BTG Pactual prefere ações da Vivo ao avaliar processo de fusão com a Telesp

Metodologia mais provável a ser usada no processo seria o FCD, proporcionando um prêmio de 24% aos acionistas da primeira

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SÃO PAULO – Na visão do BTG Pactual, a integração entre as ações da Vivo (VIVO4) e Telesp (TLPP4) deve ser feita através da troca de papéis, de modo justo para os acionistas minoritários de ambas as companhias. No cenário de incertezas para determinar a relação de troca dos papéis, o banco declara sua preferência pelas ações da Vivo.

Com a fusão das empresas, a ação deve ter um preço-alvo estimado entre R$ 64,00 e R$ 72,00 por ação, tornando-se uma das 25 mais líquidas do País. No cenário mais pessimista, ou seja, R$ 64,00, o potencial de valorização seria de 26% com base no fechamento desta terça-feira (9). Ao passo que o upside para R$ 72,00, nesta base de comparação, fica em 41%.

Relação de troca
Segundo o BTG, as duas opções mais prováveis da relação de troca entre as ações seriam o uso da precificação de mercado ou do DCF (Fluxo de Caixa Descontado). Embora a primeira opção seja teoricamente mais simples e menos controversa, o analista Carlos Sequeira destaca que aposta na metodologia do DCF.

Não perca a oportunidade!

“Nós não esperamos outra metodologia a ser usada para as ações ordinárias e preferenciais que o DCF”, diz o analista. Ele explica que a relação de troca baseada no preço de mercado exclui as ações ordinárias, que são pouco líquidas. Assim, a primeira opção torna-se inviável. 

Os acionistas da Vivo tendem a ganhar potencialmente mais de 24% em relação à Telesp caso o fluxo de caixa descontado seja usado como referência para a troca, diz o BTG. Enquanto isso, caso esta seja baseada na primeira proposição, a posse de ações de qualquer uma das companhias garantiria uma exposição de mesma proporção à nova empresa.