A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou ontem o orçamento para o ano que vem, mas com alterações importantes no projeto, que reduzem a capacidade do governo em cortar gastos. A principal derrota do governo foi na exclusão de um artigo que dava poderes ao executivo para promover a modernização e reforma administrativa do estado, através da eliminação de secretarias e flexibilização das regras de trabalho no serviço público. O projeto segue agora para o Senado argentino.
Apesar das alterações, o governo do presidente Fernando De La Rúa comemorou a aprovação do orçamento, que era uma das condições do FMI para o pacote de ajuda estimado em mais de US$ 20 bilhões. O governo tenta agora aprovar a reforma previdenciária, outra exigência do FMI que deve encontrar oposição no congresso, em especial entre os políticos do partido justicialista (peronista). Há rumores também de um acordo com bancos privados para garantir o financiamento de até US$ 5 bilhões na compra de títulos públicos.
Ontem o Ministro da Economia, Jose Luis Machinea, declarou que a carta de intenção com o Fundo será assinada na semana que vem, quando será divulgado o valor do pacote de ajuda externa.