Dólar sobe a R$ 4,1655 e tem maior fechamento da história após Copom

O dólar avançou 1,47%, a R$ 4,1644 na compra e R$ 4,1655 na venda, superando a máxima histórica de fechamento anterior de R$ 4,1461

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O dólar subiu quase 1,5% em relação ao real e fechou no maior nível na história nesta quinta-feira, após o Banco Central manter os juros básicos em 14,25% em meio a profundas dúvidas sobre a comunicação e a estratégia da política monetária. Isso fez com que analistas alterassem suas perspectivas para a moeda, esperando que ela atinja até R$ 4,80 neste ano.

O dólar avançou 1,47%, a R$ 4,1644 na compra e R$ 4,1655 na venda, superando a máxima histórica de fechamento anterior de R$ 4,1461, alcançada em 23 de setembro do ano passado. A moeda norte-americana atingiu R$ 4,1737 na máxima da sessão, maior cotação intradia desde o recorde histórico de R$ 4,2491, atingido em 24 de setembro de 2015.

Na visão do analista Michael Bolliger, do UBS, em apenas três meses o dólar deve atingir o nível de R$ 4,30, sendo que até o final do ano a projeção é de R$ 4,50 para a moeda norte-americana. “A decisão dá origem a especulações de que o BC cedeu à pressão política da presidente Dilma Rousseff […] Para o real brasileiro, a decisão é negativa e aponta para mais fraqueza do que o previsto anteriormente. Uma moeda mais fraca provavelmente será vista como mais uma ferramenta política para apoiar a economia”, explica em relatório.

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O diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior já havia afirmado no início do ano que via um objetivo de longo prazo para o câmbio no patamar de R$ 4,80, fato que acaba reforçando após os eventos recentes. “Em 48 horas, após Tombini anunciar que levaria em consideração o relatório do FMI e logo após se encontrar com Dilma, o dólar subiu 4%”, reforça. Em geral, a sinalização dos especialistas é clara: o dólar não deve perder os R$ 4,00 tão cedo. É bom o investidor ficar preparado.

Com Reuters

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.