Carnes sobem 8,09%, têm maior alta desde 2010 e geram o maior impacto no IPCA

A carne de porco subiu 3,35% em novembro, enquanto o frango inteiro aumentou 0,28% e o frango em pedaços subiu 0,34%

Estadão Conteúdo

Publicidade

O salto de 8,09% no preço das carnes pressionou a inflação ao consumidor no mês de novembro, com uma contribuição de 0,22 ponto porcentual para a taxa de 0,51% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), item de maior pressão no mês.

A alta nas carnes no mês de novembro deste ano foi a mais acentuada desde novembro de 2010, quando subiram 10,67%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A gente tem demanda grande da China pela carne, que restringe a oferta no mercado. A situação no momento é uma demanda alta da China pela carne brasileira. Foi principalmente carne bovina. As outras também foram influenciadas, porco e frango, mas o grande destaque foi a carne bovina”, frisou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A carne de porco subiu 3,35% em novembro, enquanto o frango inteiro aumentou 0,28% e o frango em pedaços subiu 0,34%.

O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um avanço de 0,05% em outubro para elevação de 0,72% em novembro. A contribuição do grupo para a inflação passou de 0,01 ponto porcentual para 0,18 ponto porcentual no período.

“Sem as carnes, (o grupo) Alimentação e Bebidas teria registrado uma queda de 0,18%. Realmente o que pesou mesmo foram as carnes. Tomate, batata e cebola caíram cada um mais de 10%. Então realmente foram as carnes”, ressaltou Kislanov.

Continua depois da publicidade

Leia mais: Inflação de novembro sobe para 0,51%, maior valor para o mês desde 2015

Sem a pressão das carnes, o IPCA teria sido de 0,30% em novembro, calculou Kislanov. Devido ao encarecimento das carnes, os alimentos para consumo no domicílio interromperam uma sequência de seis meses consecutivos de quedas de preços, com um avanço de 1,01% em novembro.

Por outro lado, as famílias pagaram menos pela batata-inglesa (-14,27%) e pelo tomate (-12,71%), ajudando a conter o IPCA em -0,03 ponto porcentual cada um. A cebola também teve recuo acentuado, de 12,48%.

Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,21% em novembro, após uma alta de 0,19% em outubro. No último mês, o item lanche aumentou 0,56%, uma contribuição de 0,01 ponto porcentual para o IPCA do mês.

Quer investir melhor o seu dinheiro? Clique aqui e abra a sua conta na XP Investimentos

Tópicos relacionados