BRF (BRFS3) anuncia acordo com fundo soberano saudita; ação avança mais de 3%

A joint venture será detida 70% pela BRF e 30% pelo PIF e inclui um Núcleo de Negócios Halal na Arábia Saudita

Equipe InfoMoney

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A BRF BRFS3) informou nesta quinta-feira (13) que celebrou um Memorando de Entendimentos (MOU) com o Public Investment Fund (PIF), fundo de investimentos soberano da Arábia Saudita e um dos maiores fundos soberanos do mundo.

O MOU tem caráter não-vinculante e visa à criação de uma joint venture que atuará na cadeia completa de produção de frangos na Arábia Saudita e promoverá a venda de produtos frescos, congelados e processados.

A joint venture será detida 70% pela BRF e 30% pelo PIF e inclui um Núcleo de Negócios Halal na Arábia Saudita.

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O MOU contempla investimentos de, aproximadamente, US$ 350 milhões e reforça o compromisso da companhia com seu plano estratégico e com a Visão 2030 da Arábia Saudita, em particular com a segurança alimentar na região do Golfo, apontou a empresa em comunicado.

As ações da BRF subiam mais de 3% nesta quinta-feira, sendo uma das maiores altas do Ibovespa, que operava praticamente estável por volta das 11h40 (horário de Brasília). O papel avançava 3,78%, a R$ 24,74.

Na avaliação do Itaú BBA, a notícia é positiva, uma vez que aumenta a exposição da BRF à Arábia Saudita ao aumentar sua produção local de aves, enquanto o país tem se manifestado bastante sobre sua intenção de reduzir sua dependência das importações de aves investindo em plantas domésticas na região.

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“Acreditamos que o MOU se enquadra nessa estratégia e defende o forte posicionamento da marca BRF na região”, avalia.

Os analistas ressaltam, contudo, que neste momento a empresa não divulgou um prazo para a implantação do capex, ou quaisquer outros detalhes sobre a joint venture. O investimento total, já considerando a participação da BRF,  aumentaria a alavancagem da empresa em 0,2 vez até começar a gerar lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês).

Esse investimento não deve mudar o quadro geral de nossa percepção da empresa em termos de alavancagem, mas reduz sua exposição a sanções e medidas protecionistas do governo da Arábia Saudita (como ocorreu no passado) ao posicionar a empresa no mercado doméstico, aponta o banco.

“Assim, acreditamos que este movimento está em linha com os objetivos de longo prazo da BRF e da Arábia Saudita e é um acréscimo para as operações da BRF na região”, finaliza. Os analistas têm recomendação marketperform (desempenho em linha com a média do mercado) para os ativos, com preço-alvo de R$ 24.

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