BRF e JBS: há espaço para mais ânimo? JPMorgan segue otimista e eleva projeções

Resultados devem ser impulsionados por spreads fortes na maioria das unidades de negócios, demanda sólida e oferta limitada

Felipe Moreira

Publicidade

O JPMorgan elevou as estimativas para BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3) novamente, pois acredita que o bom momento dos lucros continuará no segundo semestre deste ano, especialmente no terceiro trimestre (3T24), devido a spreads fortes na maioria das unidades de negócios, demanda sólida e oferta limitada.

As estimativas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do banco para BRF e JBS no 3T24 estão 23% e 13% acima do consenso.

De acordo com JPMorgan, apesar de esperar uma queda nos lucros no próximo ano, as avaliações permanecem atraentes para 2024 e 2025. Mesmo esperando o pico dos lucros agora no segundo semestre, o JPMorgan acredita que o momento é positivo, sem sinais relevantes de uma grande oferta excessiva de proteínas, além de uma desaceleração sazonal no frango dos EUA e na carne dos EUA.

LISTA GRATUITA

Ações Fora do Radar

Garanta seu acesso gratuito a lista mensal de ações que entregou retornos 5x superior ao Ibovespa

Em termos de avaliação, a BRF negocia a 4,9 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda e 13,5% de rendimento de fluxo de caixa (FCF) para 2024, enquanto a JBS está a 4,5 vezes e 17,4%, respectivamente.

Para a Pilgrims Pride Corporation (PPC), subsidiária de aves da JBS nos EUA, o banco projeta uma modesta desaceleração sazonal, com o Ebitda caindo para US$ 599 milhões, já que todas as regiões (EUA, México, União Europeia) podem enfrentar uma queda sequencial em relação ao 2º trimestre.

No entanto, analistas esperam que as margens permanecerão fortes em 13%. No caso da carne bovina dos EUA, os spreads da indústria indicam um 3º trimestre com cenário semelhante ao do trimestre anterior, então modela margens próximas de zero no 2º semestre.

Continua depois da publicidade

Para o 3º trimestre, o JPMorgan prevê um Ebitda de R$ 11,005 bilhões e uma margem de 10%. O banco também elevou o Ebitda de 2024 para R$ 35,506 bilhões, agora 8% acima do consenso Bloomberg e 2% acima do ponto médio do guidance.

O JPMorgan reiterou recomendação de compra para JBS e BRF, com preço-alvo de, respectivamente, de R$ 43 e R$ 30.