Bolsas mundiais operam em alta, com investidores de olho em atividade nos EUA; no Brasil sairá prévia do PIB. Veja esses e mais destaques do mercado hoje
Mercado estará de olho em uma série de indicadores americanos, como dados de vendas no varejo, seguro-desemprego e produção industrial
Os mercados globais operam com recuperação nesta manhã, em sequência à melhora da véspera, após desabarem na terça-feira, depois dos dados de inflação ao consumidor nos EUA, que vieram piores do que os esperados, elevando as apostas de um aperto monetário maior por parte do Banco Central dos EUA para a reunião da próxima semana do Fomc.
Para hoje, os investidores aguardam por importantes indicadores de atividade econômica nos EUA, como os números de vendas no varejo, preços de importação e pedidos de auxílio-desemprego, que podem ditar o ritmo dos negócios.
Por aqui, a atenção nesta manhã se volta para a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do mês de julho. O indicador é visto pelo mercado como uma prévia do PIB.
O mercado local também estará atento à divulgação pelo Ministério da Economia das novas projeções de indicadores macroeconômicos, que incluem estimativas sobre PIB e inflação, feitas pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
Enquanto isso, no campo político, espera-se à noite a divulgação de mais uma rodada da pesquisa Datafolha para a Presidência da República. O último levantamento, divulgado na semana passada, mostrou mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 45% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha 34%.
1. Bolsas mundiais
Estados Unidos
Os futuros de ações dos estavam em ligeira alta nesta quinta-feira, próximos da estabilidade, com os investidores aguardando relatórios econômicos programados para serem divulgados pela manhã.
Entre eles estão vendas no varejo, preços de importação e pedidos de seguro-desemprego, bem como a pesquisa de produção industrial do Fed da Filadélfia e o índice do Empire State.
Esses relatórios virão após índice de preços ao produtor de quarta-feira mostrar uma queda nos preços no atacado de 0,1% em agosto.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
Dow Jones Futuro (EUA), +0,13%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,07%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,04%
Ásia
Na Ásia, a quinta-feira foi de ganhos modestos, com exceção da China, que digeriu a revisão para baixo do PIB feita pela Fitch ontem à noite. A agência de classificação de risco rebaixou a estimativa para a expansão da economia do gigante asiático em 2022, de 3,7% para 2,8%, e em 2023, de 5,3% a 4,5%.
Veja como fecharam os mercados:
Shanghai SE (China), -1,16%
Nikkei (Japão), +0,21%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,44%
Kospi (Coreia do Sul), -0,40%
Europa
Os mercados europeus amanheceram agitados, especialmente o setor bancário, cujas ações subiam 1,75%. O mercado repercute a informação que o índice bancário da zona do euro atingiu seu nível mais alto desde 10 de junho.
O investidores europeus também vão estar atentos aos dados da inflação francesa para agosto. No mais, a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) sobre a taxa de juros marcada para hoje foi adiada para a próxima semana devido à morte da rainha Elizabeth II.
Confira os desempenhos:
FTSE 100 (Reino Unido), +0,58%
DAX (Alemanha), +0,23%
CAC 40 (França), -0,15%
FTSE MIB (Itália), +0,24%
Commodities
No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em ligeira alta, perto da estabilidade nesta manhã, devido à desaceleração nas economias desenvolvidas e ao impacto contínuo dos bloqueios sanitários na China.
O barril de petróleo WTI estava cotado a US$ 88,59, com alta de 0,09%, enquanto o Brent subia 0,17, a US$ 94,30. O minério de ferro subiu 0,70% na Bolsa de Dailan, para US$ 103,46.
- Petróleo WTI, +0,09% a US$ 88,59 o barril
- Petróleo Brent, +0,17%, a US$ 94,30 o barril
- Minério de Ferro futuro (para janeiro de 2023) negociado na Bolsa de Dalian: alta de 0,70%, a 722,5 iuanes, equivalente a US$ 103,46 a tonelada
2. Agenda
Além dos dados econômicos, destaque fica por conta da agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem reuniões com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira, além de encontro com o embaixador da Rússia, Alexey Labetskiy, em Brasília.
Veja as principais divulgações:
Brasil
09:00: Banco Central: IBC-Br (julho)
9:00: Ministério da Fazenda/SPE: indicadores macroeconômicos
EUA
09:30: Seguro-desemprego.
9:30: Vendas no varejo (agosto)
3. Noticiário econômico
Para Guedes, crescimento da economia brasileira pode chegar a 3% neste ano
Em tom de campanha, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem durante encontro com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro que, mesmo que nada mais seja feito daqui até o fim do ano, a economia brasileira já vai crescer 2,6% e pode chegar a 3%.
Ele destacou o que definiu como erro de analistas sobre os índices da economia, como o crescimento do PIB e inflação. Segundo o ministro, as previsões equivocadas falavam em crescimento de 1,5% este ano e inflação em 7,4%, números revisados recentemente. “Estamos causando uma mudança de estrutura na economia e os modelos de análise não conseguem acompanhar a velocidade dessa mudança”, disse Guedes.
Fitch reduz projeção para economia global e prevê recessão nos EUA e zona do euro
A Fitch Ratings cortou drasticamente as previsões para o desempenho da economia mundial este ano e no próximo, em meio ao agravamento da crise energética na Europa, à escalada da inflação e ao movimento global de aperto de juros.
Em relatório divulgado ontem (14), a agência revela ter reduzido a estimativa para alta do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2022, de 2,9% a 2,4%, e em 2023, de 2,7% a 1,7%.
A piora nos números se deve, em parte, às expectativas de que zona do euro e Reino Unido entre em recessão no final deste ano e Estados Unidos, no ano que vem. A instituição revisou para baixo a projeção de avanço da atividade econômica nos EUA em 2022 (de 2,9% a 1,7%) e em 2023 (de 1,5% a 0,5%).
Para a zona do euro, o cálculo é de uma queda de 0,1% no próximo ano, 2,2 ponto porcentual a menos que o previsto anteriormente. A Fitch também diminuiu a estimativa para expansão do PIB chinês em 2022, de 3,7% a 2,8%, e em 2023, de 5,3% a 4,5%.
4. Noticiário político
Lula lidera ranking de gastos, com uso de quase 60% do teto permitido para o 1º turno
A entrega pelos presidenciáveis da prestação de contas parcial da campanha, até terça-feira (13), mostra que o petista Luiz Inácio Lula da Silva lidera o ranking dos gastos declarados, com informe de despesas eleitorais de R$ 52 milhões até o momento.
Com histórico de omissões de gastos eleitorais na campanha de 2018, Jair Bolsonaro (PL) informou à Justiça Eleitoral ter usado em sua campanha até agora menos da metade que seu principal rival, R$ 21 milhões.
Ciro e Tebet fazem ofensiva contra o voto útil
Na luta pela sobrevivência eleitoral, os dois candidatos à Presidência que tentam encarnar o movimento da terceira via, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), intensificaram uma campanha para impedir a debandada de apoiadores que se mostram dispostos a aderir ao chamado voto útil.
Ao todo, 54% dos eleitores de ambos os presidenciáveis declararam que ainda podem mudar o voto, de acordo com o Datafolha divulgado na última sexta-feira.
5. Radar Corporativo
Banrisul (BRSR6)
O conselho de administração do banco aprovou a captação de R$ 300 milhões via letras financeiras. Serão emitidos 600 títulos, com valor unitário de R$ 500 mil. As letras serao emitidas em 16 de setembro e terão validade de 10 anos.
Em outro comunicado, a LSV Asset Management informou ter reduzido sua participação no capital social do banco gaúcho. Após a venda de ações preferenciais classe B do Banrisul, a gestora passou a deter 4,99% dos papéis. A LSV afirmou não ter intenção de alterar o controle ou estrutura administrativa do banco e que vendeu as ações apenas para fins de investimento.
Alupar (ALUP11)
A companhia vendeu o controle da usina Ijuí por R$ 186,5 milhões. A compradora é a Foz do Rio Claro Energia, que também é subsidiária da Alupar. O objetivo da transação é obter ganhos de sinergia entre os ativos de geração de energia da empresa. A Foz do Rio Claro adquiriu 58,85% do capital votante de Ijuí e 51% do capital total.