras (PETR3, R$ 14,90, +0,74%; PETR4, R$ 14,36, +0,35%) 
As ações da Petrobras “ignoram” o dia negativo do petróleo e notícia sobre atraso na venda da BR Distribuidora e operam em alta nesta sessão. Neste momento, os contratos do petróleo WTI caíam 0,54%, a US$ 48,23 o barril, enquanto o Brent recuava 0,37%, a US$ 51,18 o barril. A commodity recuava após cair abaixo de US$ 50,00 com perfurações seguindo ativas nos Estados Unidos, contendo os efeitos do corte de produção pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). 

De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, TCU pode atrasar em 18 meses a venda da BR Distribuidora dependendo do modelo de venda de ativos a ser recomendado. O processo que trata dos desinvestimentos de ativos e empresas do Sistema Petrobras não estava incluído na pauta da sessão de 8 de março do TCU. Não há nova data definida para a inclusão do assunto na pauta. Além disso, as ações devem reagir à sexta queda consecutiva da cotação do petróleo nos mercados internacionais.

Vale (VALE3, R$ 30,78, +3,81%; VALE5, R$ 29,21, +3,62%)
Os papéis da Vale disparam 4% nesta manhã, seguindo a alta do minério de ferro na China. Hoje, o minério de ferro negociado no Porto de Qingdao, na China, fechou em valorização de 1,78%, a US$ 88,26 a tonelada. Acompanham o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 22,61, +3,48%) – holding que detém participação na Vale – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 12,16, +2,10%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,99, +2,22%), CSN (CSNA3, R$ 10,92, +1,39%) e Usiminas (USIM5, R$ 4,76, +2,16%). 

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Cemig (CMIG4, R$ 11,59, +5,84%)
A Cemig planeja vender uma participação majoritária em duas unidades e listá-las em São Paulo e Nova York nos próximos meses, uma medida que poderia ajudar a terceira maior concessionária de energia do Brasil a reduzir a dívida e diminuir o peso das decisões governamentais na empresa, disse uma pessoa com conhecimento direto do plano neste domingo para a agência Reuters.

Analistas de mercado veem a operação como positiva para a estatal mineira, já que, caso o processo se concretize, a Cemig deve arrecadar recursos para diminuir seu endividamento que está em torno de R$ 13,7 bilhões, além de achar saída para firmar a relicitação das usinas que representa 40% da geração de energia da empresa. Segundo o jornal Valor Econômico, a Cemig pretende levantar R$ 6 bilhões com a venda do controle majoritário de quatro hidrelétricas para investidores privados.

O Estado de Minas Gerais, que detém 17 por cento do capital da concessionária e controla sua administração, anunciará o plano no próximo mês, uma vez cumpridos alguns requisitos legais e operacionais, disse a pessoa que pediu anonimato para falar livremente sobre o plano. As subsidiárias, a empresa de geração e transmissão de energia elétrica Cemig GT e a empresa de distribuição de energia Cemig D são de propriedade total da Cemig, como a empresa é comumente conhecida.

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As negociações com parceiros potenciais, que incluem um banco de investimento brasileiro não divulgado, uma empresa de investimento da América do Norte e uma empresa de energia elétrica da Ásia, estão em estágio avançado, disse a fonte. Uma vez que o Estado de Minas Gerais defina a entrada dos sócios para participação na Cemig GT e a Cemig D, ambas as empresas serão capitalizadas e, em seguida, sua oferta pública inicial será lançada, segundo a fonte.

A Cemig está considerando contratar dois bancos de investimento nacionais e um estrangeiro para subscrever a IPO, da qual a empresa espera arrecadar cerca de 4 bilhões de reais (1,3 bilhão de dólares), disse a pessoa. Os recursos da IPO serão usados para reduzir a dívida de 13,7 bilhões de reais da Cemig, de acordo com a fonte. A dívida da concessionária triplicou nos últimos cinco anos, após uma onda de aquisições e uma decisão do governo Dilma Rousseff de renegociar os contratos de energia com as concessionárias, em 2012. A assessoria de imprensa da Cemig, com sede na cidade de Belo Horizonte, não quis comentar. O gabinete do governador de Minas Gerais, Fernando Pimental, também se recusou a comentar.

Suzano (SUZB5, R$ 12,94, -0,15%)
As ações da Suzano têm leve queda, apesar de duas boas notícias para a empresa: anúncio de reajuste de preços da celulose e dia de alta do dólar frente ao real. Neste momento, o dólar comercial registrava alta de 0,32%, a R$ 3,1535 na venda. 

No radar, a Suzano anunciou nesta segunda-feira que fará o quarto aumento no preço de lista da celulose de eucalipto negociada na China em 2017, para 660 dólares por tonelada. Segundo a empresa, o novo preço representa uma reajuste de 30 dólares por tonelada e será válido a partir de 1º de abril. “A Suzano entende que os fundamentos de mercado neste momento suportam o anúncio”, disse a companhia em nota.

Para os analistas Thiago Lofiego e Arthur Suelotto, do Bradesco BBI, a forte demanda chinesa e a longa paralisação da linha 2 da CMPC Guaíba são fatores chave atrás dessa alta de preço. Contudo, “no futuro, esperamos que essas condições favoráveis percam força, o que deve desencadear um movimento de preços para baixo”, escreveram os profissionais, acrescentando que estimam queda de 80 dólares por tonelada em relação aos níveis atuais e preços médios da China em 2017 a 580 dólares.

Além desse reajuste, a Suzano já havia divulgado aumentos para janeiro, fevereiro e março para todos os mercados em que atua, com executivos da companhia reforçando na teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre, no começo de fevereiro, perspectivas favoráveis para o produto. As rivais Fibria (FIBR3, R$ 26,60, +1,41%) e Eldorado Brasil devem acompanhar o reajuste da Suzano, como é praxe do mercado de celulose após um primeiro novo reajuste. Procuradas, as duas empresas não puderam comentar o assunto de imediato.

Sanepar (SAPR4, R$ 11,60, +1,75%)
Em meio à queda de 21% das ações da Sanepar nos últimos 3 pregões, em reação ao reajuste tarifário, que assustou o mercado pelo prazo de 8 anos, os analistas do BTG Pactual divulgaram um relatório analisando os possíveis cenários após os anúncios da semana passada.

Eles analisaram 3 cenários: I) aumento de 5,7% em 2017 e somente inflação pra frente e, nesse caso, o preço-alvo da empresa seria de R$ 13.50 (o pior cenário); II) a companhia repassa o que está sendo proposto dentro dos 8 anos, reajustado por Selic, e o preço-alvo seria de R$ 19,00 (cenário base); e III) a empresa reajusta em 5,7% agora e o restante vai ser deferido somente entre 2018 e 2022 e, com isso, os 2 últimos anos seriam “perdidos”. Nesse caso, o preço-alvo seria de R$ 17,50.

Dados os atuais riscos e os possíveis cenários observados, eles disseram que o “sell-off” dos papéis dos últimos dias (queda de 21%) foi exagerado e reiteraram recomendação de compra da ação. 

Cosan (CSAN3, R$ 38,88, +2,15%)
A Cosan teve a cobertura iniciada pelo Bradesco BBI com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado). Segundo os analistas do banco, a recomendação é baseada “no ganho de participação de mercado em distribuição de combustíveis por meio de estratégia comercial melhor adaptada (prevemos expansão de 150 pontos-base na participação de mercado para 2017-19), forte FCF por pelo menos dois anos (rendimento do FCF de 9% para 2017-18) e potencial negativo limitado aos preços do açúcar e aos resultados da Comgás”, segundo relatório de analistas.

“Nós vemos potencial positivo baseado no ganho de mercado da Raízen Combustíveis, forte FCF da Raízen Energia por pelo menos 2 anos, e CF de Comgás razoavelmente estável (apesar do ruído de curto prazo)”.

“A Comgás também oferece à Cosan ROIC estável no longo prazo e robusta geração de caixa, apesar de algum ruído de curto prazo sobre sua revisão tarifária’’. De acordo com o Bradesco BBI, os múltiplos de Cosan “parecem atrativos” em 5,7 vezes o EV/Ebitda 2017 X combinado Ultrapar, Sabesp, São Martinho em 6,9 vezes – esperamos que essa diferença diminua’’, afirmam os analistas. O preço-alvo por ação é de R$ 47.00. O banco também iniciou cobertura de Cosan Limited com recomendação outperform e preço-alvo por ação de US$ 10.

WEG (WEGE3, R$ 17,01, -1,96%)
Após o corte para neutra na semana passada pelo Itaú BBA, a WEG teve a recomendação cortada de neutra para venda pelo Goldman Sachs, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 17,00 para R$ 16,00. 

Saúde

Após um período com uma visão mais pessimista com o setor de saúde, o BTG Pactual traz uma leitura mais otimistas para 2017 em diante. “Enxergamos claros sinais de mudança de um tempo para cá, principalmente com os maiores acionistas da cadeia muito preocupados em evitar desperdício e implementando políticas mais concretas de controle de custos – aqui acreditamos que o setor deve ser um porto seguro para investidores devido a sua resiliência e a um ano relativamente ainda fraco para alguns outros setores no Brasil”, comentaram os analistas Rodrigo Gastim, Eduardo Rosman, Thiago Kapulskis e Gustavo Cambauva, do banco. 

Com isso, eles revisaram suas estimativas para as empresas, reiterando Fleury (FLRY3, R$ 41,28, +1,67%) como top pick e elevando o preço-alvo de R$ 45,00 para R$ 49,00. “A ação não está barata, mas acreditamos que a combinação de um bom crescimento de receita com expansão de margem e melhora na geração de caixa devem sustentar bom momento do papel”, comentaram. Em Qualicorp (QUAL3, R$ 18,63, -0,11%), eles elevaram o preço-alvo de R$ 21,00 para R$ 24,00, mantendo a recomendação de compra, por conta de um valuation atrativo de 12 vezes o P/L (Preço sobre Lucro). Por outro lado, os analistas seguem com visão cautelosa para Odontoprev (ODPV3, R$ 11,60, +0,26%), com problemas estruturais (menor crescimento devido à competição e margens menores) e que, por isso, decidiram cortar o preço-alvo na ação de R$ 11,50 para R$ 11,00. Vale menção que o Safra elevou hoje a recomendação da OdontoPrev para neutra. 

Oi (OIBR3, R$ 5,22, -3,33%; OIBR4, R$ 4,61, -3,56%)
De acordo com a coluna Radar Online, da Veja, Marco Schroeder, presidente da Oi, deve apresentar o plano de recuperação judicial ao Conselho da empresa nesta semana. Entre as medidas, está o não pagamento de dividendos para os acionistas nos próximos dez anos.

Bradesco (BBDC3, R$ 32,28, +0,97%; BBDC4, R$ 32,30, +1,03%)
O Conselho de Administração do Bradesco aprovou um aumento de capital do banco no valor de R$ 8 bilhões, elevando o capital da companhia para R$ 59,1 bilhões, mediante capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros – Reserva Estatutária”.

Além disso, haverá uma bonificação de 10% em ações, atribuindo aos acionistas 1 nova ação para cada 10 ações que eles possuírem. A data da bonificação será comunicada no futuro. Além disso, o Conselho aprovou alterar parcialmente o Estatuto Social em pontos que tratam do Comitê de Auditoria.

Cielo (CIEL3, R$ 26,98, -0,07%)
A Cielo informou que José Maurício Pereira Coelho, presidente do Conselho de Administração da companhia, renunciou ao cargo. Para seu lugar, foi eleito Alberto Monteiro de Queiroz Netto. tomando posse já nesta sexta-feira, ficando no cargo até a próxima Assembleia Geral da companhia.

Alpargatas (ALPA4, R$ 12,20, +1,75%)
As ações da Alpargatas subiram até 4,25% nesta manhã, em reação ao balanço do 4° trimestre. A empresa fechou o período com lucro líquido de R$ 102,6 milhões, resultado 106,4% acima do registrado um ano antes. A receita líquida total, por sua vez, apresentou queda de 4,1% no mesmo período, para R$ 1,066 bilhão.

O desempenho, de acordo com a companhia, foi favorecido pelo crescimento nas vendas e no lucro bruto da operação no Brasil e por um gasto extraordinário no quarto trimestre de 2015 de R$ 21,4 milhões com provisões para mudança de controle. Excluindo o efeito de gastos com a mudança do controle, o aumento do lucro teria sido de 44,3%.

Os analistas do Itaú BBA reiniciaram sua cobertura para as ações da Alpargatas com recomendação outperform e preço-justo de R$ 15,50, destacando que os objetivos da gestão implicam em uma transformação de suas operações internacionais, o que pode destravar receitas e promover crescimento do Ebitda nos próximos anos. 

Valid (VLID3, R$ 24,86, -2,20%)
A Valid encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 27,9 milhões, uma alta de 18,7% ante o fim de 2015. A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 417 milhões, queda de 6,6% na comparação anual, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recuou 14,1%, para R$ 57,9 milhões. 

No acumulado de 2016, o lucro da Valid caiu 33,7%, para R$ 88,3 milhões, impactado pela desaceleração da economia brasileira e também pelo aumento de R$ 42 milhões na linha de outras despesas operacionais devido a gastos com restruturação e corte de custos realizados ao longo de 2016 e à amortização do ágio na aquisição da Valid AS (R$ 16,7 milhões).

Taesa (TAEE11, R$ 22,69, -1,05%)
O lucro líquido da Taesa teve queda de 5,2% em 2016, para R$ 862 milhões. Já a receita da empresa foi 9,8% menor, para R$ 1,39 bilhão, enquanto o Ebitda teve queda de 10,7%, para R$ 1,37 bilhão. No quarto trimestre, a receita líquida caiu 35,1% na base anual, a R$ 298,1 milhões, enquanto o lucro líquido teve baixa de 40,4%, a R$ 183,6 milhões.