Brasil pode ser pioneiro na tokenização da dívida soberana, diz gestora VanEck

De acordo com a gestora, o Brasil também será um dos países mais “cripto-friendly” do mundo em 2023

Lucas Gabriel Marins

(Getty Images)

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A gestora VanEck disse em suas previsões para o mercado cripto em 2023, publicadas na terça-feira (13), que o Brasil pode ser pioneiro na tokenização de sua dívida soberana. Além disso, a gigante dos investimentos falou que o Brasil será um dos países mais “cripto-friendly” do mundo no próximo ano.

De acordo com a gestora, a liderança do país na área de tokenização se deve à proximidade dos supervisores do mercado capital com o setor. A gestora citou o Sandbox Regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), um ambiente experimental criado para experimentação de novos modelos de negócios regulamentados.

“Os reguladores brasileiros foram ativos e deram para as empresas privadas um Sandbox para jogar nesta área”, escreveu o head de pesquisa de ativos digitais da gestora, Matthew Sigel. A tokenização da dívida soberana pode começar primeiro no Brasil”, completou.

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Sigel também citou o caso Itaú Unibanco, que recentemente anunciou o lançamento da Itaú Digital Assets, uma plataforma de tokenização que permitirá a transformação de produtos financeiros tradicionais em tokens, além de oferecer a custódia de criptoativos.

Outro motivo para o crescimento do setor cripto no Brasil, segundo a gigante dos investimentos, é o fato de a população local, assim como em outras nações da América Latina, usar cada vez mais ativos digitais.

“Com inflação persistente e uma população jovem, a América Latina está vendo a adoção de criptomoedas e stablecoins mais rápida do mundo”.

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Levantamento da empresa de inteligência em blockchain Chainalysis divulgado em outubro mostra que o Brasil está no top 10 do ranking global de adoção de criptomoedas. Só o país recebeu US$ 150 bilhões em criptos no período analisado pela empresa, que vai de julho de 2021 e junho de 2022.

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A América Latina, segundo a firma cripto, lidera o crescimento na adoção de criptos no mundo todo. A região recebeu US$ 562 bilhões em ativos digitais nos 12 meses analisados na pesquisa.