Bretas condena doleiros que atuavam do Uruguai a 18 anos de prisão

A pena inicial fixada por Bretas para dupla de doleiros foi de 41 anos e sete meses de prisão, mas foi reduzida pelo fato de ambos serem colaboradores da Justiça e terem feito delação premiada ao longo do processo

Equipe InfoMoney

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O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou os doleiros Vinícius Claret Vieira Barreto, conhecido como Juca Bala, e Claudio Fernando Barbosa de Souza, conhecido como Tony, a 18 anos de prisão. A decisão foi publicada nesta terça-feira (3).

Os dois foram condenados no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato, que investigou a lavagem e a evasão de divisas relacionadas a casos de corrupção envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral e outras pessoas de seu governo ou de empresas que mantinham negócios com ele.

Juca Bala e Tony moravam no Uruguai e operavam contas bancárias naquele país e em paraísos fiscais. Eles faziam as transações de remessas e recebimentos de dinheiro, convertendo reais em dólares. Os valores, que muitas vezes tinham a intermediação de grandes empresas ligadas ao governo de Cabral, eram fruto de propinas e caixa 2 de campanhas políticas.

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A pena inicial fixada por Bretas para dupla de doleiros foi de 41 anos e sete meses de prisão, mas foi reduzida pelo fato de ambos serem colaboradores da Justiça e terem feito delação premiada ao longo do processo.

Inicialmente, eles vão cumprir um ano e dois meses em regime fechado, passando nos seis meses seguintes a regime domiciliar fechado com uso de tornozeleiras. Depois, ficarão mais seis meses em regime domiciliar semiaberto, no Brasil, podendo passar, a seguir, ao regime domiciliar aberto no Uruguai, por um ano e seis meses, se houver concordância das autoridades daquele país.

Os dois doleiros ainda terão de passar um ano prestando serviços comunitários e seis anos estudando em cursos a serem definidos. Eles também terão de pagar multa de R$ 800 mil cada.