Bolsas europeias e asiáticas sobem; índices futuros dos EUA operam sem direção definida com “caso Archego” ainda no radar

Na Ásia, investidores ainda monitoram vendas no varejo do Japão, que tiveram dados melhores do que o esperado

Equipe InfoMoney

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Os índices futuros americanos têm desempenhos variados entre si nesta terça (30), digerindo a venda massiva de ações por um grande fundo de hedge. As bolsas europeias e as principais bolsas asiáticas têm em sua maioria altas.

Na segunda (29), o índice Dow Jones subiu a um novo recorde. Mas, nesta terça, os índices futuros americanos têm desempenhos variados entre si, ainda sofrendo os efeitos da instabilidade causada após o fundo de hedge Archego liquidar posições no valor de mais de US$ 20 bilhões.

O movimento ocorreu após a oferta de US$ 3 bilhões em ações da ViacomCBS por meio dos bancos Morgan Stanley e JPMorgan naufragar na semana passada, levando a forte desvalorização dos papéis. Isso desencadeou uma série de eventos que levou corretores a serviço da Archego a se retirarem em massa de suas posições, em uma liquidação de ações no valor de mais de US$ 20 bilhões.

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O movimento afetou não só os papéis da ViacomCBS, mas também de outras empresas de mídia, como Discovery, e também ADRs chinesas de internet negociadas nos Estados Unidos, como Baidu, Tencent e Vipshop.

Instituições financeiras a serviço da Archego também foram afetados. Após as vendas do fundo de hedge, o suíço Credit Suisse e a empresa japonesa de serviços financeiros Nomura informaram que tiveram perdas “significativas” nos resultados do quarto trimestre devido a transações de um cliente.

O aviso veio pouco após o movimento do fundo de hedge Archego, mas as instituições financeiras não o citaram nominalmente.

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Na segunda, as ações da Nomura chegaram a cair 16% nas bolsas asiáticas e, nesta terça, fecharam em leve queda de 0,66%.

As bolsas asiáticas têm, no entanto, tendência de alta. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, as vendas no varejo recuaram 1,5% em fevereiro no país em comparação com um ano antes. O desempenho foi melhor do que a queda de 2,8% esperada por analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Reuters.

Além disso, o Canal de Suez, no Egito, foi reaberto para o tráfego de navios em ambas as direções na noite de segunda, após o desencalhe do Ever Given, uma enorme embarcação porta-contêineres que bloqueava a importante via marítima havia quase uma semana, com mais de 400 navios aguardando para cruzar a rota.

O presidente da Autoridade do Canal de Suez, Osama Rabie, afirmou à TV Nilo: “O navio foi liberado intacto e não tem problemas. Nós acabamos de conferir o fundo e o solo do Canal de Suez e, felizmente, parece estar sólido e não possuir problemas. Os navios vão avançar por ele hoje”.

As bolsas europeias têm em sua maioria altas, acompanhando o desempenho das bolsas americanas na véspera, que parece ter trazido tranquilidade para os mercados globais.

O índice Eurostoxx, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, sobe 0,43%. Bancos lideram a recuperação, com alta de 1,6%.

Nesta terça, investidores aguardam a divulgação de dados sobre sentimento econômico e confiança do consumidor na Europa, relativos a março.

Além disso, em uma carta publicada conjuntamente em jornais ao redor do mundo, líderes mundiais pedem por um tratado para lidar com a pandemia de Covid globalmente. Eles classificam a pandemia como “o maior desafio para a comunidade global desde o final dos anos 1940”.

A carta foi assinada por mais de 20 líderes e autoridades globais de África, Ásia e Europa, incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, além do diretor geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghereyesus e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Eles escrevem que: “Haverá pandemias e outras sérias crises de saúde no futuro. Nenhum governo nacional ou organização multilateral pode encarar uma ameaça do tipo sozinho. É apenas questão de tempo até esse momento chegar novamente”.

Veja o desempenho dos principais indicadores às 6h30 (horário de Brasília):
*S&P 500 Futuro (EUA), estável
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,47%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,2%
Europa
*Dax (Alemanha), +0,57%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,4%
*CAC 40 (França), +0,54%
*FTSE MIB (Itália), +0,42%
Ásia
*Nikkei (Japão), +0,16% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,84% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,12% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,62% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -0,73%, a US$ 61,11 o barril
*Petróleo Brent, -0,52%, a US$ 64,69 o barril
*Bitcoin, +3,23%, a US$ 58.207,95
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com queda de 0,86%, cotados a 1098,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 167,27 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,57

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