Bolsas mundiais operam sem direção definida após alta dos mercados americanos na véspera; fala de Powell no radar

Nesta terça, o presidente do Fed, Jerome Powell, testemunhará à Câmara dos Representantes sobre a resposta do banco central americano à pandemia

Equipe InfoMoney

Sede do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA

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Os índices futuros americanos têm leves quedas nesta terça-feira (22), marcada por alta das bolsas asiáticas e por tendência de queda na Europa.

Na segunda (21), o Dow subiu 586,89 pontos, ou 1,76%; o S&P avançou 1,4%; e o Nasdaq, 0,79%. Assim, os índices recuperam parte das perdas da semana anterior, marcada pela elevação das projeções do Federal Reserve para inflação e sinais de que a instituição pode elevar a taxa de juros antes do indicado até então.

Ações do setor de commodities, de empresas como Devon Energy e Occidental Petroleum, lideraram os ganhos. Além disso, ações ligadas à retomada da economia, como as da empresa de cruzeiros Norwegian Cruise Line e Boeing, tiveram alta de mais de 3%, em um momento em que a economia dos Estados Unidos continua a reabrir.

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Até o domingo (20), o país havia vacinado 52,95% de sua população, o que vem contribuindo para reduzir internações e mortes e impulsionar a retomada das atividades.

Nesta terça, o presidente do Fed, Jerome Powell, testemunhará à Câmara dos Representantes sobre a resposta do banco central americano à pandemia. O conteúdo de sua fala foi antecipado já na segunda de manhã, e é provável que Powell indique que o Fed pode começar a discutir em breve a remoção de algumas de suas medidas inéditas de estímulos, implementadas durante a pandemia.

Segundo o release do Fed à imprensa, Powell deverá afirmar: “Desde que nos encontramos da última vez, a economia indicou melhora sustentada. Vacinações em massa se somaram a ações fiscais e monetárias sem precedentes, fornecendo forte apoio à recuperação. Indicadores de atividade econômica e emprego continuaram a se fortalecer, e o PIB real deste ano parece caminhar para sua maior taxa de aumento em décadas”.

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Powell deve afirmar que a “inflação aumentou notavelmente nos últimos meses”. Mas deve avaliar que se trata de um efeito temporário, e que a inflação deve se acomodar próxima a 2% no longo prazo.

Na véspera, os mercados dos EUA repercutiram as declarações do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que adotou outro tom depois de causar desânimo nos mercados na sexta. No fim da semana passada, Bullard disse que a mudança de sinalização do Fed, que tomou uma decisão de juros com comunicado mais hawkish (favoráveis a apertar a política monetária para conter a inflação), é uma resposta natural ao crescimento econômico do país. A fala ajudou a derrubar ainda mais as bolsas. Ontem, por outro lado, Bullard amenizou o discurso, dizendo que os dirigentes da instituição “estão apenas no início” do processo de discutir a gradual redução nas compras de bônus (“tapering”).

As bolsas asiáticas tiveram altas na terça, com destaque para as japonesas. O índice Nikkei, do Japão, subiu 3,12%, se recuperando da queda de mais de 3% de segunda.

Na China continental, o composto Shanghai subiu 0,8%; em Hong Kong, o índice Hang Seng teve queda de 0,3%; na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,71%.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, tem leve queda, de 0,12%. Ações do setor de petróleo e gás sobem 1%, em meio à alta geral dos preços das commodities, enquanto que ações do setor de tecnologia caem 0,7%.

Na segunda, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, contribuiu para impulsionar os mercados, apresentando uma previsão otimista para a economia da Zona do Euro. Ela afirmou que o bloco está “claramente em uma situação diferente” em relação aos Estados Unidos quanto à inflação.

O Reino Unido deve começar nesta terça negociações para integrar o Tratado de Parceria Transpacífica, que o governo vê como central para seu futuro após o Brexit. O acordo prevê suprimir 95% das tarifas de bens e serviços entre os países membros. Até o momento, o bloco é constituído por: Japão, Canadá, Austrália, Vietnã, Nova Zelândia, Cingapura, México, Peru, Brunei, Chile e Malásia.

Além disso, o grupo de mídia Vivendi aguarda a votação de investidores nesta terça a respeito da proposta de um spin-off a partir de seu Universal Music Group. O movimento sofre oposição de fundos de hedge ativistas, que afirmam que ele beneficiaria desproporcionalmente o maior acionista da empresa, Vincent Bollore, em detrimento de investidores menores.

Veja o desempenho dos principais índices às 6h30 (horário de Brasília):

*Dow Jones Futuro (EUA), -0,01%
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,05%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,13%
Europa
*FTSE (Reino Unido) +0,25%
*Dax (Alemanha), -0,26%
*CAC 40 (França), -0,08%
*FTSE MIB (Itália), -0,55%
Ásia
*Nikkei (Japão), +3,12% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,8% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,63% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,71% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -0,747%, a US$ 73,11 o barril
*Petróleo Brent, -0,6% a US$ 74,45 o barril
*Bitcoin -4,77%, a US$ 31.604,25
**A Bolsa de Dalian fechou com o minério de ferro em queda de 2,69%, cotado a 1139 iuanes, equivalente hoje a US$ 175,9 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,48

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