Brava (BRAV3): por que as ações descolaram do setor e subiram mais de 2% nesta terça?

O movimento ocorreu após a notícia de que a companhia estaria negociando a venda de três poços de gás para a Eneva

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Brava Energia, antiga 3R Petroleum (Divulgação 3R Petroleum)
Brava Energia, antiga 3R Petroleum (Divulgação 3R Petroleum)

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As ações da Brava Energia (BRAV3) fecharam com ganhos de 2,47%, a R$ 14,08, sendo destaque positivo do Ibovespa nesta terça-feira (16), apesar da forte queda do petróleo na sessão.

O movimento ocorreu após a notícia da coluna Pipeline, do Valor, de que a companhia estaria negociando a venda de três poços de gás para a Eneva (ENEV3), assessorada pelo Goldman Sachs.

Segundo a apuração da coluna, a transação pode movimentar US$ 450 milhões pelas discussões atuais. Os poços incluídos seriam Recôncavo, Peroá e Manati.

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Além disso, com assessoria do Itaú BBA, a colombiana Ecopetrol estuda uma oferta não vinculante por um bloco de ações da companhia, de 15%.

“O grupo deve ainda comprar ações no mercado e estuda uma espécie de ‘OPA pro-rata’ para chegar a 50% do capital – os colombianos querem contabilizar as reservas da Brava Energia e, para isso, precisariam de posição de controle”, aponta a reportagem.

No macro, os preços futuros do petróleo atingiram seu nível mais baixo desde fevereiro de 2021 nesta terça-feira, em meio ao nervosismo contínuo em torno do excesso de oferta e com a perspectiva de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia parecendo se fortalecer, aumentando as expectativas de que as sanções poderiam ser aliviadas.

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O Brent recuou 2,71%, para fechar a US$ 58,92 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate, dos Estados Unidos, fechou a US$55,27, com queda de 2,73%. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caíram cerca de 3% nesta sessão; PRIO3 e RECV3 também caíram entre 2% e 3,5%.

‘O Brent caiu esta manhã para menos de US$ 60 por barril pela primeira vez em meses, já que o mercado avalia um possível acordo de paz, resultando na disponibilização de volumes russos adicionais e no aumento do excesso de oferta no mercado’, disse Janiv Shah, analista da Rystad.

(com Reuters)