Brasil é responsável por 26% da área plantada com transgênicos no mundo

O Brasil cultivou 50,2 milhões de hectares com culturas transgênicas em 2017, crescimento de 2% em relação a 2016, apontam dados do relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA)

Datagro

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Segundo a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, os impactos positivos no País são proporcionais à expressiva adoção. 

“Produtores brasileiros viram nesta tecnologia uma aliada para controlar insetos, plantas daninhas e, consequentemente, aumentar a produtividade e preservar o meio-ambiente”. Para ela, essa combinação de viabilidade econômica e responsabilidade ambiental é um dos principais motivos da rápida adoção dessa tecnologia no Brasil.   

Os 50 milhões de hectares brasileiros representam 26% de todo o cultivo global de biotecnologia e estão divididos em lavouras de soja, milho e algodão, sendo: 33,7 milhões de hectares plantados com a oleaginosa, 15,6 milhões de hectares com milho (safras de verão e inverno) e 940 mil hectares com algodão. A taxa de adoção, considerando essas três culturas, foi de 94%. 

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Adoção de transgênicos no mundo

De acordo com o relatório, em 2017, mais de 17 milhões de agricultores, a maioria deles pequenos produtores, em 24 países, cultivaram 189,8 milhões de hectares de culturas transgênicas, um aumento de 3% em relação a 2016. O país que lidera a adoção de transgênicos no mundo continua sendo os Estados Unidos, com 75 milhões de hectares plantados. O Brasil vem na sequência, seguido de: Argentina (23,6 mi/ha), Canadá (13,1 mi/ha) e Índia (11,4 mi/ha). 

Esses cinco países respondem por 91,3% da área plantada com sementes transgênicas. Outros 19 países, em todos os continentes, inclusive na Europa, foram os responsáveis pelo cultivo dos outros 16,5 milhões de hectares, o equivalente a 8,7% do total. “Os cultivos transgênicos oferecem grandes benefícios ao meio ambiente e à saúde de humanos e animais, além de contribuírem para a melhoria das condições socioeconômicas dos agricultores e da população”, afirma Paul S. Teng, presidente do ISAAA.

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Transgênicos preservam meio ambiente

O estudo mostra também que, juntamente com o recorde de 189,8 milhões de hectares de culturas transgênicas cultivadas globalmente, a expansão contínua da adoção da biotecnologia oferece a possibilidade de minimizar impactos ambientais. É o caso, por exemplo, das emissões de carbono – foram 27 milhões de toneladas economizadas em 2016, o equivalente à remoção de 16,7 milhões de carros das ruas por ano.