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Bolsas operam sem direção única antes de dados de emprego e PIB dos EUA; Caged, IGP-M e mais destaques do mercado hoje

Na China, saem os PMIs referentes a agosto, que podem dar maior clareza sobre a tendência de crescimento no atual semestre

Por  Felipe Moreira

Os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, enquanto bolsas da Europa e da Ásia operam mistas nesta quarta-feira (30), com investidores à espera da segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) americano no 2º trimestre e dados de emprego da pesquisa ADP.

No campo corporativo, a Brown-Forman, dona do uísque Jack Daniel’s, divulga resultados trimestrais antes da abertura, seguida pelas ações de tecnologia Salesforce, CrowdStrike e Okta depois do fechamento dos mercados.

Na China, saem os Índices de Gerentes de Compras (PMIs, na sigla em inglês) referentes a agosto, que podem dar maior clareza sobre a tendência de crescimento no atual semestre.

Por aqui, a Câmara dos Deputados aprovou, ontem (29), regime de urgência para um projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027.

Em indicadores, investidores aguardam pela geração de empregos formais do Caged de julho e pela inflação IGP-M de agosto.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta quarta-feira, revertendo parte dos ganhos da véspera, quando as ações em Wall Street foram impulsionadas por ganhos de tecnologia apoiados pela fabricante de chips Nvidia anunciando uma parceria com o Google.

Enquanto isso, os rendimentos do Tesouro dos EUA sobem, recuperando algumas das perdas de terça-feira, uma vez que os investidores consideraram o estado da economia após a divulgação dos últimos dados. Isso inclui o índice de confiança do consumidor, que ficou bem abaixo do esperado anteriormente, em 106,1, na terça-feira.

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Os investidores estarão atentos nesta quarta-feira aos dados de emprego da ADP, os primeiros de uma série de estatísticas do mercado de trabalho que serão divulgadas ao longo desta semana. Os números dos pedidos de seguro-desemprego serão divulgados na quinta-feira, seguidos pelos dados sobre folhas de pagamento não agrícolas, salários e taxa de desemprego na sexta-feira.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), -0,02%
  • S&P 500 Futuro (EUA), -0,15%
  • Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%  

Ásia-Pacífico

Os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, refletindo em grande parte os movimentos de Wall Street, já que as ações dos EUA registraram uma recuperação tecnológica impulsionada pela Nvidia na terça-feira.

O Nikkei 225, do Japão, atingiu seu terceiro dia consecutivo de ganhos, avançando 0,33% para fechar em 32.333,46 pontos, enquanto o Kospi ,da Coreia do Sul, subiu 0,35% para terminar em 2.561,22 pontos.

Já o S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 1,21% e liderou os ganhos na região, terminando o dia em 7.297,7 – o nível mais alto desde 15 de agosto. A inflação de julho foi de 4,9%, mais fraca do que os 5,4% vistos em junho.

Em contraste, o índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou quase estável, enquanto o índice de Shanghai, da China, teve ligeira alta.

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  • Shanghai SE (China), +0,04%
  • Nikkei (Japão), +0,33%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), -0,01%
  • Kospi (Coreia do Sul), +0,35% 
  • ASX 200 (Austrália), +1,21%

Europa

Os mercados europeus operam mistos, à medida que os investidores digerem dados econômicos da Espanha e Alemanha.

O índice pan-europeu Stoxx 600 reduziu os ganhos iniciais com uma queda de 0,2%. Os setores foram distribuídos por território positivo e negativo, com as ações de bancos e seguros subindo 0,5% cada, enquanto os serviços públicos despencaram 2%.

A Espanha reportou uma inflação de 2,6% em termos anuais em Agosto, em linha com as expectativas dos analistas, enquanto a Alemanha reportou uma queda de 13,2% nas importações no ano até Julho, a queda mais acentuada desde Janeiro de 1987.

Os mercados fecharam em alta na terça-feira, acompanhando o movimento de Wall Street, enquanto os investidores aguardam uma nova rodada de dados esta semana.

  • FTSE 100 (Reino Unido), +0,13%
  • DAX (Alemanha), -0,33%
  • CAC 40 (França), -0,28%
  • FTSE MIB (Itália), +0,23% 
  • STOXX 600, -0,19% 

Commodities

As cotações do petróleo operam com alta, ampliando os ganhos da sessão anterior, depois que dados da indústria mostraram uma grande redução nos estoques de petróleo bruto nos EUA, o maior consumidor mundial de combustível, e uma vez que as preocupações com um furacão no Golfo do México levaram a uma maior cautela no mercado.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte alta após início de semana negativo.

  • Petróleo WTI, +0,57%, a US$ 81,62 o barril
  • Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 85,88 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,97%, a 829,00 iuanes, o equivalente a US$ 113,70 

Bitcoin

  • Bitcoin, -1,64% a US$ 27.441,00 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

A agenda desta quarta-feira é marcada pela segunda estimativa do PIB dos Estados Unidos no 2º trimestre.

No Brasil, sai a geração de empregos formais do Caged de julho. O Itaú espera uma criação de 137 mil empregos formais.

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A inflação IGP-M de agosto também será divulgada nesta quarta-feira (30). “Os preços agrícolas deverão acelerar, com a pressão dos preços dos cereais. Por outro lado, os preços industriais no atacado deverão continuar com deflação devido aos preços mais baixos do minério de ferro”, aponta o Itaú.

Brasil

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8h: Sondagem de serviços

8h: IGP-M

9h: Índice preços ao produtor

13h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião, por videoconferência, com Sérgio Rial, Chairman da Ebury, Juan Lobato, CEO, e Fernando Pierri, Chief Commercial Officer (fechado à imprensa)

13h30: Campos Neto participa, por videoconferência, da segunda sessão da 54ª Reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) (fechado à imprensa)

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14h: Caged

14h30: Fluxo cambial semanal

EUA

9h30: Pesquisa emprego privado ADP

9h30: Estoques no atacado

9h30: PIB 2º trimestre

3. Noticiário econômico

Câmara aprova urgência para votar desoneração da folha para 17 setores até 2027

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça, regime de urgência para um projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027 (PL 1016/2023).

O texto, que já passou pelo aval do Senado Federal, representa o risco de perda de arrecadação para o governo federal por um período mais longo do que o esperado pela equipe econômica e ocorre no momento em que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta encaminhar ao parlamento medidas com impacto fiscal para cumprir o objetivo de zerar o déficit primário em 2024.

Os deputados vão analisar uma proposta de desoneração da folha que substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas.

4. Noticiário político

Senado pode votar PL do Carf nesta quarta-feira

O plenário do Senado Federal pode votar nesta quarta o projeto de lei (PL) que devolve o voto de qualidade ao Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). A expectativa é que a medida possa trazer uma arrecadação de ao menos R$ 40 bilhões ao governo em 2024.

Na prática, o voto de qualidade assegura ao governo a possibilidade de desempatar votações sobre litígios no Conselho.

O texto não promove mudanças significativas em relação ao aprovado na Câmara – apenas emendas de redação, que não demandam a volta da proposta a uma última análise dos deputados. Ou seja, caso aprovado, o PL do Carf será enviado à sanção presidencial.

5. Radar Corporativo

Eletromidia (ELMD3)

A Globo Comunicação e Participações atingiu a participação de 27,0068% do capital social total da Eletromidia (ELMD3) por meio da aquisição de 10.866.400 ações em operações realizadas em bolsa de valores.

Em consequência dessa aquisição, a Globo agora detém um total de 37.805.100 ações ordinárias.

A aquisição não altera a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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