Ações de MRV, Even e Helbor sobem até 10% após prévias, IRB cai 11% na semana e Camil vira de alta de 9% para queda de 2%

Confira os destaques da B3 desta sexta-feira (9)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira (9), apesar de encerrar a semana com ganhos de quase 4%.

Entre as ações, o destaque fica para o setor de construção, em um dia de diversas prévias operacionais que confirmaram a retomada do setor (veja mais clicando aqui).

Even (EVEN3, R$ 12,21, +6,17%), pela MRV (MRVE3, R$ 18,24, +8,51%), pela Direcional (DIRR3, R$ 14,75, -2,06%) e pela Helbor (HBOR3, R$ 12,13, +9,87%) divulgaram seus números prévios do terceiro trimestre. As  ações, com exceção da Direcional, registraram fortes ganhos, que chegaram a quase 10%, também puxando outras ações do setor como Cyrela (CYRE3, R$ 26,23, +4,59%) e EzTec (EZTC3, R$ 37,71, +2,98%).

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“O setor de construção civil é, por natureza, de ciclo longo e muito sensível às taxas de juros. A pandemia, mesmo que tenha afetado as atividades de construção e as vendas em um primeiro instante, não foi suficiente para inverter a tendência promissora do setor para os próximos anos”, avaliam os analistas da Levante.

“Os juros em patamares mínimos e alguma abundância de crédito imobiliário são dois vetores que têm impulsionado as empresas do setor. O crescimento dos lançamentos na comparação ano contra ano indicam que as construtoras seguem com custo de captação de recursos condizente com o potencial de vendas no futuro, visto que a demanda pelos imóveis segue firme”, disseram em relatório.

Já a Camil (CAML3, R$ 13,60, -2,30%) enfrentou um dia de forte volatilidade na B3. Após chegar a subir até 9,63% depois de informar um lucro líquido de R$ 138,6 milhões no segundo trimestre fiscal da companhia, encerrado em agosto, os papéis viraram para baixa. Na avaliação do Bank of America, os resultados foram fortes, com o resultado sendo explicado pela queda dos custos e alto dos preços dos produtos vendidos.

Continua depois da publicidade

Com isso, o preço-alvo foi elevado de R$ 12,50 para R$ 14,90. Contudo, o BofA reiterou a recomendação neutra para o ativo, vendo o potencial limitado de alta e questionando a sustentabilidade dos custos  mais baixos no longo prazo.

Após a alta de mais de 3% da véspera, os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 19,91, -3,30%; PETR4, R$ 19,80, -3,13%) voltaram a ter perdas, em uma sessão de queda para o petróleo, com o WTI e o brent registrando perdas de mais de 1%, ainda que em alta na semana.

Bancos abriram em queda após a disparada da véspera com as projeções positivas do UBS BB para o setor nos resultados do terceiro trimestre. Contudo, logo amenizaram as perdas ou viraram para ganhos – caso do Santander (SANB11, R$ 31,50, +2,34%).

Continua depois da publicidade

Já o IRB (IRBR3, R$ 7,18, -7,24%) segue com forte volatilidade na B3. Após uma queda de 25% nos pregões entre terça e quarta após a recomendação do UBS BB e a disparada de mais de 20% na véspera, os papéis voltam a cair forte (veja mais sobre a empresa clicando aqui) e encerram com perdas acumuladas de 11,25% na semana.

As varejistas, por sua vez, subiram forte, com destaque para o Magazine Luiza (MGLU3, R$ 98,15, +6,84%), que aprovou desdobramento de suas ações na semana (e que passará a vigorar a partir do pregão do dia 14). A semana também foi marcada por dados positivos do setor de varejo, com os números apresentados pelo IBGE em relação ao mês de agosto apontando o maior patamar da série histórica.

A Gol (GOLL4, R$ 19,11, +3,24%) também teve ganhos expressivos: a companhia aérea informou que aumentou sua oferta para uma média de 270 voos por dia em setembro, crescimento de 42% ante à média de 190 voos diários em agosto. Confira os destaques:

Publicidade

Confira os destaques:

Natura &Co (NTCO3, R$ 46,98, -0,04%)

A Natura &Co informou que estabeleceu em R$ 46,25 o preço por ação em sua oferta pública primária restrita de 121,4 milhões de ações, resultando em uma captação de R$ 5,61 bilhões. A oferta será feita no país e no exterior sob a forma de American Depositary Shares (ADSs), representados por American Depositary Receipts (ADRs).

O objetivo da oferta de ações é obter recursos para reduzir o endividamento em dólar, reduzindo os efeitos da volatilidade da taxa de câmbio e dos juros altos. E também acelerar o crescimento da empresa nos próximos três anos. A empresa afirma que pretende digitalizar suas vendas, expandir suas atividades pelo mundo, desenvolver embalagens e utilizar matérias-primas mais sustentáveis, e diversificar sua força de trabalho.

Continua depois da publicidade

Camil (CAML3, R$ 13,60, -2,30%)

A Camil Alimentos teve um lucro líquido de R$ 138,6 milhões no segundo trimestre do seu exercício (encerrado em agosto), alta de 26,7% ante o trimestre anterior, quando o lucro somou R$ 109,5 milhões.

A alta foi de 245,6% ante o segundo trimestre do ano-fiscal passado, em que a empresa teve lucro de R$ 40 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 207,5 milhões, alta de 133% na comparação anual. A receita líquida atingiu R$ 1,9 bilhão, alta de 56,3%.

A Camil informou que a rentabilidade no período foi fruto do repasse gradual de preços dos grãos e dos pescados no Brasil. Ela também apontou a melhora da rentabilidade em suas operações internacionais, influenciada pela desvalorização do dólar ante o real, e a diluição dos custos no intervalo.

Publicidade

Renova (RNEW11, R$ 10,78, +16,04%)

A Renova Energia aceitou proposta da Prisma Capital para comprar o Complexo Eólico Alto Sertão III – Fase B. Segundo a empresa, a Prisma terá a condição de primeiro proponente (Stalking Horse), com direito de preferência na aquisição. A transação faz parte de esforços para reduzir os passivos da empresa, que está em recuperação judicial.

Vale (VALE3, R$ 61,60, +0,51%)

Vale informou nesta sexta-feira que seu conselho de administração aprovou a criação de uma joint venture com a Ningbo Zhoushan 601018.SS para construção e operação do chamado “Projeto West III” em um porto na China.

O projeto consiste na expansão das instalações do Porto de Shulanghu, na província chinesa de Zhejiang. A parceria vai desenvolver um pátio de estocagem e berços de carregamento, disse a companhia em comunicado ao mercado.

“Ao participar do projeto, a Vale garantirá uma capacidade portuária total de 40 Mtpa em Shulanghu, o que ajudará a Vale a otimizar custos em sua cadeia de valor”, disse a companhia.

Segundo a mineradora, o investimento tem valor total de 624 milhões de dólares, inclui a aquisição de direitos de propriedade e o desenvolvimento da capacidade portuária de 20 Mtpa, incluindo a construção de um novo pátio de estocagem e dois berços de carregamento, sujeitos a aprovações regulatórias.

A Vale deterá 50% da joint venture e ambas as partes pretendem obter empréstimos de terceiros de até 65%, mas não menos que 50% do investimento total.

“Com essas premissas, a contribuição de capital da Vale para o projeto variará entre 109 milhões e 156 milhões de dólares, aproximadamente”, estimou.

A construção do projeto, que deve durar até três anos, terá início após ambas as partes obterem as aprovações antitruste e outras autorizações regulatórias na China.

“O projeto garantirá capacidade portuária estratégica para a Vale na China, uma vez que o porto de Shulanghu permite a atracação de navios Valemaxes e a otimização dos custos de transporte e distribuição da Vale.”

Localiza (RENT3, R$ 60,15, +0,32%)

O Conselho de Administração da Localiza aprovou a proposta de combinação de negócios com a Unidas, anunciada em 22 de setembro. Também foi aprovada a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 12 de novembro para deliberar sobre a incorporação de ações. A proposta da administração prevê a redução do número de membros do Conselho de Administração da empresa de sete para seis membros.

Totvs (TOTS3, R$ 27,00, -1,60%) e Linx (LINX3, R$ 35,00, +1,57%)

Em reunião realizada na quarta-feira, 7, o Conselho de Administração da Totvs aprovou a prorrogação da oferta de combinação com a Linx até o dia 17 de novembro e também criticou duramente a atuação dos conselheiros independentes da segunda empresa, que decidiram por não levar adiante a oferta para assembleia de acionistas.

A Totvs rebateu ponto por ponto cada um dos problemas levantados na proposta, e levanta suspeita sobre a idoneidade com favorecimento pela proposta da Stone.
O documento alega que a ausência de transparência e o ‘modus operandi’ de suprimir a possibilidade de escolha pelos acionistas tem sido prática reiterada pela administração da Linx, com a Totvs alegando que foram se criando dificuldades cada vez maiores para impedir que a proposta fosse devidamente apreciada em assembleia em detrimento da oferta que a Stone fez.

A Totvs informou que a combinação de seus negócios com a Linx poderá gerar sinergias operacionais de R$ 3,2 bilhões. Segundo a empresa, as sinergias poderão resultar em uma redução anual de aproximadamente R$ 60 milhões de OPEX, assumindo a sua captura 50% no primeiro ano, 75% no segundo ano e 100% no terceiro ano. Além disso, a empresa prevê R$ 160 milhões de receita líquida no quarto ano após a implementação da combinação de negócios.

A Linx informou nesta sexta-feira que vai analisar nova proposta da Totvs. “A companhia (Linx), por meio do comitê independente, analisará a nova proposta apresentada pela Totvs por meio de fato relevante de ontem, emitindo sua avaliação oportunamente, sempre em vista do melhor interesse da Linx e de seus acionistas”, afirmou.

Light (LIGT3, R$ 18,28, +8,10%)

A Light informou que Raimundo Nonato Alencar de Castro foi eleito para o cargo de Diretor
Presidente da companhia. Ele atuou como diretor presidente da Cepisa entre 2018 e 2020, diretor presidente da Celpa entre 2012 e 2018 e diretor de distribuição da Cemar entre 2008 e 2012. Além disso, Firmino Ferreira Sampaio Neto e David Zylbersztajn foram eleitos presidente e vice-presidente do conselho de administração.

Log-In (LOGN3, R$ 14,79, -1,27%)

A Log-In Logística Intermodal ampliou seu serviço de navegação costeira, passando a atender ao porto de Assunção, no Paraguai. A linha irá conectar os principais portos brasileiros ao Mercosul, de Manaus à Assunção, utilizando os serviços marítimos regulares já em operação.

Buenos Aires será o porto de conexão da carga em contêineres dos navios da Log-In para embarcações menores que farão a travessia via Rio Paraná através de uma parceria com o armador Independencia Shipping Lines (ISL). A ISL operará o trecho Assunção x Buenos Aires x Assunção utilizando três navios, inicialmente com escala quinzenal.

Com essa nova linha, os clientes poderão escoar seus produtos diretamente com a Log-In, numa rota regular, desde Manaus até a Argentina e o Paraguai. Hoje, 92% de tudo que é transportado do Paraguai para o Brasil é feito por caminhão, e apenas 8% utiliza o transporte marítimo.

Minerva (BEEF3, R$ 11,01, -2,31%)

A Minerva encerrou as tratativas para uma possível combinação de negócios de sua subsidiária Athena Foods com sociedade de propósito específico para aquisição, listada na bolsa de valores Nasdaq. A empresa não informou os motivos que a levaram a desistir das negociações.

Irani (RANI3, R$ 4,75, -1,86%)

Os acionistas da Irani aprovaram a listagem da empresa no Novo Mercado da B3 e a conversão das ações preferenciais em ações ordinárias, na proporção de uma ação ordinária para cada uma ação preferencial.

GOL (GOLL4, R$ 19,11, +3,24%)

A Gol aumentou sua oferta para uma média de 270 voos por dia em setembro, crescimento de 42% ante à média de 190 voos diários em agosto. Em dias de pico, a GOL operou 360 voos/dia em setembro para servir o aumento mensal de 36% na demanda por transporte aéreo. As vendas brutas consolidadas da companhia nesse mês somaram R$ 800 milhões e a taxa de ocupação média foi de 80%.

Em nota, o presidente da empresa, Paulo Kakinoff, disse que está ocorrendo um “crescimento saudável” da demanda por viagens no Brasil, e que isso deve persistir daqui para frente. “Portanto, confiamos que esses ventos favoráveis nos levem a um novo aumento em nossa capacidade ao longo dos próximos meses”, declarou.

No início de outubro, a GOL ampliou sua oferta para cerca de 400 voos por dia, e espera terminar o mês com 500 voos diários, colocando a operação da companhia em aproximadamente 60% da programação de voos em outubro de 2019. No mês de outubro, a GOL operará 93 aeronaves na sua malha e planeja a reabertura de mais três bases operacionais. A empresa destacou que não possui vencimentos significativos de dívida até 2024.

Direcional (DIRR3, R$ 14,75, -2,06%)

A Direcional Engenharia informou, em sua prévia operacional do terceiro trimestre, que os lançamentos totalizaram R$ 574 milhões no período, crescimento de 64% em relação ao trimestre anterior. Segundo a empresa, foi o melhor trimestre de vendas líquidas da história da companhia, com R$ 458 milhões, crescimento de 41% em relação ao mesmo período de 2019. O VSO (vendas sobre oferta) no segmento MCMV 2 e 3 atingiu 18% no período.

Even (EVEN3, R$ 12,21, +6,17%)

A Even também divulgou sua prévia operacional, com valor geral de vendas total de R$ 649,3 milhões no terceiro trimestre, alta de 124% na comparação anual. No segundo trimestre, a empresa lançou R$ 245 milhões.

As vendas do terceiro trimestre somaram R$ 480 milhões, volume 84% superior ao mesmo período de 2019 e 59% maior do que o trimestre anterior. A velocidade de vendas (VSO) consolidada foi de 20%,, contra 12% no mesmo período de 2019, e 14% no segundo trimestre de 2020. Os distratos somaram R$ 88 milhões no trimestre, valor igual ao registrado um ano antes.

MRV (MRVE3, R$ 18,24, +8,51%)

A MRV fez lançamentos de R$ 1,87 bilhão no terceiro trimestre, alta de 15% na comparação anual. Frente ao segundo trimestre, o avanço foi de 98,9%. Segundo a empresa, as vendas bateram recorde pelo terceiro trimestre consecutivo, com um total de R$ 1,97 bilhão, aumento de 41,1% no comparativo anual e de 8,3% frente ao segundo trimestre. A velocidade de vendas (VSO) subiu para 21,2%, ante 19,7% no trimestre anterior. Os distratos somaram R$ 187 milhões no trimestre, quase o dobro dos R$ 95 milhões vistos um ano antes.

Segundo o Credit Suisse, o resultado da MRV deve ser bem recebido pelo mercado, pois mostrou que a tese de crescimento de mercado continua válida. As vendas recordes vieram em linha com as estimativas do banco. “Esperamos que a ação reaja positivamente depois de cair 20% desde julho”, afirmou o banco. No entanto, o Credit manteve a recomendação neutra para o papel.

Helbor (HBOR3, R$ 12,13, +9,87%)

A prévia operacional da Helbor do terceiro trimestre mostrou vendas totais de R$ 465,9 milhões no período, alta de 112% frente ao trimestre anterior e 36% se comparado ao mesmo intervalo de 2019. A velocidade de vendas medida pelo indicador VSO Parte Helbor atingiu 16,8% no trimestre, frente 8,4% no segundo trimestre e 10,2% no mesmo período do ano passado. Já a Velocidade de Vendas dos Lançamentos atingiu 56% no trimestre. O VGV líquido somou R$ 215,7 milhões queda de 53% na comparação anual.

Wilson Sons (WSON33, R$ 41,47, +0,41%)

A Wilson Sons teve uma queda de 6,4% no movimento nos terminais de contêineres em setembro, que somou 91 mil TEU (Twenty equivalent unit). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o movimento caiu 0,8% para 512,5 mil TEU.

Simpar (SIMH3, R$ 27,31, +5,04%)

A Simpar, ex-JSL, informou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou sem restrições a aquisição de 100% da Moreno Holding, sociedade que detém a integralidade da Transmoreno Transporte e Logística. A operação foi anunciada em 10 de agosto, por R$ 310 milhões.

(Com Reuters e Agência Estado)

Semana dos Vencedores: aprenda a fazer operações com potencial de ganho de R$ 50 a R$ 500, operando apenas 10 minutos por dia, em um workshop gratuito!

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.