Prepare o coração: dólar já está mais volátil do que nas últimas três eleições

E vale ressaltar: levantamento inclui a disputa presidencial de 2014, conhecida como a mais polarizada da história política recente do país

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A campanha eleitoral mal começou, mas ela já causa fortes emoções para o mercado. Os resultados das pesquisas eleitorais divulgadas nesta semana impactaram o dólar, que disparou, rompeu o patamar psicológico de R$ 4 na terça-feira (21) e chegou a tocar em R$ 4,09 na manhã nesta quarta (22). A volatilidade nos mercados já era esperada diante das incertezas eleitorais vividas pelo país, mas a oscilação da moeda-norte-americana já é maior do que a observada no mesmo intervalo das eleições de 2006, 2010 e 2014.

A constatação é de um levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que retrata a volatilidade do período entre julho e 20 de agosto deste ano e compara com as três últimas eleições. Isso inclui a disputa presidencial de 2014, conhecida como a mais polarizada da história política recente do país. O real valorizou 1,30% e 2,32% em 2006 e 2010, respectivamente, e desvalorizou 2,53% em 2014. Em 2018, a desvalorização já chega a 3,41%.

A Associação fez um gráfico comparativo e apontou que, na comparação com as eleições anteriores, o câmbio registra volatilidade bem mais expressiva até agora quando comparado com os mesmos meses das eleições anteriores. 

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Veja o gráfico comparativo:

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Fonte: Anbima

“A volatilidade pode significar oscilações para cima ou para baixo e não necessariamente está relacionada a ganhos ou perdas relevantes, o que exige do investidor um acompanhamento minucioso do mercado”, explica a Anbima, que já avisa: as rentabilidades da taxa de câmbio no mês de outubro, quando acontece a eleição, e a trajetória volátil podem se acirrar. 

Em outubro de 2014, por exemplo, o real valorizou 0,28%, mas com uma forte oscilação no período. Em 2010 e 2006, houve desvalorização da moeda doméstica de 0,42% e valorização de 1,44%, respectivamente, mas nem de perto esses anos experimentaram a volatilidade do pleito de 2014. Assim, se os primeiros sinais desta corrida eleitoral forem confirmados, 2018 promete ser ainda mais agitado para o mercado do que o último pleito. 

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