Analista que abriu venda em março diz que dólar pode cair até os R$ 2,66

Grafista diz que o dólar entrou em um ciclo de baixa após perder o suporte nos R$ 3,832, deixado no início de março, o que poderia o levar para queda de cerca de 30% no longo prazo

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com queda de 17% desde o topo marcado no ano passado (ao bater R$ 4,503), o analista quantitativo Tiago Missaka, da Rocktrade, acredita que a desvalorização do dólar não chegou ao fim. Para ele, a moeda tem espaço para cair até os R$ 2,66 no longo prazo – patamar próximo ao fundo de setembro de 2014 -, o que representaria uma desvalorização de 28% em relação à cotação atual. 

Missaka diz que o dólar (no caso em questão, o contrato futuro da moeda negociado na BM&FBovespa) entrou em um ciclo de baixa após perder o suporte nos R$ 3,832, quando abriu venda na moeda, no dia 4 de março, buscando como objetivo na operação os R$ 3,375. Apesar do trade mais curto, ele reforça que, no longo prazo, a expectativa é que ele caía até os R$ 2,66 (como mostra o gráfico semanal exposto abaixo).

Embora já tenha passado um mês desde que abriu a venda, o analista comenta que ainda é possível pensar em entrar na operação agora. “É possível, mas eu não opero assim. Busco iniciar operações apenas quando alguma estratégia gera entrada, mesmo que o método aponte continuação da tendência de queda do dólar”, pondera o analista. 

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Segundo Missaka, no início do mês passado, quando viu a reversão do dólar, abriu a venda seguindo três critérios do seu método: preços abaixo da média móvel de 20 períodos, fluxo vendedor e topos e fundos descendentes. Pela análise, o dólar indicava como suporte relevante somente os R$ 3,260 (no gráfico diário) e R$ 2,660 (no gráfico semanal). 

Com o passar do mês, o dólar voltou a entrar em uma tendência indefinida no gráfico diário, comenta Missaka, fechando na quinta-feira (7) acima da média móvel de 20 períodos, perdendo a tendência de baixa. O viés vendedor, no entanto, continua, diz o analista.

Segundo ele, o processo de correção lateral já produziu a diminuição de volatilidade necessária para a moeda fazer uma nova arrancada em direção ao suporte de curto prazo em R$ 3,3280. O que pode impedir essa movimentação, no entanto, seria um fechamento acima dos R$ 3,801, o que alteraria o viés para alta – mas apenas no curto prazo. Embora tenha pouca chance, caso o fluxo venha a se inverter, a resistência imediata estaria em R$ 4,430, acrescenta Missaka. 

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Confira abaixo os gráficos traçados pelo analista:

– Gráfico semanal

– Gráfico diário

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