Caixa Seguridade (CXSE3) e Intelbras (INTB3) têm novas recomendações de compra, Morgan reitera PRIO (PRIO3) como top pick e mais

Já a XP Investimentos reiterou recomendação de compra para Minerva, mas reduziu preço-alvo

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Algumas recomendações voltaram a movimentar o mercado brasileiro na sessão desta quarta-feira (24). Em destaque, Itaú BBA retomou a cobertura da Caixa Seguridade (CXSE3) com recomendação equivalente à compra, enquanto Bradesco BBI iniciou a cobertura da Intelbras (INTB3) também com recomendação positiva.

Entre as mudanças de preço-alvo, atenção para a elevação do target da PRIO (PRIO3) pelo Morgan Stanley, que também reforçou sua preferência pela ação no setor, enquanto Minerva (BEEF3) teve corte na projeção pela XP Investimentos.

Confira as análises:

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Minerva (BEEF3)

A XP Investimentos diminuiu estimativas para o frigorifico da Minerva (BEEF3), com base nas previsões de um ritmo de exportação mais lento do que o esperado no primeiro semestre de 2023. Como resultado, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) agora está em linha com as estimativas de consenso para 2023.

A instituição financeira reduziu preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 16,70, o que ainda representa um potencial de alta de 64,4% frente a cotação da última terça-feira (23) de R$ 10,16. Contudo, a recomendação para os papéis permanece de compra.

Apesar das perspectivas de curto prazo mais difíceis, a XP disse continuar otimista com a Minerva, pois (i) espera que a demanda chinesa por carne bovina se recupere no 2S23 e, portanto, impulsione as exportações; (ii) conforme demonstrado no 1T23, as margens devem ser fortes devido à queda no preço do gado Brasil; (iii) o Brasil é o único grande exportador que aumentará sua produção, o que beneficia mais a Minerva devido ao seu DNA exportador; e (iv) potencial de queda limitado mesmo em um cenário mais negativo.

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Caixa Seguridade (CXSE3)

O Itaú BBA retomou a cobertura da Caixa Seguridade com classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 13,00, 30% acima do fechamento da véspera.

“A visão positiva é baseada em uma combinação de: i) crescimento atraente dos lucros (17% taxa de crescimento anual composto entre 2022 e 2024), com base em ganhos de receita e margens; ii) valuation razoável de 9 vezes Preço/Lucro; e iii) os maiores dividend yields do setor em 2023 e 2024 com elevada visibilidade”, explica o banco.

O banco ainda acrescenta que o setor de seguro pode não ser um lugar óbvio para ir em meio à rotação para nomes com beta mais alto no Brasil, mas sinaliza que taxas de longo prazo mais baixas também atrairão o apetite para altos rendimentos de dividendos como da Caixa Seguridade. “Vemos uma reclassificação graças a ganhos mais rápidos e rendimentos de dividendos que logo ultrapassarão as taxas básicas de juros.”

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Intelbras (INTB3)

O Bradesco BBI iniciou a cobertura da Intelbras com recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 35, implicando um potencial de valorização de 34% em relação ao preço de fechamento de terça, de R$ 26,03.

Entre as empresas de Tecnologia, Mídia & Entretenimento e Telecomunicações (TMT), o banco elegeu a Intelbras como uma de suas escolhas preferidas para o ano fiscal de 2023, juntamente com a Totvs, devido à resiliência e ao impulso de seus lucros.

O BBI destaca que a Intelbras cresceu a uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 22% entre 2016 e 2021, baseada em uma estratégia de alavancar a distribuição em seus principais mercados e adicionar estrategicamente exposição a segmentos de alto crescimento (como energia).

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Nesse sentido, o banco vê a Intelbras bem posicionada para continuar apresentando forte crescimento, principalmente de forma orgânica (com potenciais oportunidades inorgânicas) – o que deve continuar a permitir que a empresa sustente a dinâmica de ganhos positivos.

Por fim, os analistas comentaram que ação está negociando com desconto de 16% Preço/Lucro para 2023 ante os pares e eles veem espaço para essa lacuna fechar à medida que a empresa cresce (diminuindo as preocupações com a execução) e melhora os níveis de retorno à medida que o crescimento de seus segmentos mais novos amadurece.

PRIO (PRIO3)

Mesmo com uma valorização de 42% nos últimos 12 meses, o Morgan Stanley reiterou recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para ações da PRIO, com preço-alvo passando de R$ 48,50 para R$ 55, o que representa um potencial de valorização de 52,1% frente o preço de fechamento de terça-feira (23) de R$ 36,16. O banco ainda reiterou a PRIO como sua top pick.

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Segundo o relatório, a petrolífera teve uma execução sólida e está pronta para entregar um crescimento de produção de 70% no médio prazo, depois de entregar uma expansão de 73% no longo prazo. Diante disso, o banco comenta que removeu a maioria das contingências no caso base, embora ainda veja as estimativas de médio prazo como conservadoras.

“Embora seja improvável que a Petrobras PETR4 venda mais ativos nos próximos quatro anos, as empresas petrolíferas internacionais ainda podem ser vendedoras, e a consolidação dentro do setor também pode ocorrer”, comenta Morgan Stanley. No nível de ativos, a administração da PRIO indicou em recentes teleconferências de resultados que acredita que a Equinor pode estar potencialmente interessado em vender sua operação Peregrino em algum momento após 2025.

Analistas estimam que um ativo como Peregrino – se tal venda hipotética acontecesse – poderia complementar o portfólio da PRIO na bacia de Campos, adicionando 65% de aumento à produção líquida da PRIO até 2025 ou 2026.