Carteiras recomendadas: confira as melhores e piores performances de junho

SÃO PAULO – Assim como nos outros cinco meses de 2011, o desempenho médio das carteiras de ações recomendadas por bancos e corretoras foi superior ao do Ibovespa em junho. Enquanto o índice paulista registrou queda de 3,43% – ocupando pela 3ª vez seguida o posto de pior investimento do mês -, o rendimento médio dos 32 portfólios monitorados pela InfoMoney foi negativo em 1,27%.

Tendo ficado acima do Ibovespa em todos os seis meses de 2011, o rendimento acumulado em 2011 das carteiras monitoradas pela InfoMoney amplia sua vantagem sobre o benchmark em 7,40 pontos percentuais. Contudo, por conta do desempenho negativo em junho – o terceiro consecutivo -, o resultado anual das carteiras recomendadas passou de -1,49% para -2,56%. Dos 28 portfólios acompanhados desde o começo de 2011, apenas dois mostraram performance inferior ao índice de ações – em maio, o total era de cinco carteiras atrás do benchmark.

Socopa lidera o mês e deixa a última posição
Em um mês onde apenas 7 das 32 carteiras compiladas pela InfoMoney tiveram um rendimento positivo, o principal destaque ficou com o portólfio da Socopa Corretora, que obteve rentabilidade positiva de 3,62%. Com um portfólio bastante concentrado, contendo apenas cinco ações, a corretora se beneficiou pelo fato de que somente uma delas registrou perdas no mês de junho: a Vale (VALE5, -0,45%).

Dos outros ativos, o destaque principal ficou com as ações do Pão de Açúcar (PCAR4), que obtiveram a maior valorização do Ibovespa no mês, com alta de 14,14%, repercutindo a proposta para a fusão de suas operações com as da varejista francesa Carrefour no Brasil. Os outros três papéis que compuseram a carteira da Socopa em junho foram Duratex (DTEX3, +2,88%), Banco do Brasil (BBAS3, +0,78%) e OHL Brasil (OHLB3, +0,75%).

Com esse ótimo desempenho em junho, a carteira da corretora abandonou a incômoda última posição no ranking acumulado do ano, subindo quatro posições, ficando em 24º lugar.

Amaril Franklin retoma o topo
Logo atrás da Socopa, aparece a carteira da Amaril Franklin, que obteve uma performance positiva de 3,26% durante o sexto mês do ano. O principal destaque do portfólio da corretora foi a ação da Vale Fertilizantes (FFTL4), que subiu 32,72% no mês, principalmente por conta da OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações anunciada pela Vale no último dia 22, fato que provocou uma disparada de mais de 20% nos papéis FFTL4 no pregão seguinte.

O avanço das ações da Light (LIGT3) também ajudou no desempenho positivo da carteira. Contudo, a performance só não foi melhor por causa da forte queda das ações da Braskem (BRKM5) em junho (-9,76%), que detinham 20% de participação no portfólio da Amaril.

Com mais um mês entre as maiores altas – a Amaril Fraklin esteve na primeira posição em janeiro e em maio -, a carteira recuperou a primeira posição do Ranking InfoMoney de 2011, acumulando um rendimento positivo de 8,47%, resultado 18,43 p.p. acima do movimento do Ibovespa no semestre. A rentabilidade também encontra-se 5,91 p.p. acima da média das carteiras no acumulado do ano.

TOV e Planner dividem a última posição
Se no mês de maio foi a primeira vez que duas corretoras dividiram a primeira posição, agora em junho tivemos pela primeira vez duas carteiras dividindo a ponta negativa do ranking. Tanto o portfólio da TOV Corretora quanto da Planner Corretora relataram um rendimento negativo de 5,40% no mês.

A começar pela TOV, que viu todas as suas sete ações recomendadas registrarem desvalorização no mês. Destaque para as blue chips CSN (CSNA3, -12,93%), PDG (PDGR3, -11,21%) e OGX Petróleo (OGXP3, -9,15%).

Já na Planner, o portfólio mais diversificado contava com 12 papéis. Os maiores destaques negativos do período foram Arezzo (ARZZ3, -15,93%), Fibria (FIBR3, -15,92%) e Marisa (AMAR3, -11,19%). Além da queda desses ativos, vale mencionar que apenas 3 ações recomendadas pela corretora subiram no mês, com a maior alta sendo de apenas 1,22%, dos papéis da Copel (CPLE6).

Com o desempenho desse mês, a carteira da Planner despencou 11 posições no ranking anual, passando a ocupar o 18º lugar. A carteira da TOV não faz parte do ranking acumulado do ano, pois ela não disponibilizou à InfoMoney as carteiras recomendadas de março e de abril.

Link cai para a última posição
Ocupando agora o lugar que a Socopa ocupou no mês passado, aparece a Link Investimentos, cuja carteira totaliza uma performance negativa de 11,70%, ficando 1,74 p.p. abaixo do Ibovespa no acumulado do ano. No mês passado, a corretora ocupava a 25ª posição, mas por conta do rendimento negativo de 4,08% em junho – a terceira pior performance do mês -, o portfólio da Link caiu para o último lugar.

Metodologia
Para realizar o levantamento de junho, a InfoMoney utilizou carteiras de ações recomendadas para o período mensal por 32 corretoras e bancos: Amaril Franklin, Ativa, Banif, BB Investimentos, Bradesco, BTG Pactual, Citi Corretora, Coinvalores, Credit Suisse, Fator, Geração Futuro, Geral Investimentos, Gradual, HSBC, Itaú BBA (carteira top 5), Link, Magliano (2 carteiras), Omar Camargo, PAX, Planner, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, Spinelli, TOV, UM Investimentos, Walpires, Win Trade e XP.

Para avaliar o desempenho no acumulado em 2011, quatro casas de research foram excluídas por não termos tido acesso às carteiras divulgadas para os meses anteriores. As corretoras excluídas foram BTG Pactual, Credit Suisse, TOV e Walpires.

Importante ainda destacar que a InfoMoney considerou a primeira publicação de cada uma destas carteiras nos referidos meses, não levando em consideração eventuais mudanças promovidas pelas corretoras e bancos no meio de mês. As cotações consideradas nas comparações de desempenho são as de fechamento do último dia útil de cada mês, considerando sempre a cotação ajustada em um eventual provento que ocorrer no período (dividendo, juros sobre capital próprio, subscrição etc). Utilizando metodologia semelhante à adotada no cálculo da carteira teórica do Ibovespa, o desempenho considerado das carteiras recomendadas em 2011 é cumulativo.