Brasil reduziu compras de gás da Bolívia, diz Evo Morales

"Em 2015-2016 nos afetou o preço baixo do gás e neste ano agora pode afetar não tanto o preço, mas o mercado", disse Morales em entrevista coletiva

Estadão Conteúdo

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil reduziu em janeiro a compra de gás boliviano de 30 a 12 milhões de metros cúbicos por dia. “Em 2015-2016 nos afetou o preço baixo do gás e neste ano agora pode afetar não tanto o preço, mas o mercado”, disse Morales em entrevista coletiva.

O Brasil é o principal comprador do gás boliviano. O presidente explicou que os brasileiros esperam elevar a compra a cerca de 24 milhões de metros cúbicos ao dia em três ou quatro meses. “O Brasil não tem bom crescimento, lamento muito. Suas empresas estão caindo, o que nos informaram é que seu consumo de gás diário era de 90 milhões de metros cúbicos e caiu a 60”, acrescentou Morales.

Na semana passada, o ministro de Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sánchez, havia admitido a queda na exportação para o Brasil e explicou que o contrato de compra e venda estabelece que esse país pode comprar no mínimo 24 milhões de metros cúbicos ao dia, portanto deverá pagar por esses volumes mínimos.

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A Bolívia e o Brasil fecharam o contrato em 1999, com uma duração de 20 anos. A Bolívia negocia a venda de gás para empresas privadas brasileiras após o anúncio do presidente Michel Temer de que o Brasil só comprará 50% do gás boliviano assim que vencer o atual acordo. O ministro Sánchez anunciou que, no fim de janeiro, chegará uma comissão brasileira ao país para tratar do tema. Fonte: Associated Press.