Bolsonaro diz que poderia, mas não vai interferir na política de preços da Petrobras; resultado da Sabesp e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta sexta-feira (27)

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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O Banco do Brasil abriu ontem uma linha de ACC – Adiantamento sobre o Contrato de Câmbio, no valor de US$ 198 milhões, ou R$ 988 milhões, com a Petrobras.

Segundo o banco, trata-se de um acordo normal de ACC, pelo qual um banco adianta uma receita de uma mercadoria exportada para um produtor. A linha tem prazo de 365 dias. Em outra notícia, a Notre Dame Intermédica (GNDI3) informou que reabriu seu Hospital Intermédica ABC, em São Bernardo do Campo (SP). O hospital tem 65 novos leitos de UTI e 63 de internação hospitalar. Segundo o grupo, o hospital deverá atender pacientes do coronavírus, por causa da epidemia que o país atravessa.

Já o presidente Jair Bolsonaro disse que não irá interferir na política de preços da Petrobras, mas cobra que o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, siga o preço internacional. “A gente pode, mas não vai interferir. Vou cobrar do presidente da Petrobras que siga a política de preços. Baixou lá, tem que baixar aqui”. Confira os destaques:

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Petrobras (PETR3;PETR4)

O presidente Jair Bolsonaro disse esperar que “a redução do preço do diesel e da gasolina chegue às bombas (de combustível)”. Segundo Bolsonaro, em transmissão ao vivo pela internet, “em 3 meses reduzimos em média 40%” o preço dos combustíveis.

O presidente disse que não irá interferir na política de preços da Petrobras, mas cobra que o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, siga o preço internacional. “A gente pode, mas não vai interferir. Vou cobrar do presidente da Petrobras que siga a política de preços. Baixou lá, tem que baixar aqui”, disse Bolsonaro. O presidente ainda garantiu: “O Brasil vai crescer”.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil informou ontem à noite que a Petrobras contratou uma operação ACC – Adiantamento sobre o Contrato de Câmbio. O valor do contrato é de US$ 198 milhões (R$ 988 milhões) e o compromisso tem a validade de 360 dias. Contratos ACC são normais para empresas exportadoras, como é o caso da Petrobras. A Petrobras anunciou uma série de medidas para reduzir despesas na quinta-feira. Entre essas medidas estão a redução da produção em campos onde o custo da extração de petróleo e gás é alto, menores investimentos e o adiamento do pagamento dos dividendos acionistas.

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Notre Dame (GNDI3)

O Grupo Notre Dame informou que reabriu nesta semana seu hospital Intermédica ABC, localizado em São Bernardo do Campo (SP). O hospital foi completamente reformado e segundo o GNDI agora possui 65 novos leitos de UTI e 63 novos leitos de internação hospitalar. “Em função do atual momento de pandemia por coronavírus, este moderno complexo hospitalar será inteiramente dedicado aos pacientes com sintomas do coronavírus”, comunicou a empresa. Além dos leitos, o hospital possui centro cirúrgico, equipamentos de tomografia, USG, RX, broncoscopia, laboratórios de hemodiálise e bancos de sangue.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp, Companhia de Saneamento de São Paulo, divulgou balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado inteiro. O lucro líquido da estatal paulista foi de R$ 1,057 bilhão no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 29,9% em comparação a igual trimestre de 2018. Já no ano consolidado de 2019, o lucro líquido da Sabesp avançou 18,8% sobre 2018, para R$ 3,36 bilhões. Segundo a empresa, o lucro por ação foi de R$ 4,93 em 2019, um crescimento sobre os R$ 4,15 por ação de 2018.

A receita operacional líquida da Sabesp caiu 4,2% no quarto trimestre de 2019, sobre igual período de 2018, para R$ 4,69 bilhões. No ano fechado de 2019, a receita líquida da empresa foi de R$ 17,9 bilhões, um crescimento de 11,8% sobre 2018. Os resultados da Sabesp se enfraqueceram no quarto trimestre, embora a empresa não apresente uma razão para isso.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), por exemplo, avançou 14,8% no consolidado de 2019 sobre 2018, para R$ 7,5 bilhões, com margem de 41,8%. Já no quarto trimestre de 2019, houve queda de 25,8% no Ebitda sobre igual período de 2018, para R$ 1,7 bilhão.

Em 2019, a Sabesp interligou aos seus sistemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto os municípios de Guarulhos e Santo André. O número de ligações de água avançou 9,7% para 9,9 milhões, enquanto o de ligações de esgoto cresceu 11,1% para 8,3 milhões. A população atendida com abastecimento de água cresceu 8% sobre 2018 para 27,1 milhões, enquanto a atendida com coleta de esgoto avançou 9,7% para 23,8 milhões.

O índice de perdas micromedido, um indicador importante em qualquer concessionária de água e saneamento, teve queda entre 2018 e 2019, caindo de 30,1% para 29% no ano passado – isso significa que a estatal conseguiu, embora modestamente, reduzir perdas de água ao longo da rede de abastecimento. Os investimentos somaram R$ 5 bilhões no ano passado, dos quais R$ 4,9 bilhões foram na região metropolitana de capital paulista.

Ser Educacional (SEER3)

A Ser Educacional publicou balanço de 2019 e informou que no ano passado obteve um lucro líquido de R$ 136,3 milhões, uma queda de 32,2% em comparação a 2018. O lucro por ação do grupo de educação do Recife (PE), que controla 21 empresas de São Paulo ao Amazonas, caiu de R$ 1,48 para R$ 1,06. A receita líquida do grupo manteve-se praticamente estável, atingindo R$ 1,27 bilhão no ano consolidado de 2019 – em 2018, foi de R$ 1,26 bilhão.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 334,8 milhões em 2019, com uma expansão de 0,9 ponto porcentual sobre 2018. Em 2019, a Ser Educacional fez a aquisição da Uninorte, uma faculdade particular de Manaus (AM). Com a aquisição, o número de alunos da Ser subiu de 150,2 mil em 2018 para 184,4 mil no ano passado.

A empresa ressaltou que se não fosse a aquisição da Uninorte, sua base de alunos teria recuado 2% no ano passado, “principalmente em função do cenário econômico adverso dos últimos anos, que tem gradativamente elevado as taxas de desemprego, associado à redução dos programas de financiamento estudantil do governo federal (FIES)”.

O grupo Ser informou que encerrou 2019 com um caixa líquido de R$ 29,7 milhões, uma redução muito expressiva em relação a 2018, quando o caixa líquido era de R$ 497 milhões. O grupo justificou a redução pelos R$ 185 milhões pagos na aquisição da Uninorte e também ao pagamento de dividendos extraordinários de R$ 250 milhões aos acionistas no ano passado.

LPS Brasil (LPSB3)

A Lopes Brasil, consultora e incorporadora imobiliária, publicou balanço e informou que encerrou 2019 com um prejuízo de R$ 2,7 milhões. Houve melhora no resultado financeiro em comparação a 2018, quando a Lopes teve prejuízo de R$ 47 milhões. A receita líquida da empresa avançou de R$ 109 milhões em 2018 para R$ 147,5 milhões em 2019.

Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 39,7 milhões em 2019, um resultado consideravelmente melhor que em 2018, quando o Ebitda da empresa foi negativo em R$ 9,3 milhões. A Lopes informou que seu Valor Geral de Vendas (VGV) avançou 15% em 2019, sobre 2018, para R$ 7,9 bilhões, dos quais R$ 3,2 bilhões foram originados de franquias.

A Lopes encerrou 2019 com um caixa de R$ 125 milhões, um resultado melhor que no final de 2018, quando o caixa líquido era de R$ 14,1 milhões. A empresa investiu no ano passado em um sistema digital de vendas, que será uma ferramenta para todos os corretores imobiliários que trabalham para a companhia. O cenário para 2020, já levando em conta a epidemia do coronavírus, é “desafiador”, comentou a empresa no balanço.

Vivara (VIVA3)

A fabricante e varejista de joias Vivara tomou uma série de medidas por conta do avanço do coronavírus no país. Além do fechamento, no dia 21, de todas as suas lojas nos shopping centers, a empresa paralisou a sua fábrica em Manaus (AM), dando férias coletivas a todos os funcionários. Os produtos prontos foram todos transportados para o centro de distribuição da empresa em São Paulo. Segundo a Vivara, essa medida garantirá uma reposição rápida quando as operações forem retomadas. A empresa também informou que está reavaliando seu plano de investimentos para 2020.

Gafisa (GFSA3)

A construtora e incorporadora imobiliária Gafisa comunicou ontem ao mercado que conclui a renegociação das suas dívidas, no valor de R$ 138,3 milhões, com o Banco do Brasil. Segundo a Gafisa, o banco concordou em alongar o vencimento das dívidas até 2025, “permitindo assim que a empresa realize as vendas dos estoques das unidades atreladas a essa operação”. A empresa não entrou em detalhes sobre quais e onde se situam esses estoques – terrenos ou imóveis prontos, no jargão imobiliário.

O Conselho ainda aprovou encaminhamento do plano de recompra de ações para aprovação em assembleia geral, diz a Gafisa em comunicado. O limite de ações ON a serem recompradas é de até 10,3 milhões. A companhia tem 120 milhões de ações em circulação. O prazo da recompra é de até 12 meses, com início no dia útil seguinte à aprovação pela assembleia geral. A Planner Corretora será a instituição intermediária.

O Conselho também aprovou autorização de emissão de até R$ 2,5 bilhões em debêntures não conversíveis em ações e autorização à diretoria para tomar as providências necessárias para a emissão.

BRF (BRFS3)

A BRF anunciou, por meio de um fato relevante, um programa de recompra de até 7,5 milhões de ações. Segundo a BRF, o programa, aprovado pelo seu Conselho de Administração, terá duração de até 12 meses, começando a partir desta sexta.

Além disso, dois anos depois de assumir a presidência do conselho de administração da BRF, Pedro Parente terá seu mandato renovado até 2022, conforme proposta da administração para a assembleia de acionistas agendada para 27 de abril. A tendência é que os acionistas da companhia aprovem a proposta com facilidade.

Cogna (COGN3)

A Cogna adiou para 30 de março a divulgação de seus resultados do quarto trimestre, diante das “dificuldades operacionais e restrição de mobilidade de pessoas em função do COVID-19, que culminou com a migração das atividades dos colaboradores da companhia para regime de home office”, destacou em comunicado.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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