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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para o lançamento pelo Bradesco de um plano de desligamento voluntário, a venda da Alpargatas pela J&F, a notícia de que a JBS pagava mensalinho a fiscais sanitários, segundo delação de Wesley Batista noticiada pelo Valor, além de três recomendações. Veja mais destaques:
Bradesco (BBDC4)
O Bradesco anuncia um Plano de Desligamento Voluntário Especial, com início nesta quinta-feira. O comunicado enviado ao mercado não traz detalhes sobre o motivo de ser denominado “especial”, nem a quantidade de funcionários, áreas ou meta financeira pretendidos. Diz apenas que “poderão aderir os funcionários da Organização Bradesco que preencherem os requisitos estabelecidos no regulamento”.
Ainda de acordo com a nota da instituição, a implementação do PDV “não afetará o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e usuários, em todas as localidades em que atua.”
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Alpargatas (ALPA4)
O grupo J&F, dos empresários Joesley e Wesley Batista, comunicou na noite de ontem a venda de sua fatia de controle na Alpargatas – donas da Havaianas – para o Cambuhy (fundo da família Moreira Salles), Brasil Warrant e para a Itaúsa (holding de investimentos do Itaú) por R$ 3,5 bilhões. A companhia também é dona de marcas a Osklen e da operação da Mizuno no País.
Segundo comunicado, o valor de aquisição considerou o preço de R$ 14,25 para cada ação ordinária e R$ 11,40 para cada papel preferencial. O pagamento será feito à vista e a operação ainda depende de aprovação do Cade.
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A J&F havia comprado a Alpargatas há 18 meses, por R$ 2,7 bilhões, para socorrer outro grupo empresarial em dificuldades – a Camargo Corrêa, que precisava de dinheiro para cumprir obrigações decorrentes do acordo de leniência que havia feito no âmbito da Operação Lava Jato.
JBS (JBSS3)
Ainda no noticiário da J&F, o Valor Econômico informa que JBS pagou propina mensalmente, durante vários anos, a cerca de 200 fiscais do Ministério da Agricultura, de acordo com delação premiada feita pelo presidente da companhia, Wesley Batista, ao Ministério Público Federal. O “mensalinho” chegava a R$ 20 mil por servidor. O objetivo era fazer os fiscais federais agropecuários flexibilizarem a aplicação das regras sanitárias. A relação com os nomes dos fiscais envolvidos será enviada ao MPF em até 60 dias, segundo compromisso firmado por Wesley durante o processo de delação e deve fornecer mais munição à Operação Carne Fraca. JBS concluiu negociações com os bancos para assegurar a manutenção das linhas de crédito de curto prazo, segundo pessoas a par do assunto e que não estão autorizadas a falar publicamente. Já a Bloomberg destacou, citando fontes, que a JBS concluiu renegociação de dívidas com os bancos. Os maiores credores da companhia, incluindo Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco Santander e Banco Bradesco, concordaram em estender as linhas de crédito em 12 meses, sem mudanças nos juros, em troca de garantias adicionais e pagamento adiantado de 10% do total. Esses bancos serão os primeiros a serem pagos caso a JBS venda algum ativo. Segundo o acordo, 80% dos recursos com a venda de ativos serão usados para pagar dívidas com bancos Foi celebrado, ainda, um acordo em separado com o Itaú com maior percentual de pagamento adiantado e sem garantias adicionais. A JBS não quis comentar sobre termos de qualquer acordo. A empresa disse nesta quarta, em um comunicado, que mantém “discussões produtivas e construtivas” com instituições financeiras. Bradesco, Caixa, Itaú e Banco do Brasil não comentaram. Por fim, a JBS confirmou que, em decisão proferida na noite de ontem, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu liminar removendo a restrição da Companhia em negociar ativos. A referida decisão autoriza “que a JBS possa dar curso normal às suas atividades, para comprar e também para vender bens componentes de seu ativo, em especial a totalidade das ações de suas subsidiárias detentoras das operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai ao Grupo Minerva”. Adicionalmente, a Companhia destacou que, em 6 de julho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômico (CADE) emitiu sua aprovação sem restrições em relação à alienação das operações supracitadas, sendo que ainda está em curso o prazo para que a decisão se torne definitiva. Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira um novo reajuste de preços nos combustíveis. Segundo a estatal, será feita uma elevação do preço médio nas refinarias em 1,7% para a gasolina e corte de 0,9% para o diesel. Os novos preços entram em vigor a partir da meia-noite desta sexta-feira (14). Esta foi a oitava revisão de preço de combustíveis desde que passou a adotar a política de reajustes diários, no dia 30 de junho. A empresa argumenta que, com a possibilidade de reajustar diariamente os preços, tem mais ferramentas para competir com as empresas importadoras, que estão ganhando espaço no mercado brasileiro. Senior Solution (SNSL3) Segundo Thiago Rocha, Diretor de Relações com Investidores, os recursos serão utilizados para acelerar o crescimento orgânico da empresa. A maioria dos dispêndios serão voltados à linha de pesquisa e desenvolvimento. “Desde o IPO realizamos quatro aquisições. Vamos acelerar a evolução de alguns produtos e integrar as soluções que adicionamos com essas aquisições. Estamos construindo uma suite imbatível para o setor financeiro brasileiro”, afirma o executivo. O financiamento possui carência de 30 meses, prazo de amortização de 48 meses e custo correspondente à TJLP + 2,0% ao ano. “A futura liberação dos recursos nos ajudará a recompor o saldo de caixa, reduzido em novembro de 2016 com a aquisição da attps. Indiretamente, isso amplia a folga financeira necessária para retomarmos as aquisições”, conclui o executivo. Localiza (RENT3) Ainda no noticiário da companhia, o Itaú BBA elevou a recomendação para os papéis de market perform para outperform, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 42,00 para R$ 55,00. Anima (ANIM3)
A Anima, por sua vez, teve sua recomendação elevada para neutro pelo Safra, com preço-alvo elevado de R$ 15,30 para R$ 18,50. Ecorodovias (ECOR3)
A Ecorodovias teve a recomendação elevada de manutenção para compra pelo Santander. JSL (JSLG3)
A JSL fez roadshow de 12-18 de julho para possível emissão externa. A emissão de senior notes está em fase preliminar e não há qualquer definição sobre o volume total da emissão, prazo, taxas de juros ou quaisquer outros detalhes. A decisão dependerá, dentre outros fatores, da atratividade das condições de mercado Somos Educação (SEDU3) A primeira série terá remuneração de CDI + spread de 1,60% ao ano, enquanto a segunda terá spread de 1,85% e a terceira série terá NTN-B 2024 + 1,85%. (Com Bloomberg e Agência Estado)
Total da dívida da JBS era de R$ 23,8 bi no primeiro trimestre, segundo relatório da JPMorgan.
A Senior Solution anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a obtenção de um novo financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no valor de R$ 23,4 milhões.
A Localiza informou que foi aprovado, em Assembleia Geral Extraordinária, os novos planos de incentivo de longo prazo baseados em ações da companhia, com o objetivo de “atrair, motivar, reter e alinhar os interesses dos elegíveis como participantes aos interesses da empresa”.
Captação de recursos, caso venha a ser realizada, será conduzida junto a investidores institucionais qualificados, exclusivamente no mercado internacional.
A Somos Educação aprovou a emissão de até R$ 800 milhões em debêntures, que será feita em 3 séries em emissão para investidor qualificado. O prazo será de 3, 5 e 7 anos para primeira, segunda e terceira série, respectivamente.