Bolsonaro recebe promessa de Biden de que EUA irão reavaliar cota para aço brasileiro, dizem fontes

Assunto foi tratado durante a reunião privada dos dois presidentes onde, além de Bolsonaro e Biden, estiveram presentes Carlos França e Anthony Blinken

Reuters

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LOS ANGELES (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro levou ao encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, um pedido para que os Estados Unidos revejam as cotas para importação do aço brasileiro, uma das principais reivindicações da indústria do país, e a expectativa é que o assunto avance em breve, disseram à Reuters duas fontes do governo brasileiro.

Apesar de não ter havido um desenvolvimento concreto, Bolsonaro saiu da reunião bilateral de quinta-feira com a promessa do presidente norte-americano de que o tema será analisado em reuniões técnicas entre os dois países nos próximos meses.

“O presidente Biden disse que não tinha detalhes sobre o tema naquele momento, mas iria se informar e o assunto seria retomado com as equipes técnicas dos dois países assim que possível”, disse uma das fontes.

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O assunto foi tratado durante a reunião privada dos dois presidentes onde, além de Bolsonaro e Biden, estiveram presentes apenas o chanceler brasileiro, Carlos França, e o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, além dos tradutores.

“Tivemos sinais de que esse assunto deve ser enfrentado. A verdade é que quem está se beneficiando com essa sobretaxa agora é a Rússia”, disse a segunda fonte. “A expectativa é que isso seja resolvido rapidamente.”

Procurado, o Itamaraty não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre o assunto.

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As cotas para importação do aço brasileiro foram criadas ainda no governo de Donald Trump, em 2018, e estabelecem que o Brasil tem direito a exportar parte do produto sem incidência dos impostos de importação, mas o governo brasileiro reivindica uma volta ao perfil anterior, em que não havia taxação.

Nos valores atuais, o Brasil tem direito a exportar uma cota de 3,5 milhões de toneladas de aço sem a sobretaxa, que chega a 25%. De acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, o país exporta para os EUA atualmente quantidades próximas à cota atual, o que impede a expansão dos negócios brasileiros.

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