Dólar comercial cai pela quinta sessão consecutiva e fecha cotado a R$ 1,764

Moeda norte-americana refletiu melhoras no continente europeu; nesses cinco dias, divisa acumula perdas de 6,77%

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O dólar comercial registrou sua quinta queda seguida nesta segunda-feira (10), desta vez de 0,40%, terminando cotado a R$ 1,764 na venda. É a maior sequência de desvalorizações da moeda norte-americana desde julho deste ano, quando ela caiu por seis dias seguidos entre os dias 19 e 26. Nessas últimas cinco sessões, a divisa acumula uma depreciação de 6,77%.

A significativa melhora do humor no mercado internacional contribui para a recente desvalorização da moeda nos últimos dias, fato que foi reforçado nessa sessão, com novos desdobramentos acerca da dívida da crise europeia.

Por aqui, o investidor esteve atento a divulgação do Relatório Focus, elevando as projeções do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para de 5,53% para 5,59% projetado na semana anterior. Além disso, a balança comercial registrou superávit de US$ 572 milhões na primeira semana de outubro, ampliando o saldo positivo acumulado em 2011 para US$ 23,6 bilhões.

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Europa anima mercado
As quedas do dólar podem ser explicadas pelo retorno do bom humor no mercado, refletindo a melhora na situação europeia, o que favorece os investimentos mais arriscados em relação a outros investimentos mais seguros como a moeda norte-americana.

Nessa sessão, o destaque esteve com as afirmações da chanceler alemã Angela Merkel e do presidente francês Nicolas Sarkozy, negarando diferenças no plano de recapitalização dos bancos. Eles ainda disseram que, até o final deste mês, formularão um plano de combate à crise, o qual será apresentado junto à cúpula do G-20 no início de novembro.

Além disso, a Bélgica comprou o braço belga do banco Dexia € 4 bilhões prometendo, em conjunto com a França e com Luxemburgo, implantar um mecanismo para garantir até € 90 bilhões em financiamento por dez anos, amenizando os riscos de falência da instituição.

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Corte de projeções
Contudo, é válido lembrar que há temores no mercado de que o atual clima deverá levar a economia mundial a desacelerar. A agência de classificação de risco Fitch caminhou nessa direção, cortando projeções para o crescimento global, incluindo países desenvolvidos e emergentes. Assim, a agência projeta crescimento de 3,6% este ano e 3,7% em 2012, para o Brasil. Em junho, a Fitch esperava expansão de 4,0% e 4,5%, nessa ordem.

Dólar a R$ 1,764
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7625 na compra e R$ 1,7640 na venda, baixa de 0,40% em relação ao fechamento anterior. Com esta queda, o dólar acumula desvalorização de 6,25% em outubro, frente à baixa de 18,11% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 5,87%.

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em novembro  encerrou o dia cotado a R$ 1,773, baixa em relação ao fechamento de R$ 1,781 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em dezembro também fechou em baixa, atingindo R$ 1,784 frente à R$ 1,788 do fechamento de sexta-feira.

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Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,7478 na venda.

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7605000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,70 para dezembro de 2011, 0,10 ponto percentual acima em relação ao que foi registrado na sessão anterior.