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O JPMorgan cortou a recomendação para as ações da Caixa Seguridade (CXSE3) de overweight (exposição acima da média, equivalente à compra) para neutra, mantendo o preço-alvo de R$ 18, ou potencial de valorização de 7,6% em relação ao fechamento de segunda-feira (28). Com isso, os ativos CXSE3 fecharam a sessão desta terça (29) com queda de 4,24%, a R$ 16,02.
Os analistas do banco veem CXSE3 como um modelo de negócios premium. Contudo, após o retorno total de 20% das ações no acumulado do ano (versus alta do Ibovespa em 12%), agora há um potencial de valorização mais limitado.

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Além disso, o banco está menos animado considerando: (i) o ambiente de taxas de juros tornou-se mais dovish (com juros um pouco mais baixos), com o pico da taxa Selic agora precificado em cerca de 14,75% versus cerca de 17% precificado em dezembro de 2024 – as seguradoras tendem a se beneficiar menos de tal inflexão; (ii) a originação de empréstimos consignados tem sido muito fraca no acumulado do ano (-8% na base anual no nível do sistema), o que pode ser um obstáculo para as vendas de seguros de vida prestamista; (iii) o mercado começou a incorporar ganhos relacionados à combinação de seguros em produtos de folha de pagamento privada, o que o banco acredita que não será relevante; (iv) embora não seja uma notícia nova, o JPMorgan continua preocupado com as perdas generalizadas de participação de mercado da CXSE nos últimos cinco anos.
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O JPMorgan vê CXSE3 sendo negociada a um múltiplo de 11,6 vezes o preço sobre lucro (P/L) e favorece apenas o Porto (PSSA3) entre as seguradoras (8,5 vezes o P/L).
Entre as empresas do setor financeiro (bancário e não bancário) mais amplas, a preferência também é por Itaú (ITUB4), NU (BDR: ROXO34), Inter (BDR: INTR32), XP (BDR: XPBR31) e Stone (BDR: STOC31).
Quanto ao desempenho do setor no 1T25, o JPMorgan espera que as empresas não bancárias sob sua cobertura apresentem um crescimento de cerca de 16% do lucro por ação (LPA) ajustado em relação ao ano anterior, no total. Em pagamentos, espera que a reprecificação sustente as taxas de captação bruta, embora dados do Banco Central apontem para uma desaceleração do TPV (“Total Payment Volume”, ou Volume Total de Pagamentos).
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De acordo com a SUSEP, a receita bruta das seguradoras de bancassurance está fraca – especialmente no seguro de vida – enquanto a Porto apresentou um desempenho melhor em prêmios de automóveis (e também pior sinistralidade).