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Em meio a expectativas extremamente baixas e cenário competitivo acirrado, o Carrefour (CRFB3) surpreendeu o mercado ao reportar um forte crescimento do lucro líquido no terceiro trimestre. Com isso, a ação do varejista subiu 0,67%, a R$ 7,54, na sessão após o balanço, nesta sexta-feira (1). Apesar de uma alta modesta, ela é expressiva levando em conta a baixa de 1,23% do Ibovespa no dia, enquanto CRFB3 chegou a subir 6,14%, a R$ 7,95, na máxima da sessão.
O JPMorgan comenta que os resultados vieram em linha com suas expectativas, impulsionados principalmente pela divisão de atacado. Ainda assim, o lucro por ação ajustado de R$ 0,16 superou em 2 vezes as projeções do banco, devido a ganhos fiscais com os prejuízos fiscais do Grupo Big e despesas financeiras menores que o esperado.
Por outro lado, o JPMorgan pontua que a dinâmica de caixa continuou desafiadora, com uma queima de caixa estimado em cerca de R$ 1,5 bilhão no trimestre.
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No geral, o banco americano esperava uma reação neutra a positiva do preço das ações aos resultados, pois a surpresa positiva foi lucro, principalmente impulsionado por fatores fiscais, enquanto a margem melhor que o esperado no atacado provavelmente será compensada por uma margem fraca no Sam’s Club/varejo e um fluxo de caixa ainda desafiador.
Negociando a 9 vezes Preço/Lucro, o JPMorgan manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 11,50 para Carrefour Brasil.
O Bradesco BBI também esperava uma reação positiva das ações da companhia, devido as baixas expectativas formadas durante as prévias e ao longo do 3T24. Na visão do banco, o desempenho de vendas foi razoável, enquanto a lucratividade recorrente foi um pouco melhor do que o esperado no nível consolidado.
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O BBI ainda destacou que os resultados ainda estão poluídos, impactados por ajustes e, particularmente neste trimestre, atingidos pela piora da dinâmica do capital de giro que também impactou a queima de caixa e o endividamento – a empresa espera reverter isso no próximo trimestre.
A equipe de research do BBI reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10.
Na avaliação da XP, o Carrefour Brasil apresentou resultados mistos no terceiro trimestre, com um crescimento da receita melhor do que o esperado, margens melhores no Atacadão e um desempenho sólido do CSF Bank, embora as margens no Varejo e no Sam’s tenham sido pressionadas, além de um consumo de fluxo de caixa livre (FCF) mais intenso do que a sazonalidade normal.
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Em termos de lucratividade, a margem bruta consolidada caiu 0,9 ponto percentual (p.p.) na base anual devido ao mix de vendas (maior participação do Atacadão), assim como margens pressionadas em todos os formatos. No entanto, a alavancagem operacional, a maturação das lojas e as economias em despesas compensaram mais do que a margem bruta pressionada e os custos pré-operacionais mais altos (principalmente no Sam’s), levando a uma expansão da margem Ebitda ajustada consolidada de 0,2p.p, em linha com as expectativas da XP.
O Santander, por sua vez, avalia que o Carrefour apresentou resultados mistos no 3T24, com Atacado e CSF (Carrefour Soluções Financeiras) superando as estimativas, enquanto Varejo e Sam’s Club ficaram abaixo das expectativas, levando a um Ebitda consolidado praticamente em linha. O lucro líquido, por sua vez, superou as expectativas em mais de 100% devido a despesas financeiras menores que o esperado e ao reconhecimento de ativos fiscais diferidos do Grupo BIG.
O Santander manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16 por papel do varejista.
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Já o Morgan Stanley disse que os segmentos apresentaram tendências mistas, com com o Atacadao e o CSF reportando números positivos, enquanto o Carrefour varejo e o Sam’s Club ficaram aquém das previsões do banco.
O Morgan Stanley manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10,50.
De acordo com BTG, os resultados apresentaram vendas positivas, mas com deterioração da margem bruta e do capital de giro no período, levando ao aumento da alavancagem financeira.
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Embora o BTG espera uma tendência de melhora gradual nos próximos trimestres, respaldada pelos esforços do Carrefour para otimizar seu portfólio de lojas e pela recente recuperação da inflação de alimentos, a integração e crescimento do Grupo Big e o cenário competitivo do setor de alimentos no Brasil indicam que os resultados continuarão pressionados no curto prazo (principalmente margens e capital de giro), o banco manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 12.
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