Braskem (BRKM5) reverte lucro e registra prejuízo líquido de R$ 1,71 bilhão no 4º tri de 2022

A receita líquida de vendas totalizou R$ 18,990 bilhões no último trimestre do ano, uma queda de 33% frente igual período de 2021

Estadão Conteúdo

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A Braskem (BRKM5) encerrou o quarto trimestre de 2022 com prejuízo líquido de R$ 1,710 bilhão, revertendo lucro líquido de R$ 530 milhões apurado no mesmo período de 2021.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente ficou negativo em R$ 168 milhões entre outubro e dezembro, ante Ebitda recorrente positivo de R$ 6,317 bilhões apurado um ano antes.

A receita líquida de vendas totalizou R$ 18,990 bilhões no último trimestre do ano, uma queda de 33% ante o registrado no mesmo intervalo do ano anterior.

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O resultado financeiro da Braskem ficou negativo em R$ 384 milhões nos últimos três meses do ano, ante resultado negativo de R$ 2,474 bilhões apurado um ano antes.

Em seu release de resultados, a empresa afirma que durante o quarto trimestre de 2022, os spreads dos produtos petroquímicos e químicos no mercado internacional continuaram sendo impactados pela dinâmica entre oferta e demanda global.

“Vários fatores contribuíram para a menor demanda no período, incluindo as medidas da política “Covid-zero” impactando o crescimento da China; e as incertezas do cenário nos Estados Unidos e na Europa. Adicionalmente, o aumento da oferta de produtos com a entrada de novas capacidades de PE e PP em operação nos Estados Unidos e na China também contribuiu para a queda dos spreads petroquímicos e químicos no mercado internacional”, afirma a petroquímica.

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Investimentos

Ao final de 2022, a companhia realizou investimentos corporativos no valor de aproximadamente US$ 929 milhões, 8% abaixo da previsão de US$ 1,0 bilhão.

Para 2023 a empresa prevê (ex-Braskem Idesa)R$ 4,0 bilhões (US$ 724 milhões).

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Endividamento

Em 31 de dezembro, o saldo da dívida bruta corporativa era de US$ 6,8 bilhões, sendo 96% dos vencimentos concentrados no longo prazo e 4% no curto prazo. A dívida corporativa em moeda estrangeira representava, no final do trimestre, 87% da dívida total da companhia.

Em 31 de dezembro de 2022, o prazo médio do endividamento corporativo era de cerca de 13,4 anos, sendo 51% das dívidas concentradas após 2030. O custo médio ponderado da dívida corporativa da Companhia era de variação cambial +5,7% a.a..

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Em seu release de resultados, a empresa destaca que o patamar de liquidez de US$ 2,4 bilhões, em dezembro de 2022, garante a cobertura dos vencimentos de dívida nos próximos 60 meses e não considera a linha de crédito rotativo internacional disponível no valor de US$ 1,0 bilhão, com vencimento em 2026.