C&A (CEAB3) lucra R$ 2,1 milhões no segundo trimestre, queda de 97% no ano

Apesar de aumento de receita, companhia foi impactada, principalmente, por maior custo de dívida

Vitor Azevedo

(Shutterstock)

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A C&A (CEAB3) lucrou de forma líquida R$ 2,1 milhões no segundo trimestre de 2022, número 97% menor do que aquilo registrado em igual período do ano passado.

A queda do lucro se dá mesmo com a companhia tendo registrado uma receita 38,5% maior na mesma base, chegando a R$ 1,5 bilhão – com 34,2% de alta nas vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), por sua vez, saltou 15,6%, para R$ 258,6 milhões.

“O desempenho da categoria de vestuário [responsável por 81,5% da receita] foi impactado pela venda de produtos de inverno em maio, potencializado pela queda de temperaturas, pela boa aceitação de nossas coleções e collabs, e pela maior mobilidade”, comenta a C&A em documento publicado no início da noite desta quarta-feira (10).

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A companhia viu ainda sua margem bruta saltar de 46,7% para 51,3% na comparação ano a ano, e o lucro bruto sair de R$ 548,4 milhões para R$ 836,4 milhões. A C&A vem justifica o aumento por um avanço do preço cheio e por uma mudança de estratégia de precificação.

Do outro lado, porém, a varejista viu suas despesas operacionais saltando 74,2%, chegando a R$ 565,6 milhões, por conta do reconhecimento de créditos fiscais não recorrentes que diminuíram os gastos no segundo trimestre de 2021. Já as despesas de vendas foram de R$ 464,9 milhões, aumento de 33,4%, explicada pela “expansão orgânica do negócio”.

O serviços financeiros da C&A pesaram no balanço da companhia, tirando R$ 10,1 milhões do lucro, com maiores provisões (R$ 12,2 milhões) e mais gastos com o produto (R$ 52 milhões).

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A empresa de moda foi impactada, principalmente, pelo seu pior resultado financeiro, que retirou R$ 95,6 milhões do balanço, ante soma de R$ 18,6 milhões em junho do ano passado. “Se deu principalmente em função do aumento da despesa financeira com juros sobre empréstimos como consequência do aumento da dívida, do aumento da taxa CDI e do aumento em outras despesas”, justicia.

A C&A fechou junho com uma dívida líquida de R$ 1,2 bilhão, ante R$ 476,2 milhões em igual mês de 2021.

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