Brava Energia (BRAV3) estende parada de produção em campo e ação despenca 9,40%

Retomada da produção foi remarcada para início de dezembro

Felipe Moreira

Brava Energia, antiga 3R Petroleum (Divulgação 3R Petroleum)
Brava Energia, antiga 3R Petroleum (Divulgação 3R Petroleum)

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As ações da Brava Energia (BRAV3), resultado da combinação de negócios entre 3R Petroleum e Enauta, lideraram as perdas do Ibovespa, com queda de 9,40%, a R$ 18,89, após prorrogar o período de parada de um de seus campos de produção.

A petrolífera anunciou mais cedo que antecipará itens de inspeção e manutenção no FPSO Papa-Terra que estavam previstos para os próximos meses, com isso, a retomada da produção foi remarcada para início de dezembro.

A produção do Papa-Terra permanece interrompida desde 4 de setembro, quando a Agência Nacional do Petróleo (ANP) interrompeu a produção para esclarecimentos sobre a manutenção do ativo e o número de pessoas a bordo.

O Bradesco BBI explica que o prolongamento do período de parada do ativo frustrou as expectativas dos investidores. Por outro lado, segundo o banco, agora a empresa emitiu uma expectativa de quando a produção deve ocorrer, o que deve ajudar a ancorar as expectativas.

Na visão da XP, o anúncio de um prazo é bem-vindo, uma vez que atenua alguma incerteza. No entanto, acredita que a parada é mais longa do que o mercado tinha inicialmente previsto e vê que o mercado continuará a avaliar o risco de atrasos adicionais.

“Na nossa opinião, a retomada da produção em Papa-Terra e o início da FPSO Atlanta são os principais fatores de criação de valor e de crescimento da produção da Brava. Ambas as vantagens devem materializar-se num prazo relativamente curto, com a Papa-Terra em dezembro e o primeiro petróleo da FPSO Atlanta, acreditamos, entre o final de outubro e novembro”, apontam os analistas.