CEEE-G, último braço da CEEE a ser privatizado, vai à leilão hoje; analistas esperam baixa concorrência

Depois de vender a distribuidora (para a Equatorial) e a transmissora (para a CPFL), governo do Rio Grande do Sul fará sua 2ª tentativa de leilão da CEEE-G

Felipe Moreira

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Em 2021, visando à privatização, o governo do Rio Grande do Sul desverticalizou sua concessionária integrada Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) em 3 empresas diferentes: distribuidora CEEE-D, transmissora CEEE-T e geradora CEEE-G. Depois de vender a distribuidora (para a Equatorial EQTL3 em março de 2021) e a transmissora (para a CPFL CPFE3 em julho de 2021), o governo do estado faz agora sua 2ª tentativa de leilão da geradora CEEE-G (920MW) sexta-feira (29), a partir das 14h (horário de Brasília), na B3, em São Paulo.

A primeira tentativa foi no início deste ano, quando o Rio Grande do Sul estabeleceu o preço mínimo em R$ 1,25 bilhão para sua participação de, aproximadamente, 66% na CEEE-G, mas isso foi visto como muito alto, acabando sem licitantes. Para a 2ª tentativa em 29 de julho, o preço mínimo foi reduzido em 33% para R$ 837 milhões.

Além disso, o vencedor do leilão deverá pagar uma taxa de concessão mínima de R$ 1,66 bilhão para novos contratos de concessão de 30 anos e mudanças do regime de cotas para produtor independente.

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Inicialmente, analistas do Credit Suisse não esperam grande concorrência pelo ativo, pois algumas companhias estão reduzindo estrategicamente a exposição hidrelétrica para focar o crescimento em outros ativos renováveis. Este cenário de pequena concorrência pode implicar retornos razoáveis ​​para o leilão uma vez que os principais riscos sejam mitigados (contrato de energia e gestão de passivos).

Segundo reportagem do Valor, a CPFL Energia (CPFE3) desistiu de participar do leilão de privatização da CEEE-G.

Nesse sentido, Bradesco BBI e Credit acreditam que entre os players listadas a Auren Energia (AURE3) pode ter interesse na empresa. Já o Bank of America, além da Auren, vê a possibilidade de participação da Engie Brasil (EGIE3).

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Além disso, analistas do BBI levantaram a possibilidade do leilão atrair também players industriais que buscam ter seu próprio fornecimento energético (por razões de custo).

Sobre a CEEE-G

A unidade CEEE-G é composta por 15 unidades hidrelétricas consolidadas, todas localizadas no Rio Grande do Sul (3 comercializando energia no mercado livre e 12 em regime de cotas – a serem alteradas para produtor independente com novos contratos) totalizando 921 MW de capacidade instalada (407 MW médios de capacidade assegurada).

A empresa também detém participações em 8 unidades hidrelétricas e 5 ativos eólicos, totalizando 350 MW de capacidade instalada (160 MW médios de capacidade assegurada) na participação da CEEE-G.

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Além disso, o vencedor do leilão deve concluir a construção do complexo eólico Povo Novo (52,5 MW de capacidade instalada, R$ 250 milhões de capex restante previsto), que enfrentou problemas com fornecedores, e tem a opção de adicionar 82 MW de capacidade instalada (34,4 MWavg assegurada) por meio da expansão e repotenciação das UHEs existentes.

Na avaliação do BBI, no cenário-base, o valor patrimonial total da CEEE-G é de, aproximadamente, R$ 1,7 bilhão.

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