CBA (CBAV3) vê prejuízo multiplicar por mais de 7 vezes no quarto trimestre, a R$ 586 mi

Maior prejuízo no 4T23 é em função, principalmente do ajuste nos contratos futuros de energia

Felipe Moreira

Fábrica da CBA (Imagens : Divulgação)

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A CBA (CBAV3) reportou prejuízo líquido de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 633% superior (ou mais de sete vezes) ao reportado no mesmo intervalo de 2022 (perdas de R$ 80 milhões), informou a companhia nesta quinta-feira (7).

A empresa explica que o “maior prejuízo no 4T23 é em função, principalmente do ajuste nos contratos futuros de energia”.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 102 milhões no 4T23, praticamente estável em relação ao resultado do 4T22.

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A margem Ebitda ajustada atingiu 5% entre outubro e dezembro do ano passado, estável em relação à margem registrada em 4T22.

A receita líquida somou R$ 1,9 bilhão no quarto trimestre do ano passado, uma redução de 3% na comparação com igual etapa de 2022.

As despesas operacionais somaram R$ 116 milhões no 4T23, uma baixa de 8% em relação ao mesmo período de 2022.

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O resultado financeiro líquido apresentou uma melhora de 67% no 4T23 vs. o 4T22, sendo 4 milhões negativos no 4T23 contra 13 milhões negativos no 4T22.

O total de investimentos (regime caixa) do 4T23 teve redução de 63% em relação ao 4T22 e de 27% em relação ao 3T23. No trimestre, 42% dos investimentos foram direcionados a projetos de modernização e expansão da CBA, 17% em reforma de fornos e 41% em manutenção.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 2,361 bilhões, um crescimento de 38,3% na comparação com a mesma etapa de 2022.

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O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 7,7 vezes em dezembro/23, alta de 6,65 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.