Bolsas europeias acompanham petróleo e fecham em alta, de olho em menor risco de Fed elevar juros

Veja os principais eventos desta quarta-feira, mas que podem fazer preço no mercado na quinta

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – É feriado no Brasil, mas o investidor fará bem em continuar ligado no noticiário. Enquanto, na agenda doméstica, o mercado aguarda pelo pronunciamento em rede nacional do presidente Michel Temer após o desfile de 7 de setembro entre protestos e aplausos, lá fora o destaque ficou com a divulgação do Livro Bege, pelo Federal Reserve. Na avaliação da autoridade monetária americana, a maior economia do mundo cresceu em ritmo modesto em julho e agosto, enquanto o mercado de trabalho fracassou em pressionar a inflação com valorização de salários. Para saber o que mais foi mostrado pelo Livro Bege, clique aqui.

Apesar de o mercado fechado nesta quarta-feira por aqui, vale ficar atento ao movimento das bolsas mundiais. Na Ásia, o pregão foi de movimento misto mesmo com os resultados abaixo das estimativas dos dados do ISM services nos Estados Unidos, o que reduz as chances de o Federal Reserve elevar os juros neste mês. O indicador mostrou um ritmo de crescimento das companhias de serviço mais lento em mais de seis anos, ao registrar 51,4 pontos em agosto, quando em julho o número ficou em 55,5. 

O japonês Nikkei 225 fechou em queda de 0,41%, a 17.012 pontos, com a valorização do iene frente ao dólar. Já o índice de Xangai teve leve alta de 0,05%, a 3.092 pontos. Na Europa, as principais bolsas encerraram o dia em alta, beneficiados pelo avanço do petróleo e no aguardo da reunião do BCE (Banco Central Europeu), que acontecerá amanhã. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em ganho de 0,29%, aos 350,46 pontos, com a maior parte dos setores em viés positivo.

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O movimento acontece apesar de dados negativos na Alemanha. Hoje, o país divulgou os dados da produção industrial de julho, que caiu 1,5% na comparação com o mês anterior, bem abaixo do estimado por analistas consultados pelo Wall Street Journal, de 0,3% e o maior tombo mensal desde agosto de 2014. No Reino Unido, por sua vez, a produção industrial avançou 0,1%, ante estimativa de queda de 0,3% do mercado.

Parte importante do impulso veio com o avanço dos preços do petróleo, que foram impulsionados pelo dólar mais fraco, apesar das perspectivas decrescentes com a reunião informal de grandes produtores no fim do mês, na Argélia. No início da tarde, a commodity avançava pouco mais de 1,0% tanto em Londres como em Nova York.

Houve também certa expectativa com a reunião do BCE amanhã. A maior parte dos agentes de mercado acredita que a instituição deva anunciar uma extensão de seu programa de compra de ativos, atualmente agendado para encerrar em março de 2017. No entanto, resta dúvidas sobre se algo vai ser anunciado amanhã, juntamente com a atualização das projeções econômicas.

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Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,30%, aos 6.846,58 pontos, refletindo o avanço das ações de energia e mineração. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,62%, aos 10.752,98 pontos, com destaque para o desempenho da Thyssenkrupp (+1,97%).

Em Paris, o CAC-40 fechou com valorização de 0,61%, aos 4.557,66 pontos. Em Milão, o FTSE-Mib subiu 1,41%, aos 17.292,84 pontos. Em Madri, o Ibex-35 avançou 1,30%, aos 9.015,30 pontos e, em Lisboa, o PSI-20 ganhou 0,32%, aos 4.757,07 pontos.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.