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SÃO PAULO – O dólar registrou uma forte disparada na sessão da última sexta-feira, tocando o patamar dos R$ 2,40 pela primeira vez em quatro anos no intraday. Com este desempenho diário, a moeda brasileira é a que registrou na sessão a desvalorização mais forte dentre 35 divisas do mundo.
A moeda norte-americana subiu forte em meio ao pessimismo com os fundamentos econômicos brasileiros, além da expectativa de que os EUA comecem a reduzir em breve o programa de estímulos à economia, o que acaba com o fim do período de direito “barato” para as economias desenvolvidas.
Com a melhora da economia norte-americana, o mercado já precifica o aumento dos juros dos títulos de dívida norte-americanos, disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, o que estimula a saída dos investimentos dos países emergentes em direção aos EUA.
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Além disso, analistas destacam que o mercado à vista está sem liquidez e que o Banco Central precisa mudar de estratégia, não devendo atuar mais no mercado futuro. Conforme destaca Nehme, “o país está com fluxo cambial insuficiente para atender a sua demanda no mercado à vista, isto é real, efetivo e evidenciado nos dados divulgados pelo BC”, tornando necessária a geração de liquidez para o mercado manter a sua operacionalidade.
Contudo, em comunicado na última quinta-feira, o BC destacou que continuará intervindo no mercado futuro de câmbio, que foi interpretada como um sinal de que o Banco Central não pretende vender dólares no mercado spot no momento.
Com a desvalorização desta sessão, o real acumula queda de 4,9% apenas no mês de agosto, bem maior do que a rúpia indiana, que tem queda de 2,2%. No ano de 2013, apenas o rand, moeda sul-africana, registra a maior desvalorização, de 15,9%, ante 14,3% da moeda brasileira.
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Confira o desempenho das moedas globais no ano:
Fonte: XP Investimentos